Face Oculta/Lava Jato: "As semelhanças vão além de coincidências" Revista brasileira Veja compara o processo Face Oculta ao caso Lava Jato.

Face Oculta/Lava Jato: "As semelhanças vão além de coincidências"
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Face Oculta/Lava Jato: "As semelhanças vão além de coincidências"

Revista brasileira compara o processo Face Oculta ao caso Lava Jato.

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A revista brasileira Veja divulgou um artigo em que compara os processos Lava Jato e Face Oculta, que estão a ser conduzidos pela justiça brasileira e portuguesa, respetivamente.
“As semelhanças vão muito além de coincidências”, escreve a partir de Lisboa Rodrigo Rangel, o autor do artigo. O texto, disponível na íntegra apenas para assinantes, começa  por destacar que José Sócrates, “chefe do governo de Portugal de 2005 a 2011” e “um dos mais influentes hierarcas do PS”, esteve preso desde novembro passado em Évora.
“Acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude fiscal, ele é, até agora, o alvo mais importante das investigações que já colocaram muita gente poderosa de Portugal na mira da Justiça”, escreve o autor do artigo, dizendo que “o enredo que levou o ex-primeiro-ministro à cadeia é recorrente e soa familiar: políticos agiam em conluio com grandes empresas em troca de comissões”.
Apesar de não ser o processo Face Oculta o que está na origem da prisão de Sócrates, mas sim a Operação Marquês, “descobriu-se que ele tinha amigos poderosos, influentes e muito ricos. Esses amigos ficariam ainda mais ricos, mais influentes e mais poderosos em seu governo, e, em retribuição, o ajudariam a construir a própria fortuna”, acrescenta Rodrigo Rangel, fazendo uma comparação com o que se tem verificado com “políticos brasileiros investigados: Sócrates e seus aliados acusam o Ministério Público e a justiça de perseguição”.
Parte-se, então, para uma explicação do que poderá unir os dois casos: “Empreiteiras envolvidas no escândalo do petrolão (Lava Jato) aparecem ligadas a alvos da investigação portuguesa. Empresas portuguesas investigadas em Lisboa, com o Banco Espírito Santo e a Portugal, aparecem como suspeitas de financiar os esquemas brasileiros, como o mensalão”.
“Essa conexão, num primeiro momento, foi facilitada pela afinidade política: a proximidade entre o PT brasileiro e o Partido Socialista português, especialmente nos anos do governo de José Sócrates e de Lula no Brasil. As boas relações entre dos dois lados abriram caminho para negócios e negociatas de empresas amigas do poder, de um lado e de outro. Envolvem, até agora, três empreiteiras brasileiras ligadas ao petrolão. O mesmo Grupo Lena acusado de ser o maior contratante dos serviços de Sócrates tem como parceira principal a Odebrecht - cliente das remessas ilegais feitas pela famosa casa de câmbio de Lisboa. A fusão dos personagens de lá e daqui chamou a atenção das autoridades”.
Saliente-se que a revista Veja, uma publicação por muitos considerada ‘anti-governo Dilma’, imprime 1,5 milhões de exemplares por semana.
copiado  http://www.noticiasaominuto.com/pais/

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