Aliança do Pacífico propõe maior integração para enfrentar o Brexit
Em um momento em que projetos de integração como o da União Europeia sofrem um importante revés com o anúncio da saída da Grã-Bretanha, os presidentes dos quatro países da Aliança do Pacífico - criada há cinco anos - buscam arrumar os prazos de um projeto de integração comercial que conseguiu muito em pouco tempo.
"Apesar de alguns fantasmas da desintegração suscitados pelo chamado Brexit, o mundo tende a se organizar em grandes blocos", disse a presidente chilena Michelle Bachelet na sessão inaugural da reunião, que é realizada aos pés do vulcão Osorno, na cidade de Puerto Varas, às margens do lago Llanquihue (1.100 km ao sul de Santiago).
Além de Bachelet, estão presentes na reunião os
mandatários da Colômbia, Juan Manuel Santos, do Peru, Ollanta Humala, e
do México, Enrique Peña Nieto. Na quinta-feira (30), em uma apresentação
da nova virada da política exterior argentina, o presidente desse país,
Mauricio Macri, assistiu a cúpula empresarial do bloco que ocorreu na
localidade próxima de Frutillar.
Mercosul e Asean
O ambicioso caminho traçado por estes quatro países que se voltam para o Pacífico, o bloco comercial que gera maior atenção hoje em dia na América Latina, explora uma eventual união com o Mercosul - integrado por Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina e Venezuela - por anos "congelado" em sua tentativa de alcançar acordos com outros blocos comerciais.
Analisa também uma aproximação com a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), composta por 10 países do leste da Ásia, seguindo o objetivo de incrementar seu comércio com esta parte do mundo, usando seus países-membros como "pontes".
"Se forem cumpridas as nossas expectativas, isso pode significar um ou dois pontos percentuais de crescimento do PIB nas próximas décadas, que é a diferença requerida por nossos países para alcançar o desenvolvimento", destacou Bachelet, que recebeu nesta sexta-feira a presidência do bloco por parte do Peru.
A Aliança do Pacífico se distingue por "sua flexibilidade e pragmatismo", ressaltou o mandatário peruano na sessão inicial que deu prosseguimento a uma reunião privada dos presidentes.
Avanços econômicos
Durante as reuniões ministeriais anteriores ao encontro
presidencial desta sexta-feira foram analisadas fórmulas para seguir
avançando na integração em termos econômicos e financeiros entre os
quatro países que desde maio já têm 92% de seu comércio liberalizado.
Nas reuniões foi acordado fomentar o acesso ao financiamento para as micro, pequenas e médias empresas, junto com a promoção do uso de formas eletrônicas de pagamento na região.
Também se explora a possível homologação do tratamento tributário dos depósitos obtidos pelos fundos de pensões reconhecidos dos países da Aliança quando investirem em outro país-membro.
Aliança do Pacífico propõe maior integração para enfrentar o Brexit
AFP / MARTIN BERNETTI
(E-D) Os presidentes do
México, Enrique Peña Nieto, do Peru, Ollanta Humala, do Chile, Michelle
Bachelet, e da Colômbia, Juan Manuel Santos, durante a cúpula da Aliança
do Pacífico, em Frutillar, no dia 30 de junho de 2016
Os presidentes de México, Colômbia, Peru e Chile
participam nesta sexta-feira da cúpula da Aliança do Pacífico, que busca
intensificar sua forte integração comercial, em contraposição aos
"fantasmas da desintegração" que surgiram após o Brexit.Em um momento em que projetos de integração como o da União Europeia sofrem um importante revés com o anúncio da saída da Grã-Bretanha, os presidentes dos quatro países da Aliança do Pacífico - criada há cinco anos - buscam arrumar os prazos de um projeto de integração comercial que conseguiu muito em pouco tempo.
"Apesar de alguns fantasmas da desintegração suscitados pelo chamado Brexit, o mundo tende a se organizar em grandes blocos", disse a presidente chilena Michelle Bachelet na sessão inaugural da reunião, que é realizada aos pés do vulcão Osorno, na cidade de Puerto Varas, às margens do lago Llanquihue (1.100 km ao sul de Santiago).
Mercosul e Asean
O ambicioso caminho traçado por estes quatro países que se voltam para o Pacífico, o bloco comercial que gera maior atenção hoje em dia na América Latina, explora uma eventual união com o Mercosul - integrado por Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina e Venezuela - por anos "congelado" em sua tentativa de alcançar acordos com outros blocos comerciais.
Analisa também uma aproximação com a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), composta por 10 países do leste da Ásia, seguindo o objetivo de incrementar seu comércio com esta parte do mundo, usando seus países-membros como "pontes".
"Se forem cumpridas as nossas expectativas, isso pode significar um ou dois pontos percentuais de crescimento do PIB nas próximas décadas, que é a diferença requerida por nossos países para alcançar o desenvolvimento", destacou Bachelet, que recebeu nesta sexta-feira a presidência do bloco por parte do Peru.
AFP / MARTIN BERNETTI
A presidente chilena, Michelle Bachelet, durante a cúpula da Aliança do Pacífico, em Frutillar, no dia 30 de junho de 2016
Hoje, a Aliança é considerada a sexta economia do
mundo. Seus membros somam quase 52% do comércio total da região e 36% do
PIB da América Latina, com um mercado de aproximadamente 212 milhões de
pessoas, após a acelerada consolidação de grande parte dos objetivos
que deram origem a sua criação no Chile em 2011.A Aliança do Pacífico se distingue por "sua flexibilidade e pragmatismo", ressaltou o mandatário peruano na sessão inicial que deu prosseguimento a uma reunião privada dos presidentes.
Avanços econômicos
Nas reuniões foi acordado fomentar o acesso ao financiamento para as micro, pequenas e médias empresas, junto com a promoção do uso de formas eletrônicas de pagamento na região.
Também se explora a possível homologação do tratamento tributário dos depósitos obtidos pelos fundos de pensões reconhecidos dos países da Aliança quando investirem em outro país-membro.
AFP / MARTIN BERNETTI
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, durante a cúpula da Aliança do Pacífico, em Frutillar, no dia 30 de junho de 2016
copiado www.afp.com/pt/
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