Planos de fuga incluíam Assange saltar telhados ou ir para o Harrods

Assange recebeu, a 21 de agosto, a visita do reverendo norte-americano Jesse Jackson, um defensor dos direitos civis

Planos de fuga incluíam Assange saltar telhados ou ir para o Harrods


Documentos secretos da diplomacia equatoriana relatam incidentes com o fundador da WikiLeaks, descrito como "tendo estados de raiva e sentimentos de superioridade".


por Ana Meireles  
Assange recebeu, a 21 de agosto, a visita do reverendo norte-americano Jesse Jackson, um defensor dos direitos civis
Assange recebeu, a 21 de agosto, a visita do reverendo norte-americano Jesse Jackson, um defensor dos direitos civis Fotografia © EPA/YUI MOK
Documentos secretos da diplomacia equatoriana relatam incidentes com o fundador da WikiLeaks, descrito como "tendo estados de raiva e sentimentos de superioridade".
Julian Assange vive há três anos na embaixada do Equador em Londres, depois de este país sul-americano lhe ter concedido asilo político em agosto de 2012. Mas a relação entre o fundador da WikiLeaks e os seus anfitriões não tem sido das melhores: as autoridades deste país, preocupadas com o comportamento desequilibrado do australiano, terão desenhado vários cenários de fuga que permitissem a Assange sair da embaixada sem chamar a atenção dos polícias britânicos que vigiam o local.
Estes planos de fuga foram denunciados pelo jornalista Fernando Villavicencio Valencia num artigo de 17 de agosto da revista Focus Ecuador e no início deste mês pelo site BuzzFeed News, depois de terem acedido a documentos confidenciais das autoridades diplomáticas equatorianas.
O plano de fuga mais bizarro foi classificado pela embaixada do Equador como uma "saída discreta". "Assange podia sair disfarçado ou tentar escapar através dos telhados até um heliporto próximo ou misturar-se na multidão no Harrods", refere um documento.
A primeira opção para tirar Julian Assange da embaixada era conseguir imunidade diplomática para o australiano ao nomeá-lo representante do Equador junto das Nações Unidas. O problema deste plano era, segundo as autoridades equatorianas, o facto de ser um processo demorado e correrem o risco de a ONU poder revogar o seu estatuto.
Outro plano ponderado foi retirar o fundador da WikiLeaks da embaixada num veículo diplomático. Hipótese igualmente posta de parte pelas autoridades de Quito, devido ao facto de a sua embaixada em Londres ser um mero apartamento no primeiro andar de um prédio na zona de Knightsbridge - o quarto de Assange tem 19 metros quadrados, com uma zona adaptada a cozinha, e a casa de banho que usa é exterior aos seus aposentos.
        copiado http://www.dn.pt/inicio/globo/

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