Lava Jato: PGR aprofunda investigações contra presidente do STJ


PGR aprofunda investigações sobre presidente do STJ

Suspeita-se que offshore seja usada para ocultar patrimônio de Francisco Falcão


Por Redação Bocão News | Fotos: CNJ/Reprodução

Desde março, se encontra no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de inquérito contra o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Francisco Falcão, por conta da delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral, que colocou o magistrado no rol de figuras que tentaram emplacar, ao lado da presidente afastada Dilma Rousseff e do advogado José Eduardo Cardozo, o nome de Marcelo Navarro nos quadros da Corte superior no intuito de soltar empreiteiros da Odebrecht.
Agora, segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a Procuradoria-Geral da República está aprofundando investigações sobre Falcão por conta da suspeita de que a offshore LLC Areia Branca, aberta há dez anos em Miami em nome de Djaci Falcão, ex-ministro do Supremo e pai do presidente do STJ, seja usada para a ocultação de patrimônio. Djaci morreu há quatro anos, mas responde pela empresa até hoje, segundo apuraram os procuradores.
Atualmente, a Areia Branca tem como sócio Djaci Neto, advogado e filho do presidente do STJ. Há também investigações sobre imóveis no exterior com valores acima de US$ 3 milhões, todos em nome de parentes de Francisco Falcão.
Ao colunista, o presidente do STJ negou quaisquer irregularidades. "Não existe nada disso. Meu pai nunca teve conta ou empresa no exterior. Meu filho tem, sim, mas está tudo declarado no Imposto de Renda dele. Não tenho nada com essa offshore. Aliás, nem sei o que é offshore. O que é uma offshore?", disse. "Tudo o que tenho está declarado direitinho à Receita. Podem procurar, não vão encontrar nada errado. Não perco um minuto de sono com isso. Vou dormir tranquilo", afirmou.

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