PRB diz ao TSE que não recebeu caixa 2 ou propina para apoiar chapa Dilma/TemerEx-diretor de relações institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, afirmou que a empreiteira pagou R$ 7 milhões para cada um desses três partidos: PRB, PROS e PC do B

Rafael Moraes Moura e Breno Pires ,
O Estado de S.Paulo
20 Março 2017 | 19h55
BRASÍLIA – Em resposta encaminhada nesta segunda-feira, 20, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Partido Republicano Brasileiro (PRB) disse não ter recebido caixa 2, propina ou “recurso financeiro proveniente de qualquer origem ilícita” para apoiar a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) nas eleições de 2014.

Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
Dilma e Temer
A ex-presidente Dilma Rousseff e o então seu vice, Michel Temer
A manifestação do partido, obtida pelo Estado, foi enviada ao ministro Herman Benjamin, relator no TSE da ação que apura se a chapa Dilma-Temer cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger.
“Tanto para disputar o pleito de 2014, quanto para conceder apoio político à chapa Dilma-Temer, o Partido Republicano Brasileiro (PRB) peremptoriamente informa a Vossa Excelência o seguinte: que não recebeu nenhum recurso financeiro proveniente de caixa 2; que não recebeu nenhum recurso financeiro proveniente de propina; que não recebeu nenhum recurso financeiro proveniente de qualquer fonte vedada; que não recebeu nenhum recurso financeiro proveniente de qualquer origem ilícita”, diz a manifestação do PRB, assinada nesta segunda-feira pelo presidente em exercício do diretório nacional, senador Eduardo Lopes (PRB-RJ).
Em depoimento prestado ao TSE em fevereiro, o ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar afirmou que a empreiteira pagou R$ 7 milhões para cada um desses três partidos: PROS, PC do B e PRB, num total de R$ 21 milhões.
Segundo o Estado apurou, Alexandrino disse ao ministro Herman Benjamin  que os pagamentos foram feitos via caixa 2 para garantir o apoio político dessas siglas à chapa que unia PT e PMDB na campanha presidencial de 2014.
Em fevereiro, o Estado revelou que o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, negociou um repasse de R$ 7 milhões do caixa 2 da Odebrecht para o PRB na campanha de 2014. Na época, o ministro afirmou "desconhecer" essa operação e disse que "delação não é prova".
APOIO. Em sua resposta encaminhada ao TSE, o PRB também destacou “fatos públicos e notórios” para justificar o apoio à chapa Dilma-Temer.
Entre eles cita que, em março de 2012, no primeiro mandato de Dilma, o ex-senador Marcelo Crivella (PRB) foi empossado ministro da Pesca e Aquicultura. Também menciona a posse do deputado federal George Hilton (hoje filiado ao PSB) como ministro do Esporte, já no segundo mandato da petista.

“É por isso que é natural que as diversas agremiações partidárias que se unem para administrar e apoiar o governo, seja no poder Executivo, seja no Poder Legislativo, também se alinhem na campanha eleitoral para integrarem uma coligação para disputar uma eleição majoritária presidencial”, explicou o partido ao TSE.
copiado http://politica.estadao.com.br

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