Atenção à "falta de preparação" de Trump, alerta Obama
Presidente norte-americano reage a declarações de candidato republicano sobre a NATO
Presidente norte-americano reage a declarações de candidato republicano sobre a NATO
O
Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) alertou hoje para a
"falta de preparação" demonstrada pelo candidato presidencial Donald
Trump em política estrangeira, citando as suas recentes propostas sobre a
NATO.
O candidato republicano à Casa
Branca disse, numa entrevista ao jornal New York Times, que se os países
bálticos, que são membros da Organização do Tratado Atlântico Norte
(NATO na sigla em inglês), fossem atacados pela Rússia, só decidiria a
intervenção dos EUA depois de ter verificado que aqueles países "tinham
respeitado as suas obrigações".
"Há uma
enorme diferença entre incitar os nossos aliados a cumprir os seus
compromissos em termos de despesa para a defesa e dizer-lhes: 'sabem,
poderemos não respeitar o compromisso central da aliança mais importante
da história'", explicou Barack Obama, numa entrevista hoje divulgada
pela CBS.
Um dos princípios da NATO
estipula que um ataque contra um dos seus membros é um ataque ao
conjunto dos aliados, um ponto que os EUA invocaram depois dos atentados
de 11 de setembro de 2001 e que justificou a intervenção da organização
no Afeganistão.
Recordando que aquele
princípio é a "pedra angular" da política estrangeira norte-americana
desde a Segunda Guerra Mundial, qualquer que tenha sido o Presidente,
Barack Obama defende que as propostas do candidato republicano
demonstram a sua falta de conhecimento nesta área.
"Não
ter compreensão ou conhecimento suficientes para dizer que a América
poderia não cumprir o seu compromisso solene de proteger os aliados que
estiveram do nosso lado depois do 11 de setembro (...) demonstra a [sua]
falta de preparação em matéria de política estrangeira", salientou.
Na
quinta-feira, o responsável da NATO Jens Stoltenberg já tinha reagido
às declarações de Donald Trump dizendo que "a solidariedade" é "um valor
essencial" da aliança atlântica.
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