Venezuela anuncia fim do racionamento de energia
"A partir da segunda-feira fica sem efeito o Plano de Administração de Carga (cortes do serviço) e a operação será normalizada durante as 24 horas [do dia]", destacou Maduro nesta sexta-feira, durante ato em Caracas.
As medidas de racionamento foram adotadas por causa da pior seca que a Venezuela enfrentou em 40 anos pelo fenômeno El Niño.
Esta situação gerou uma severa crise elétrica que levou o
governo a impor apagões em quase todo o país, a reduzir drasticamente a
jornada de trabalho no setor público e antecipar em 30 minutos o horário
oficial.
O presidente não informou se o setor público voltará a trabalhar em horário normal.
Maduro lembrou que a Venezuela esteve a "seis dias de um colapso" no sistema elétrico, mas que com o início da temporada de chuvas, a emergência foi se dissipando.
"Recuperamos (a represa) El Guri e estamos em condições de dar um serviço elétrico que funcione de forma natural. Isto sim, atentando para a sabotagem elétrica", indicou.
Durante a crise energética, o governo denunciou um plano de sabotagem de parte da oposição, que deixou pelo menos três mortos.
As vítimas foram três homens, que morreram eletrocutados, denunciou na semana passada o ministro de Energia Elétrica, Luis Motta.
Os adversários de Maduro, que fazem campanha para um referendo revogatório, negaram as tentativas de sabotagem e culparam pela emergência o governo pela corrupção e a falta de manutenção da infraestrutura.
Além do fim dos racionamentos, o chefe de Estado anunciou um plano para substituir dois milhões de aparelhos de ar condicionado por sistemas similares que gastem menos energia.
AFP/Arquivos / FEDERICO PARRA
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em Caracas, no dia 22 de junho de 2016
O governo da Venezuela suspenderá a partir de
segunda-feira os racionamentos de energia impostos em fevereiro, após
recuperar sua reserva hidrelétrica, anunciou o presidente Nicolás
Maduro."A partir da segunda-feira fica sem efeito o Plano de Administração de Carga (cortes do serviço) e a operação será normalizada durante as 24 horas [do dia]", destacou Maduro nesta sexta-feira, durante ato em Caracas.
As medidas de racionamento foram adotadas por causa da pior seca que a Venezuela enfrentou em 40 anos pelo fenômeno El Niño.
O presidente não informou se o setor público voltará a trabalhar em horário normal.
Maduro lembrou que a Venezuela esteve a "seis dias de um colapso" no sistema elétrico, mas que com o início da temporada de chuvas, a emergência foi se dissipando.
"Recuperamos (a represa) El Guri e estamos em condições de dar um serviço elétrico que funcione de forma natural. Isto sim, atentando para a sabotagem elétrica", indicou.
Durante a crise energética, o governo denunciou um plano de sabotagem de parte da oposição, que deixou pelo menos três mortos.
As vítimas foram três homens, que morreram eletrocutados, denunciou na semana passada o ministro de Energia Elétrica, Luis Motta.
Os adversários de Maduro, que fazem campanha para um referendo revogatório, negaram as tentativas de sabotagem e culparam pela emergência o governo pela corrupção e a falta de manutenção da infraestrutura.
Além do fim dos racionamentos, o chefe de Estado anunciou um plano para substituir dois milhões de aparelhos de ar condicionado por sistemas similares que gastem menos energia.
Paraguai: mundo é testemunha de abusos na Venezuela
"O mundo é testemunha dos abusos sofridos pelo povo da Venezuela", declarou Cartes durante sua mensagem anual ao Congresso.
"Quando os direitos humanos e as liberdades fundamentais não são respeitados, como ocorre neste momento na Venezuela, não podemos permanecer em silêncio".
Cartes denunciou a contradição de alguns países do
Mercosul que invocam seu apego a princípios e valores democráticos e se
omitem no caso venezuelano.
"Estes valores não devem se resumir a declarações e recomendações. Devem marcar o caminho como norma de vida e de conduta pública no âmbito que nos cabe atuar".
O chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, criticou na quarta-feira Uruguai e Argentina, que manifestaram sua disposição de transferir a presidência temporária do Mercosul para a Venezuela.
Loizaga afirmou que o Brasil tem a mesma posição que o Paraguai e disse que está conversando com o chanceler José Serra sobre o tema, com a qual concorda em muitos pontos.
