CPI aprova quebra de sigilos de ex-diretor da Delta

 

Portal Terra
Segundo as investigações, Cláudio Abreu era incumbido de tocar o braço da quadrilha de Cachoeira que se especializara em fazer contratos com governo. Abreu aparece em diálogos-chave do caso. Consta de uma conversa sua com Cachoeira a referência a um depósito de R$ 1 milhão para o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Foi com base nesse grampo que a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a quebra do sigilo bancário do senador.
É também Cláudio Abreu quem telefona a Cachoeira para dizer que iria ¿amarrar os bigodes¿ com os dois mais poderosos secretários do governador petista Agnelo Queiroz, Paulo Tadeu e Rafael Barbosa, em encontro em Brasília.
Cláudio Abreu está preso desde 25 de abril, em Brasília, suspeito de formação de quadrilha e corrupção. Ele foi detido durante a operação Saint-Michel, um desdobramento da operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que resultou na prisão de Cachoeira.
Os parlamentares também querem acesso a todas as movimentações financeiras e ligações do araponga Idalberto Matias de Araújo, um dos braços-direito de Cachoeira, além de Giovani Pereira da Silva e Gleyb Ferreira da Cruz, responsáveis pela contabilidade da quadrilha.
Em outro requerimento, foi aprovado um pedido de informações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre movimentações atípicas dos membros da quadrilha de Cachoeira. Ontem, o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) afirmou que documentos da Receita Federal apontam gastos incompatíveis com a renda do bicheiro.
Pelos dados da Receita, Cachoeira informou ter recebido como renda anual em 2008 a quantia de R$ 20,4 mil, referentes a atividades empresariais. Esse montante é considerado incompatível com os gastos de R$ 589,2 mil registrados em cartões de crédito.
Cachoeira também informou à Receita ter recebido empréstimos da Bet Capital nos valores de R$ 2,8 milhões em 2008; R$ 4,3 milhões em 2009; e igualmente R$ 4,3 milhões em 2010. Ele detém praticamente 49% do capital da empresa. Uma fração próxima de 1% pertence a Lenine Souza. Os 51% restantes estão em nome de uma empresa de nome Bet Com, localizada na Coreia do Norte, país comunista onde não são admitidas, pelo menos oficialmente, empresas privadas.
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Tags: cachoeira, Fraudes, Goiás, ligações, políticas

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