BBC: pesquisa da Ipsos mostra o contrário do Datafolha. Cai apoio ao impechment, eleição é a saída
Só 16% dos brasileiros querem que Michel Temer permaneça até o
final do atual mandato presidencial. Um número completamente diferente
do que alegou a Folha ao exibir a pesquisa Datafolha, há dez dias. É
isso...
Só 16% dos brasileiros querem que Michel Temer permaneça até o final do atual mandato presidencial.
Um número completamente diferente do que alegou a Folha ao exibir a pesquisa Datafolha, há dez dias.
É isso o que aponta o Ipsos, uma consultoria de origem francesa que faz pesquisas em toda a América Latina, publicada hoje pela BBC e pelo Valor, este exclusivo para assinantes.
52% querem a convocação de nova
eleição presidencial, seja convocada por Temer (38%) ou por Dilma
(14%). 20% querem a volta de Dilma até a conclusão de seu mandato e só 16% querem que Temer fique até 2018, restando 12% que não sabem ou não quiseram responder.
É
esta “pequena diferença”, que a Folha descreve como “sem interesse
jornalístico” que torna escandalosa a fraude jornalística cometida
contra seus leitores.
Fraude, não erro, porque o dado
estava disponível para os editores – ou diretores – do jornal, embora
tivessem ficado ocultos na versão divulgada do questionário, como
denunciou The Intercerpt e este blog teve a felicidade de encontrar.
Para que não haja dúvida do que a
Folha achou que era “jornalístico”, reproduzo ao lado a miniatura de sua
manchete do domingo, 17 de julho.
Há mais na pesquisa.
O apoio ao impeachment de Dilma perdeu a maioria absoluta que
registrava até a pesquisa anterior da Ipsos: agora são 48% que o desejam
(11% a menos do que em abril, quando a Câmara autorizou o início do
processo) e 34% que são contrários.Mais dados, do site da BBC:
“Quanto a avaliação pessoal de Temer e Dilma, a rejeição a ambos permanece bastante elevada.
De acordo com o levantamento, entre
junho e julho, a porcentagem de pessoas que desaprovava totalmente ou um
pouco o interino recuou de 70% para 68%. Para a petista, o indicador
recuou de 75% para 71%. A aprovação de Dilma, por sua vez, foi de 20%
para 25%. E a de Temer ficou estável em 19%.
Os resultados, em geral, indicam que o
apoio à Dilma é maior no Nordeste e entre pessoas de menor renda e
escolaridade. Temer tem mais aprovação nas demais regiões do país e
entre os mais ricos e com mais anos de estudos.”
A aprovação a Temer, estimada pela Folha em 14%, fica, segundo o Ipsos, na metade: 7%.Copiado http://www.tijolaco.com.br/blog
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