Alvo da PGR, ministro Aloysio Nunes pede ao STF acesso a citaçõesVia de regra, STF tem negado o acesso a conteúdos que ainda não foram tornados públicos em fase de investigação, para não atrapalhá-las

Breno Pires e Rafael Moraes Moura ,
O Estado de S.Paulo
20 Março 2017 | 19h44
BRASÍLIA - Um dos novos alvos da Procuradoria-Geral da República, na lista de pedidos de inquérito enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, pediu que o STF lhe garanta acesso aos conteúdos que veiculem seu nome. A petição já se encontra no gabinete do ministro Edson Fachin, relator dos processos relacionados à Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
Foto: André Dusek|Estadão
Aloysio Nunes Ferreira
O ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira
“Vem o requerente solicitar perante Vossa Excelência para que seja autorizado o seu imediato acesso a qualquer tipo de investigação ou representação que mencione seu nome no âmbito desse Excelentíssimo STF e a todos os elementos de prova que o instruem”, diz a petição encaminhada ao Supremo pela defesa do ministro.
O argumento é que isso seria necessário “para que possa ter conhecimento dos fatos amplamente divulgados pela imprensa brasileira (doc. na. 02) e desde já contribuir para a sua solução, exercendo o seu amplo direito de defesa, com o consequente certo arquivamento dos autos”.
O pedido do ministro destaca uma citação que seu nome teria recebido em um depoimento de um dos delatores de acordo, o ex-diretor da Odebrecht Carlos Armando Paschoal — que, de acordo com a "Folha de S. Paulo", teria relatado o pagamento de R$ 500 mil por meio de caixa dois à campanha de Aloysio ao Senado em 2010.
Via de regra, o STF tem negado o acesso a conteúdos que ainda não foram tornados públicos em fase de investigação, para não atrapalhá-las.

Conforme apurado pelo Estado, Aloysio é alvo de pelo menos um inquérito que a PGR encaminhou ao Supremo na semana passada. Entre os pedidos do procurador-geral, Rodrigo Janot, estava também o da retirada do sigio de parte das revelações feitas pelos executivos e ex-executivos da empreiteira baiana. A queda do sigilo depende da decisão do ministro Edson Fachin, que não tem prazo definido para responder aos pedidos da PGR. 
copiado http://politica.estadao.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Ao Planalto, deputados criticam proposta de Guedes e veem drible no teto com mudança no Fundeb Governo quer que parte do aumento na participação da União no Fundeb seja destinada à transferência direta de renda para famílias pobres

Para ajudar a educação, Políticos e quem recebe salários altos irão doar 30% do soldo que recebem mensalmente, até o Governo Federal ter f...