Lula cada vez mais líder das pesquisas no Brasil General é detido por suposto atentado contra Maduro

Lula cada vez mais líder das pesquisas no Brasil

AFP/Arquivos / NELSON ALMEIDA A senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, mostra máscara com o rosto de Lula, em São Paulo, em 4 de agosto de 2018
As pesquisas de opinião se sucedem, confirmam e ampliam a vantagem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso por corrupção e lavagem de dinheiro, teria se pudesse disputar as eleições de outubro.
A mais recente, publicada pelo Datafolha nesta quarta-feira (22) com base em 8.433 entrevistas, dá ao líder do PT 39% das intenções de voto, frente às 30% de junho.
Em segundo lugar, está o deputado Jair Bolsonaro com 19% (17% em junho). Nenhum dos outros 11 candidatos supera a barreira dos 10%.
Em um segundo turno, Lula, de 72 anos, derrotaria Bolsonaro por 20 pontos de vantagem (52% a 32%, com 14% de votos em branco e nulos, e 2% de indecisos); e por uma margem ainda maior qualquer outro eventual adversário.
Mas Lula, que desde abril cumpre uma pena de 12 anos e um mês de prisão, provavelmente terá a sua candidatura impugnada devido à aplicação da Lei da Ficha Limpa, que determina que nenhum condenado em segunda instância possa se apresentar a uma eleição.
- Sem Lula, vencem os indecisos -
Em uma eleição sem Lula, o apoio a Bolsonaro passaria de 19% para 22%; seguido pela ambientalista Marina Silva, com 16%. E um segundo turno entre eles, a ex-ministra do Meio Ambiente derrotaria o capitão da reserva por 11 pontos de vantagem (45% a 34%).
Mas sem o ex-presidente, o número de pessoas que se declaram "sem candidato" passaria de 14% a 28%, superando os votos obtidos por qualquer outro postulante.
O companheiro de chapa de Lula, Fernando Haddad, que poderia substituí-lo, obteria apenas 4%, segundo a pesquisa, feita em 20 e 21 de agosto, com uma margem de erro de dois pontos percentuais.
A transferência de votos do ex-presidente (2003-2010) também parece difícil, dado que apenas 31% dos eleitores de Lula afirmam que votariam em quem ele indicar, frente aos 48% que não tomariam essa decisão.
O crescimento de Lula já foi registrado esta semana por outras duas pesquisas (da MDA e do Ibope, com 2.002 entrevistados), que atribuíam ao ex-presidente 37% das intenções de voto.
Para José Augusto Guilhon Albuquerque, professor emérito de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP), uma pesquisa é, antes de tudo, "um indicador de popularidade", e se a de Lula resiste e cresce, isso se deve a "uma estratégia muito clara: se manter como a grande referência a qualquer custo", comprometendo as chances de sobrevivência do PT e de vitória da esquerda.
"Lula é uma pessoa que domina o panorama político brasileiro nos últimos 20 anos ou mais", fazendo com que "quando ele não aparece, a indecisão do eleitorado seja muito grande".
- Nova desvalorização do real -
AFP / Anella RETA A corrida eleitoral
A força de Lula e a dificuldade de crescimento dos candidatos favoráveis às políticas de austeridade do presidente Michel Temer impactam os mercados do país.
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, do PSDB, obtém somente 6% dos votos em uma eleição com Lula, e 9% em uma sem ele.
Na terça-feira, o dólar era negociado a R$4,03 pela primeira vez desde março de 2016, e nesta quarta-feira e a moeda brasileira continuou caindo até 4,08%. Ao longo do ano, o real perdeu 20% do seu valor frente à divisa americana.
"A falta de definição (do eleitorado) leva dúvidas aos investidores sobre os rumos da economia. Há muitas dúvidas sobre a capacidade do próximo governo de realizar o que a gente chama de um ajuste fiscal", disse à AFP Mauro Rochlin, economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro.

General é detido por suposto atentado contra Maduro

Venezuelan Presidency/AFP / HO Foto divulgada pela presidência venezuelana mostrando o presidente Nicolas Maduro durante a transmissão de um programa de televisão, no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, em 7 de agosto de 2018
As autoridades da Venezuela detiveram o general Héctor Hernández Da Costa por envolvimento no suposto atentado contra o presidente Nicolás Maduro, confirmou nesta quarta-feira o procurador-geral, Tarek William Saab.
Hernández Da Costa, general da Guarda Nacional, é o segundo militar de alta patente a ser detido pelo suposto atentado, após o general Alejandro Pérez Gámez.
"No total, 25 pessoas estão sendo processadas até agora. Recordamos que há foragidos da justiça, alguns na Colômbia, outros no Peru e outros nos Estados Unidos", declarou o procurador-geral, alinhado ao "chavismo".
Saab citou Hernández sem identificá-lo como militar, mas a especialista em assuntos militares Rocío San Miguel afirma que o detido era "nada menos que o segundo na chefia do Estado-Maior da Região de Defesa Integral" do Distrito Capital.
"É uma detenção que causa profundo impacto" na Força Armada, disse San Miguel à AFP.
No dia 14 de agosto passado, o general Hernández Da Costa denunciou em um vídeo nas redes sociais que estava sendo detido por funcionários da contrainteligência militar; mas até o momento nenhuma autoridade havia confirmado a prisão.
Há ordens de detenção contra 18 pessoas por executar, todas com alerta vermelho junto à Interpol, acrescentou Saab, totalizando 43 envolvidos no suposto atentado.
Entre os detidos há três militares da ativa, incluindo os dois generais, e o deputado opositor Juan Requesens.
Em 4 de agosto, no que Saab define como uma "conspiração de grande envergadura", dois drones carregados de explosivos explodiram quando Maduro discursava durante uma parada militar em Caracas. O incidente não deixou feridos graves.
O ex-presidente do Parlamento controlado pela oposição Julio Borges, que qualifica o atentado de "farsa" para perseguir os adversários de Maduro, está na relação dos procurados.
Borges se exilou na Colômbia no início de 2018, após o fracasso das negociações entre governo e oposição na República Dominicana.
O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) declarou "procedente" o pedido de extradição de Borges.
copiado  https://www.afp.com

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