'Negociamos para liberar ainda hoje', diz líder ianomâmi sobre aviões em RR
Bruno Aragaki e Wanderley Preite Sobrinho
do UOL, em São Paulo
Desde o último domingo (18), 21 servidores e quatro pilotos contratados pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), parte do Ministério da Saúde, estão impedidos de deixar a Terra Indígena Ianomâmi, em Roraima.
"Mas estamos negociando para liberá-los hoje", disse ao UOL Junior Hekurari Yanomami, presidente da Hwenama Associação dos Povos Yanomami de Roraima.
Um grupo de indígenas bloqueiam três aviões do governo federal, em protesto após a morte de duas crianças da etnia.
Para a liberação, os indígenas exigem a saída de Rousicler de Jesus Oliveira do cargo de coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y).
"A falta de compromisso pelos gestores passados e o atual foi o que levou ao aumento da malária em todo território Yanomami, os dados epidemiológicos mostram aumento assustador , a falta de insumos,, medicamentos e materiais hospitalares", diz carta aberta redigida pelos indígenas.
Porta-voz dos ianomâmis, Davi Ianomami disse que os protestos começaram após a morte de dois bebês.
"Duas crianças morreram de pneumonia nos últimos dias na região do Surucucu. As crianças são muito importantes para os ianomâmis", disse.
Secretaria de Saúde
Ao UOL, o Ministério da Saúde informou que "as equipes não foram sequestradas pelos indígenas, e seguem realizando suas atribuições diárias, estando em seus alojamentos. Nenhum profissional foi retido ou preso pelos indígenas e não há descontinuidade nos atendimentos."
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