PT anuncia oficialmente a candidatura de Lula, preso, à presidência Constituinte nega ter eliminado Parlamento da Venezuela

PT anuncia oficialmente a candidatura de Lula, preso, à presidência

AFP / NELSON ALMEIDADelegados do PT reunidos na conveção do partido em São Paulo
O Partido dos Trabalhadores (PT) lançou neste sábado (4) oficialmente a candidatura de seu líder preso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, às eleições presidenciais de outubro.
"Não existe política no Brasil sem falar de Lula e sem falar do PT", declarou na convenção partidária em São Paulo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, depois que quase 2.000 delegados aprovaram a designação de Lula, favorito nas pesquisas, apesar de estar preso para cumprir uma condenação de 12 anos e um mês por corrupção.
O registro da candidatura "é a ação mais confrontadora que fazemos contra esse sistema podre", completou a senadora.
"Não tememos", afirmou, antes de denunciar uma perseguição do Judiciário e da imprensa ao ex-presidente (2003-2010), antes de prometer: "Vamos seguir nossa marcha, vamos tirar Lula da prisão".
Uma carta do ex-presidente foi lida durante o evento, na qual denuncia as orientações do governo de Michel Temer, que assumiu o poder em 2016 após o impeachment de Dilma Rousseff, sucessora de Lula no governo.
"Já derrubaram uma presidente eleita. Agora querem vetar o direito do povo de escolher livremente seu próximo presidente. Querem inventar uma democracia sem povo", afirmou o ex-líder sindical, preso desde abril em Curitiba.
O PT vai apresentar o registro da candidatura em 15 de agosto, último dia do prazo legal, como parte de uma mobilização que deve terminar com um diante do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em Brasília.
Lula cumpre desde 7 de abril uma pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O juiz Sergio Moro o considerou culpado de ter sido beneficiado com um apartamento no litoral paulista oferecido pela empreiteira OAS, em troca de intermediação para a obtenção de contratos na Petrobras.
A condenação foi confirmada em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), o que deveria inabilitá-lo a disputar uma eleição, devido à Lei da Ficha Limpa, promulgada por ele próprio no último ano de seu mandato

Constituinte nega ter eliminado Parlamento da Venezuela

AFP/Arquivos / YAMIL LAGEO presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pronuncia discurso em 17 de julho de 2018 em Havana, Cuba
O presidente da Assembleia Constituinte da Venezuela, Diosdado Cabello, negou, neste sábado (4), que o órgão tenha eliminado o Parlamento - de maioria opositora - e afirmou que a instância funcionará pelo tempo que "for necessário".
"A direita pode dizer o que quiser (...), disseram que estava sendo convocada para eliminar a Assembleia Nacional. Não eliminamos nada, a Assembleia Nacional está ali, desastrosamente dirigida, em desacato, mas está aí", disse Cabello em uma sessão de comemoração do primeiro ano da Constituinte.
"Não eliminamos, eles se eliminam sozinhos, não precisa fazer isso, a torpeza é muito grande e a arrogância é muito grande", acrescentou o poderoso dirigente chavista, que conta com o apoio do presidente Nicolás Maduro.
Contudo, pouco depois de sua instalação, em 4 de agosto de 2017, ela assumiu a "competência para legislar" e "ditar atos parlamentares em forma de lei".
A oposição denunciou como um "golpe de Estado".
Não reconhecida pela oposição e pelos governos de vários países, que consideram-na ilegítima, ela também convoca eleições e destitui funcionários.
Convocada pelo presidente Maduro após quatro meses de protestos opositores que exigiam sua saída e deixaram cerca de 125 mortos em 2017, a Constituinte desarticulou as manifestações, segundo analistas.
O Parlamento continua em exercício, mas suas decisões são consideradas nulas pelo Judiciário, que o declarou em desacato.

copiado https://www.afp.com/es

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