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Explosão de meteoro libertou tanta energia como bomba de Hiroshima
Meteoro tinha cerca de seis metros de comprimento e explodiu com uma força impressionante
A
explosão de um meteoro sobre o oceano Atlântico, no início do mês,
libertou uma energia quase equivalente à da bomba atómica que destruiu
Hiroshima na Segunda Guerra Mundial. O "impacto" - o objeto explodiu e
desintegrou-se na atmosfera, a 31 metros de altitude - ocorreu na tarde
de 6 de fevereiro, a menos de dois mil quilómetros do Rio de Janeiro, no
Brasil.
Não há relatos de avistamentos do meteoro, mas a explosão foi registada pelo programa "Near Earth Object Program" da Agência Espacial norte-americana (NASA) - a partir de dados cedidos pelo governo norte-americano.
Os objetos espaciais que originam fireballs
(bolas de fogo) não são, geralmente, grandes o suficiente para
sobreviverem intactos à passagem pela atmosfera terrestre, embora às
vezes alguns fragmentos, meteoritos, sejam recuperados.
Este
tinha cerca de seis metros de comprimento e explodiu com uma força
impressionante. Um evento com a energia equivalente a mil toneladas de
explosivos TNT é designado um evento de uma quilotonelada (kt), explica a
NASA - a bomba de Hiroshima explodiu com uma energia de cerca de 15 kt e
a de Nagasaki com 20. O meteoro em causa libertou uma energia
equivalente a 12 kt de TNT.
É preciso recuar a 2013 na lista da NASA
e ao meteoro de Chelyabinsk, na Rússia, para encontrar uma explosão com
mais força (440 kt), sendo que a grande maioria fica abaixo da
tonelada.
Cerca
de 1500 objetos com trajetórias próximas da Terra são detetados todos
os anos - e mais de 13 500 já foram descobertos, no total. Os astrónomos
já localizaram mais de 90% dos objetos com mais de um quilómetro e
estão agora focados em identificar objetos mais pequenos, à volta de 140
metros de comprimento, que apesar de menores continuam a ser perigosos.
O
problema com os objetos espaciais mais pequenos, entre 10 e 15 metros, é
que são demasiado pequenos para serem encontrados monitorizados na
imensidão do espaço, mas têm o potencial para causar grande destruição,
se, por exemplo, atingirem uma cidade em cheio.
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