Boulos pede ao TSE que investigue se campanha de Bolsonaro atacou grupo no Facebook
O presidenciável diz que Bolsonaro foi beneficiado com a invasão, que acabou resultando na retirada do grupo da rede social. Na ação, o Psol afirma que, ainda durante o funcionamento da mobilização virtual, apoiadores e possíveis pessoas ligadas à campanha do candidato do PSL passaram a desferir ataques e ameaças às administradoras do grupo e a realizar ataques cibernéticos no Facebook. O grupo conseguiu retomar a conta no início da semana.
Mudança de nome
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No sábado (15), quando os invasores trocaram o nome do grupo, Bolsonaro postou em sua página oficial a seguinte frase: “Obrigado pela consideração, Mulheres de todo o Brasil!”.
"Os ataques à página do grupo foram efetuados pelos apoiadores da campanha. De fato, em benefício ao candidato, retiraram as mensagens que lhes eram contrárias e colocaram mensagens favoráveis, tecendo críticas ao grupo de mulheres. No episódio de abuso e influência no pleito houve, ainda, atuação indireta de membros da campanha, como o filho do candidato Eduardo Bolsonaro e candidato a deputado federal, e o candidato a vice, que comemoraram o ataque e propagaram diversas acusações falsas. Uma das fake news propagadas foi de que suas criadoras alteraram o nome de outra conta para simular um número alto de participantes", alega Boulos na ação de investigação judicial eleitoral.
Inelegibilidade
Ainda no pedido, a coligação formada pelo Psol e pelo PCB reivindica que Bolsonaro e seu vice, o coronel Hamilton Mourão (PRTB), apresentem explicações no prazo de cinco dias contados a partir da data da notificação. A ação solicita também que sejam ouvidos pelo Ministério Público um representante legal do Facebook e as administradoras do grupo.
O advogado do Psol, André Maimoni, sustenta que a Lei Complementar nº 64/90 prevê a inelegibilidade por oito anos caso fique comprovado o envolvimento de Jair Bolsonaro no ataque cibernético. Na hipótese de ser eleito, ele perde o diploma de posse e tem o seu mandato cassado, afirma.
Campanha nega
A campanha de Bolsonaro nega qualquer envolvimento com a invasão do grupo. Enquanto a página estava fora do ar para investigação, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do candidato, afirmou que uma antiga página, com o mesmo número de seguidores, fora “vendida para a esquerda” e depois nomeada “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro”. Em seguida, ele apresentou a página alterada pelos hackers, na qual aparecia uma imagem de apoio ao candidato.
A afirmação, porém, foi logo desmentida pelo próprio Facebook. De acordo com a empresa, o grupo "Mulheres Unidas contra Bolsonaro" foi criado em 30 de agosto e jamais havia mudado de nome até ser hackeado.
copiado https://congressoemfoco.uol.com.br/
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