Venezuela descarta cortar fornecimento de energia para Roraima China mostra indignação após sanções americanas por compra de armas russas. Aliança curdo-árabe aperta cerco ao líder do Estado Islâmico

Venezuela descarta cortar fornecimento de energia para Roraima

AFP/Arquivos / Mauro Pimentel (Arquivo) Vista aérea da fronteira entre a Venezuela e o estado brasileiro de Roraima
A Venezuela descartou nesta quinta-feira interromper o fornecimento de energia elétrica para o estado de Roraima, apesar da dívida de 40 milhões de dólares que, segundo o Brasil, não pode ser paga, devido às sanções dos Estados Unidos contra Caracas.
"O presidente Nicolás Maduro descartou por completo qualquer tipo de interrupção no fornecimento elétrico", disse o chanceler Jorge Arreaza após uma reunião em Caracas com o líder venezuelano e a governadora de Roraima, Suley Campos.
Arreaza acrescentou que Maduro "se comprometeu a expandir e melhorar" o serviço para o estado brasileiro, e atribuiu a boatos a versão de que a falta de pagamento se deve ao "bloqueio" econômico de Washington.
Suely Campos celebrou a decisão de Maduro de garantir a manutenção do "contrato de restabelecimento de energia elétrica" para Roraima.
"O presidente garantiu que vamos seguir contando com esta aliança, e com uma qualidade muito melhor", disse a governadora de Roraima à TV estatal venezuelana.
No dia 28 de agosto, o chanceler Aloysio Nunes confirmou à AFP que o Brasil negociava com Caracas para evitar que a estatal Corpoelec cortasse a luz de Roraima pelo dívida de 40 milhões de dólares, em razão das sanções de Estados Unidos e União Europeia que complicavam o pagamento via instituição bancária.
Roraima, afetado pela crise migratória provocada pela chegada em massa de venezuelanos, é o único dos 27 estados da União não conectado ao sistema elétrico brasileiro.
O Estado compra a energia produzida na hidroelétrica venezuelana de Guri, através de uma linha de transmissão inaugurada em 2001 pelos então presidentes Hugo Chávez e Fernando Henrique Cardoso.

China mostra indignação após sanções americanas por compra de armas russas

AFP / Vasily Maximov Caça pousa em base aérea russa na Síria
A China expressou nesta sexta-feira "grande indignação" pelas sanções impostas pelos Estados após a compra de armamento da Rússia.
Washington anunciou na quinta-feira sanções contra uma organização do exército chinês pela compra de caças e mísseis terra-ar da Rússia.
"Este gesto dos Estados Unidos viola gravemente os princípios fundamentais das relações internacionais e prejudica seriamente as relações entre os dois países e suas Forças Armadas, afirmou Geng Shuang, porta-voz do ministério das Relações Exteriores.
Ele disse que Pequim apresentou um protesto a Washington.
"Pedimos com veemência aos Estados Unidos a retificação imediata deste erro e a retirada das denominadas sanções. Em caso contrário, terão que pagar as consequências", advertiu Shuang.
Ao mesmo tempo, a Rússia acusou o governo dos Estados Unidos de ameaçar "a estabilidade mundial" com as sanções contra a unidade militar chinesa.
"Seria bom que eles (EUA) lembrassem que existe um conceito de estabilidade global, que eles estão minando de modo irrefletido", declarou o vice-ministro das Relações Exteriores, Serguei Ryabkov, em um comunicado.
"Brincar com o fogo é estúpido e pode ficar perigoso", completou.

Aliança curdo-árabe aperta cerco ao líder do Estado Islâmico

AL-FURQAN MEDIA/AFP/Arquivos / - Chefe do grupo Estado Islâmico Abu Bakr al Bagdadi em imagem de um vídeo de 5 de julho de 2014 em Mossul, norte do Iraque
O cerco a seu último reduto, no deserto entre a Síria e o Iraque, teve início, mas o líder do grupo Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Bagdadi, pode escapar mais uma vez, alertam especialistas.
Nos últimos anos, Al-Bagdadi, que sobreviveu a vários ataques aéreos, foi ferido pelo menos uma vez. Ele se tornou um mestre da camuflagem e pode fugir novamente.
"Está escondido na região de Badiat al-Sham, entre Iraque e Síria", afirma à AFP Hisham al-Hashemi, iraquiano quee estuda o grupo extremista.
"Ele se desloca entre Al-Baaj (noroeste do Iraque) e Hajin na Síria".
No dia 10 de setembro a aliança curdo-árabe das Forças Democráticas Sírias (FDS), apoiada pela coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, lançou a fase 3 da operação "Roundup", apresentada como a última etapa da ofensiva contra o EI no leste da Síria.
"É o último reduto dos mercenários do EI", afirmou o comandante curdo Zaradecht Kobaneh. "Todos os dirigentes e emissários estrangeiros estão nas localidades de Sussa e Hajine et Al-Shaafa. Vamos eliminá-los".
Mas localizar Al-Bagdadi não será algo simples, afirmou à AFP Hassan Hassan, professor da universidade americana George Washington e especialista em grupos extremistas.
"Ele aprendeu a se esconder muito bem. Ele e seu grupo aprenderam com os erros que custaram em 2010 a vida de seu líder Abu Omar al-Bagdadi e de seu comandante militar Abu Hamza al-Muhajir. O que significa que apenas um pequeno número de pessoas de confiança sabem onde ele está".
Um general do serviço de inteligência iraquiano, que pediu anonimato, afirmou à AFP que Al-Bagdadi se desloca de modo discreto na Síria, na fronteira com o Iraque, acompanhado de quatro a cinco pessoas, incluindo seu filho e seu genro.
"São regiões enormes com montanhas, desertos, rios e vilarejos, que oferecem vários esconderijos", explica Hassan.
Mas o analista se mostra otimista.
"Agora os iraquianos e sírios, como o apoio tecnológico da coalizão, têm capacidade para encontrá-lo. Pode ser capturado após um erro dele ou de seus homens".
Um engano como o que quase custou sua vida em 3 de novembro de 2016, de acordo com uma revelação de janeiro do jornal The Guardian. Durante um ataque do exército iraquiano e das forças curdas do Iraque em Mossul, o autoproclamado "califa" se comunicou durante 45 segundos com seus homens com um rádio. Foi localizado de imediato.
Se conseguir fugir novamente, o líder do EI poderia unir-se às células clandestinas do movimento em outra região da Síria ou do Iraque.
Hisham al-Hashemi calcula que o EI tem 2.000 jihadistas ativos no Iraque (8.000 com os homens de logística e simpatizantes) e 3.000 combatentes ativos na Síria (12.000 com a logística e partidários).

copiado  https://www.afp.com/pt/

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