Era em dezembro, e já não é mais em janeiro…O mundo cor-de-rosa das elites é marrom como a lama


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Era em dezembro, e já não é mais em janeiro…

A “retomada da economia”, que viria com a queda de Dilma, que passou para o final de 2016 e agora está marcada para o segundo semestre de 2017, pode estar mais longe. A coluna...


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A “retomada da economia”, que viria com a queda de Dilma, que passou para o final de 2016 e agora está marcada para o segundo semestre de 2017, pode estar mais longe.
A coluna de Lauro Jardim , em O Globo, hoje, diz que, de novo, a arrecadação federal afundou, o que indica que a atividade econômica, obvio, não esquentou como a temperatura no verão.
No texto, que reproduzo no alto do post, fala-se em “primeiros números”. Nem tão primeiros assim, pois a arrecadação é, hoje, apurada em tempo real, restando apenas pequenos valores que não são integrados. E quando se fala em “bem abaixo do esperado”, ou se esperava muito – o que não é o caso – ou o tamanho do problema é enorme.
Na contramão do que andam dizendo os colunistas de economia, que transferem acriticamente a data da retomada e não explicam que as quedas do final do ano vêm diminuindo apenas porque a base de comparação é também muito menor, aqui, na sexta-feira, já se disse que a Arrecadação em queda é pior do que parece.
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O mundo cor-de-rosa das elites é marrom como a lama

Bernardo de Mello Franco, na Folha, tem o mérito de resgatar a cobertura “meio coluna social” do iate “Pink Fleet”, de Eike Batista, com a caterva de “celebridades” a bordo, muitos trazidos de avião...

O mundo cor-de-rosa das elites é marrom como a lama

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Bernardo de Mello Franco, na Folha, tem o mérito de resgatar a cobertura “meio coluna social” do iate “Pink Fleet”, de Eike Batista, com a caterva de “celebridades” a bordo, muitos trazidos de avião de São Paulo.
Transcrevo trecho do texto de Paulo Sampaio, publicado na coluna de Monica Bergamo, em dezembro de 2007, um retrato irônico da elite rastaquera deste país que, com propina ou não, está corrompida por sua própria idiotia exibicionista.
Duvido que alguns dos personagens das pataquadas da Avenida Paulista não desejasse ardentemente estar ali. Quem tiver em casa o “Chatô, o Rei do Brasil”, leia o trecho do relato de Joel Silveira sobre a festa preparada pelo  conde Francisco Matarazzo Jr. para o casamento de sua filha Filly Matarazzo.
Sampaio nos transporta para o convés dos célebres:
O governador Sérgio Cabral, do Rio, chega. Sobe ao palco junto com Luciano Huck, o mestre de cerimônias, e uma fileira de políticos e empresários: o secretário de Turismo, Rubem Medina, o secretário do Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno, o deputado federal Eduardo Paes (PSDB-RJ), o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, o empresário Olavo Monteiro de Carvalho.
Huck diz que está ali como amigo e admirador de Eike. “Ele tem o dom de subverter a ordem de tudo. Poderia estar em casa aproveitando o que tem, curtindo os filhos e, no entanto, está aqui trabalhando em mais um empreendimento…” Eike faz uma longa preleção com elogios rasgados a Sérgio Cabral: “Há 20 anos não temos um governador que nos dá tanto orgulho…”. Cabral segura o paletó com a mão, na altura da barriga, e ri contente.
“Cambada de canalhas, filhos da p…! Olha a cara deles”, diz, entre dentes, uma mulher na platéia, sem parar de sorrir para o governador e o empresário. “Tenho muitos projetos”, continua Eike. “Fiz o Mr. Lam [restaurante chinês], vou inaugurar um hospital para dar conforto ao morador da Barra [da Tijuca]…”
“Vai fazer o que esse p… desse governador não consegue”, continua a mulher, que não se identifica para a reportagem porque diz que o filho trabalha com Eike. O empresário fala ainda que tem o sonho de nadar “numa lagoa Rodrigo de Freitas limpa. Quero ir da curva do Calombo ao clube Piraquê”. O grupo entra no barco para uma visita.
Antes de se deixar fotografar na proa, como Leonardo Di Caprio em “Titanic”, Eike posa para fotos com o governador e diz ao ouvido dele: “Temos muito o que conversar [referindo-se ao porto de Açu, perto de Barra de São João, no litoral fluminense, obra de US$ 700 milhões]. Precisamos falar sobre uma desapropriação necessária naquela área…”. E Cabral: “Claro, está resolvido: este vai ser o meu trabalho de casa…”.
Faltou apenas recordar o registro, da própria Folha, de que a bela e recatada Marcela Temer usou o Pink Fleet, anos depois, para uma recepção a “senhoras” presidenciais, antes de um desfile de jóias da H. Stern. Nada que saísse do padrão…
Este é o mundo que, aqui, é o sonho que se vende a quem “merece”. Não é preciso muito esforço para ver personagens como João Dória em festejos semelhantes. exceto pela falta de mar para o “Pink Fleet”.Ou Aécio Neves.
Mas eles são os ricos, os famosos, os “importantes”, não este lixo populista dos ignorantes, que carregam caixas de isopor na praia. Ou a ex-Presidenta amuada, que não sabe “frequentar” os círculos “VIP”.
Os admirados e, por isso, os eleitos.
Vale a pena lembrar o trecho final do texto de Carvalho:
É 1h30, hora de voltar para SP. O vôo sai às 3h. Numa das vans, meio altos de champanhe, os VIPs começam a gritar “Liga o rádio!”, batem palma e dançam no banco. O motorista se aborrece (“Vocês vão destruir a van!”) e é xingado. Diego Rodrigues, “administrador de carreiras de modelos”, diz no aeroporto: “Destruir a van, imagina! Eu deveria ter dado meu relógio [Rolex] pra ele e dito: “Toma, querido, vale mais que a van”. Pobre é foda!”.
É por isso que, no grampo de Moro sobre Lula, nada é melhor para entender os “defeitos” do ex-presidente que o diálogo de Eduardo Paes,  conviva do Pink Fleet, dizendo ao “pobre”:
“Agora, da próxima vez o senhor me para com essa vida de pobre, com essa tua alma de pobre comprando ‘esses barcos de merda’, ‘sitiozinho vagabundo’, puta que me pariu! O senhor é uma alma de pobre. Eu, [e] todo mundo que fala aqui no meio (meio!), eu falo o seguinte: imagina se fosse aqui no Rio esse sítio dele, não é em Petrópolis, não é em Itaipava. É como se fosse em Maricá. É uma merda de lugar porra!”
copiado  http://www.tijolaco.com.br/blog/o-

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