AFP / ERIC PIERMONT
O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, em Paris, no dia 3 de junho de 2016
O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, disse nesta
sexta-feira que o mundo "é testemunha dos abusos dos direitos humanos"
na Venezuela, e afirmou que não permanecerá em silêncio sobre a
situação naquele país."O mundo é testemunha dos abusos sofridos pelo povo da Venezuela", declarou Cartes durante sua mensagem anual ao Congresso.
"Quando os direitos humanos e as liberdades fundamentais não são respeitados, como ocorre neste momento na Venezuela, não podemos permanecer em silêncio".
"Estes valores não devem se resumir a declarações e recomendações. Devem marcar o caminho como norma de vida e de conduta pública no âmbito que nos cabe atuar".
O chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, criticou na quarta-feira Uruguai e Argentina, que manifestaram sua disposição de transferir a presidência temporária do Mercosul para a Venezuela.
Loizaga afirmou que o Brasil tem a mesma posição que o Paraguai e disse que está conversando com o chanceler José Serra sobre o tema, com a qual concorda em muitos pontos.
AFP / RONALDO SCHEMIDT
Uma farmácia vazia é vista em Caracas, no dia 30 de maio de 2016
A ministra venezuelana da Saúde, Luisana Melo, negou
nesta sexta-feira que exista falta de medicamentos no país, como
denunciam o sindicato dos farmacêuticos e a oposição."Temos elementos suficientes e objetivos para demonstrar que neste país estamos produzindo medicamentos, importando o necessário e vamos começar a distribuí-los da forma mais eficiente possível", disse Melo à imprensa em um hospital público do sudeste de Caracas.
A Federação Farmacêutica da Venezuela calcula em 85% a escassez de medicamentos no país, um argumento usado pela oposição para exigir do presidente Nicolás Maduro que aceite ajuda humanitária externa.
A ministra negou que na Venezuela haja uma "crise humanitária", e afirmou que o governo garante o fornecimento dos princípios ativos dos remédios para tratar das doenças de maior incidência.
Segundo Melo, o problema está no setor privado, que produz a metade de sua capacidade.
Para importar insumos, os laboratórios dependem de divisas, mas enfrentam o severo controle sobre o dólar, vigente desde 2003.
Diante das denúncias de médicos e pacientes sobre a falta crônica de medicamentos para tratar da Aids e de doenças oncológicas, a ministra disse que trata-se de um problema "pontual".
A Venezuela sofre uma severa crise, agravada pela queda dos preços do petróleo ( fonte de 96% das divisas), que se reflete na escassez de 80% dos alimentos básicos e em uma inflação de 180,9% em 2015, a mais alta do mundo.
Em meados de junho, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) declarou inconstitucional uma lei aprovada pela maioria opositora no Parlamento autorizando a entrada de ajuda humanitária no país.
AFP/Arquivos / Ronaldo Schemidt
(10 jun) Mercadinho alvo de saque em Caracas
Dezenas de pessoas foram presas em protestos e saques
pela falta de alimentos em Tucupita, capital de uma região de selva do
leste da Venezuela, segundo autoridades locais e uma deputada opositora.Os distúrbios aconteceram na quinta-feira, o que segundo a deputada Larissa Gonzalez levou as autoridades a militarizar esta cidade de 86.000 habitantes, localizada a 700 quilômetros de Caracas.
A governadora do estado de Delta Amacuro, Lizeta Hernandez, chamou os protestos de "vandalismo disfarçado de fome" e denunciou as "tentativas de saques".
Pelo menos 146 pessoas foram presas durante os confrontos, segundo a deputada.
Nas últimas semanas, aumentaram o número de protestos em cidades de todo o país pela escassez de alimentos e medicamentos, que chega a 80% de acordo com a empresa Datanalisis.
Em meados de junho, um protesto em Cumana (400 km a leste de Caracas) terminou em saques, duas mortes e a prisão de mais de 400 pessoas.
O presidente Nicolas Maduro acusa a oposição, que promove um referendo revogatório contra ele, de liderar os protestos e de tentar derrubá-lo.
A queda dos preços do petróleo agravou a crise no país que, além da escassez, sofre com a maior inflação do mundo: 180,9% em 2015.
copiado www.afp.com/pt/
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