Luís Amado: "A única forma de acabar com isto é destruir o Estado Islâmico"



Luís Amado: "A única forma de acabar com isto é destruir o Estado Islâmico"

Luís Amado: "A única forma de acabar com isto é destruir o Estado Islâmico"


Mais do que a abertura de fronteiras - em que Amado destaca o papel de Merkel -, é inevitável uma intervenção militar internacional para pôr fim ao conflito que gerou a crise de refugiados, defende Amado.
  • Merkel ouve Juncker e diz querer mais da Europa sobre os refugiados
  • SEF espera "a qualquer momento" chegada de 45 refugiados
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    Luís Amado: "A única forma de acabar com isto é destruir o Estado Islâmico"

    por Joana Petiz  
    Luís Amado: "A única forma de acabar com isto é destruir o Estado Islâmico"
    Fotografia © Global Imagens
    Mais do que a abertura de fronteiras - em que Amado destaca o papel de Merkel -, é inevitável uma intervenção militar internacional para pôr fim ao conflito que gerou a crise de refugiados, defende Amado.
    Como tem visto e o que espera que sejam os próximos desenvolvimentos na crise dos migrantes?
    Há problemas que não têm solução. Outros têm solução no tempo e outros com que é preciso conviver e gerir a agitação política e diplomática. Aqui, vamos ver os governos a gesticular muito, mas a dimensão da situação vai exigir uma ação estruturada e que envolva a comunidade internacional no seu conjunto. Vamos ter tensões internas na União Europeia, sobretudo nas sociedades mais atingidas pela pressão migratória, e temos de aprender a conviver, a gerir a situação.
    Este é um conflito que vai prolongar-se no tempo.
    O problema da desestabilização do Médio Oriente vai ocupar uma ou duas décadas. Serão anos marcados por conflitos e alguma guerra mais séria. Temos de estar preparados. Países como Irão, Arábia Saudita, Turquia e Egito e outros, que têm processos de renovação política em curso - Iraque, Líbia, Líbano e Síria - vão seguramente agudizar os problemas nos próximos anos. Esta é uma questão de médio/longo prazo, em que haverá conflitos, processos de radicalização muito graves que estabelecerão uma pressão cada vez maior nas fronteiras.
    A Europa está a responder bem a essa pressão?Na questão fronteiriça não há outra solução senão abrir portas. Merkel tem estado bem. Tomou a única posição possível. É sem dúvida uma circunstância extraordinária. Se promovemos uma agenda de responsabilidade pelas pessoas e depois as deixássemos morrer à nossa porta nunca mais a Europa levantava a cabeça. Temos mesmo de abrir a fronteira. Mas a pressão a prazo só pode crescer: quanto mais abrirmos a porta mais teremos de a abrir. Schengen resistirá?

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