May: Turquia deve manter Estado de Direito e respeitar direitos humanos A Turquia deve manter o Estado de Direito e respeitar os direitos humanos, declarou neste sábado a primeira-ministra britânica, Theresa May, em Ancara, onde se encontrou com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

May: Turquia deve manter Estado de Direito e respeitar direitos humanos
A Turquia deve manter o Estado de Direito e respeitar os direitos humanos, declarou neste sábado a primeira-ministra britânica, Theresa May, em Ancara, onde se encontrou com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.


AFP / Adem ALTAN A primeira-ministra britânica, Theresa May, em Ancara, no dia 28 de janeiro de 2017
A Turquia deve manter o Estado de Direito e respeitar os direitos humanos, declarou neste sábado a primeira-ministra britânica, Theresa May, em Ancara, onde se encontrou com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Em sua visita, a primeira como chefe de governo britânico, May reuniu-se durante três horas com Erdogan, um dia após se encontrar com o presidente americano, Donald Trump, em Washington.
A primeira-ministra tentou encontrar um equilíbrio entre o desejo de assegurar boas relações com a Turquia e as preocupações da União Europeia com os expurgos realizados por Ancara após a tentativa de golpe frustrada, em 15 de julho.
May anunciou a criação de um grupo de trabalho turco-britânico para dar um impulso às suas relações comerciais, uma vez que o Reino Unido tenha saído da União Europeia.
Foi assinado um protocolo de acordo entre o britânico BAE Systems e o grupo aeronáutico público Turkish Aerospace Industries (TAI) para o desenvolvimento de uma nova geração de aviões de combate turcos.
Isto "marca o início de uma relação comercial nova e reforçada com a Turquia", disse a primeira-ministra britânica, afirmando que o acordo prova que o Reino Unido está "aberto a fazer negócios".
O contrato, no valor de mais de 100 milhões de libras (125 milhões de dólares) deveria abrir a via a outros acordos multimilionários nos próximos vinte anos, declarou à imprensa uma porta-voz de May.
O presidente Erdogan afirmou, por sua vez, que sua meta é aumentar em um terço o intercâmbio bilateral, passando de 15,6 para 20 bilhões de dólares ao ano.
Após a reunião, May disse estar "orgulhosa" de ter permanecido ao lado da Turquia na "defesa de sua democracia", durante a tentativa de golpe frustrada julho, que Ancara atribui ao pregador islâmico Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos.
AFP / Adem ALTAN O primeiro-ministro turco, Binali Yildrim (D), e a primeira-ministra britânica, Theresa May, em Ancara, no dia 28 de janeiro de 2017
"Agora é importante que a Turquia apoie sua democracia, mantendo o Estado de direito e respeitando suas obrigações internacionais no campo dos direitos humanos, como o governo se comprometeu a fazer", declarou.
May evocou que a Turquia é um dos "mais velhos amigos do Reino Unido", fazendo alusão às relações entre o Império Otomano e a Inglaterra durante o reinado de Elizabeth I, no século XVI.
Os dois líderes políticos também abordaram a luta contra o extremismo islâmico na Síria e a questão da reunificação de Chipre, da qual Ancara e Londres são avalistas.
Nova dinâmica
Após se reunir com Erdogan, May encontrou-se com o contraparte turco, Binali Yildirim.
No dia seguinte à visita de Donald Trump, a primeira-ministra britânica recusou-se a condenar a decisão dos Estados Unidos de suspender a admissão de refugiados, afirmando que Washington é responsável por sua política nesta questão.
"Os Estados Unidos são responsáveis pela política americana sobre os refugiados", respondeu May, após ser consultada várias vezes sobre o tema durante a coletiva conjunta concedida com o primeiro-ministro turco após o encontro entre os dois.
Yildirim, ao contrário, condenou implicitamente a decisão de Trump. "Não podemos resolver o problema dos refugiados erguendo muros", disse.
A Turquia, oficialmente candidata a entrar na UE desde os anos 1980, sempre recebeu o apoio de Londres.
Mas em junho, o referendo sobre o Brexit privou Ancara de seu aliado nos temas europeus e os dois países tentam dar à relação uma nova dinâmica fora do âmbito da União Europeia.
AFP / Adem ALTAN A primeira-ministra britânica, Theresa May, em Ancara, no dia 28 de janeiro de 2017
Londres busca fechar acordos comerciais reforçados, uma consequência da futura saída do Reino Unido da UE e do mercado único europeu.
Do lado turco, as relações com a União Europeia mudaram depois do golpe de Estado frustrado. Em Bruxelas, os importantes expurgos que se seguiram foram desaprovados.
Ancara, ao contrário, considera que a UE não demonstrou solidariedade suficiente naquele momento.
Na Grã-Bretanha, alguns deputados pediram a Theresa May que sua vontade de promover o comércio não ofusque as inquietações relacionadas ao tema do respeito aos direitos humanos pelos dirigentes turcos.
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