GOVERNO BOLSONARO Bolsonaro diz que manifestantes contra cortes na educação são idiotas úteis e massa de manobra Nos EUA, presidente afirma que alunos são militantes usados como instrumento político de "espertalhões" Sugestão. Façam cortes nas mordomias e nos salário que pagamos com impostos.

Everson Bressan/Futura Press/Estadão Conteúdo
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Bolsonaro diz que manifestantes contra cortes na educação são idiotas úteis e massa de manobra

Nos EUA, presidente afirma que alunos são militantes usados como instrumento político de "espertalhões"


15.mai.2019 às 13h07


DALLAS 
Ao chegar aos Estados Unidos nesta quarta-feira (15) Jair Bolsonaro afirmou que as manifestações que estão ocorrendo no paísem defesa de recursos para a educação são feitas por “idiotas úteis”, classificados pelo presidente como “militantes” e “massa de manobra”.
Indagado sobre os protestos que acontecem nas capitais e grandes cidades do Brasil, o presidente disse que os alunos que estão nas ruas “não sabem nem a fórmula da água” e servem de instrumento político para “uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais”.
“É natural [que haja protesto], agora a maioria ali é militante. Se você perguntar a fórmula da água, não sabe, não sabe nada. São uns idiotas úteis, uns imbecis, que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo de muitas universidades federais no Brasil“, afirmou o presidente na porta do hotel onde está hospedado em Dallas.
Cercado de apoiadores, que gritavam “mito” enquanto concedia uma entrevista coletiva a jornalistas, Bolsonaro primeiro afirmou que não existe corte na educação para, em seguida, dizer que por causa da crise econômica e da arrecadação baixa foi preciso fazer o contigenciamento.
“Na verdade não existe corte, o que houve é um problema que a gente pegou o Brasil destruído economicamente também, com baixa nas arrecadações, afetando a previsão de quem fez o orçamento e, se não tiver esse contingenciamento, simplesmente entro contra a lei de responsabilidade fiscal. Então não tem jeito, tem que contingenciar”, declarou.
Os protestos (acompanhe aqui o minuto a minuto dos atos) são uma resposta à decisão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que reduziu o orçamento das universidades federais e bloqueou bolsas de pesquisa.
O presidente disse ainda que não gostaria de fazer nenhum contigenciamento, em especial na educação, mas afirmou que o setor está “deixando muito a desejar”.
“Gostaria que nada fosse contigenciado, em especial na educação. A educação também está deixando muito a desejar no Brasil. Se você pega as provas, que acontecem de três em três anos, está cada vez mais ladeira abaixo. A garotada, com 15 anos de idade, na oitava série, 70% não sabe uma regra de três simples. Qual o futuro destas pessoas?”.
Na avaliação do presidente, a alta taxa de desemprego no país —cerca de 14 milhões de desempregados— vem da baixa qualificação dos trabalhadores. Bolsonaro afirmou que durante os governos do PT não havia preocupação com a educação.

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