Dois republicanos querem adiar nomeação do candidato de Trump ao Supremo Tribunal
Voto
dos dois republicanos é fulcral para nomear Brett Kavanaugh, que foi
acusado de agressão sexual por uma professora universitária
Segundo a Bloomberg, os republicanos Bob Corker e Jeff Flake querem adiar a votação, agendada para a próxima quinta-feira, para que sejam examinadas as alegações de Christine Blassey Ford, que deu uma entrevista ao Washington Post no domingo e revelou que Brett Kavanaugh, de 53 anos, a terá agredido sexualmente numa festa do liceu em 1982, quando ela tinha 15 anos e Kavanaugh 17.
Donald Trump não vai retirar a nomeação de Kavanaugh, que iria substituir o juiz Anthony Kennedy - entretanto aposentado - e a administração está a preparar um "contra-ataque", informou um responsável da Casa Branca. A resposta de Trump irá passar por descredibilizar o testemunho da atual professora universitária, alegando que Christine Blassey Ford não contou a ninguém sobre o incidente na altura em que este aconteceu.
"Deixei claro que não estou confortável em avançar com o voto na quinta-feira se não tivermos ouvido o lado dela ou explorado mais o assunto", disse Jeff Flake, que faz parte do Comité Judiciário do Senado e poderá fazer parar o processo se todos os democratas se juntarem a ele, já que os republicanos têm apenas mais um representante do que a oposição neste Comité.
Já Bob Corker, que não pertence ao Comité mas cujo voto é fundamental para a confirmação do juiz, também não quer confirmar o candidato de Trump até ouvir Christine Blassey Ford.
Ford, hoje com 51 anos, diz que Kavanaugh e outro adolescente a fecharam num quarto. "Enquanto o amigo ficou só a ver, Kavanaugh prendeu-a contra a cama e apalpou-a por cima da roupa, ao mesmo tempo que de forma atabalhoada lhe tentava tirar um fato de banho de uma peça e a roupa que trazia", relata o Washington Post. Quando Christine Ford tentou gritar, Brett Kavanaugh tapou-lhe a boca. "Eu pensei que ele podia matar-me de forma inadvertida", contou.
A professora universitária de psicologia diz que após semanas de dúvidas sobre se deveria dar a cara, depois de em julho ter enviado uma carta a denunciar o caso à senadora democrata Dianne Feinstein, sentiu que agora a sua "responsabilidade civil está a superar a angústia e o terror em relação a possíveis retaliações".
copiado https://www.dn.pt/mundo
Nenhum comentário:
Postar um comentário