'Trump está com vocês', diz presidente em áreas devastadas por Florence
AFP / Nicholas Kamm
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 19 de setembro de 2018 na base militar de Cherry Point (Carolina do Norte)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
percorreu nesta quarta-feira (19) regiões do sudeste do país devastadas
pelo furacão Florence, em muitos casos ainda debaixo d'água, onde
dividiu comida e prometeu "100%" de ajuda federal."Washington está com vocês. Trump está com vocês. Todos estamos com vocês e 100% e superaremos isso", declarou o presidente na sede de operações de emergência em Conway, na Carolina do Sul.
"Estamos nos preparando para enviar um monte de dinheiro para a região. Eles precisarão. Nós temos isso e forneceremos".
Trump, magnata do setor imobiliário com hotéis e clubes ao redor do mundo, aproveitou sua visita para perguntar sobre a zona de Lake Norman, perto de Charlotte, onde possui um campo de golfe. "Eu adoro esta área, eu não posso dizer o motivo, mas adoro", comentou quando uma autoridade lhe disse que a área não havia sido afetada.
Carolina do Norte, Carolina do Sul e Virgínia foram os estados mais atingidos pelo Florence, que causou inundações "catastróficas" de acordo com as autoridades, e danos que poderão chegar a bilhões de dólares. Ao menos 37 pessoas morreram pela tempestade, entre elas várias crianças, segundo um balanço provisório.
"Nunca esqueceremos os seus mortos, estaremos sempre ao lado de vocês", garantiu Trump às famílias das vítimas.
O presidente, que visitou o Texas no ano passado depois do furacão Harvey, e Porto Rico, devastado pelo furacão Maria, foi criticado recentemente por questionar o boletim oficial de quase 3.000 mortos nesse território americano no Caribe.
- 'Um bom barco' -
Florence "é um dos furacões mais potentes e devastadores que atingiram o país", declarou Trump, parabenizando os mais de 20.000 militares federais e voluntários que participaram dos resgates.
A Carolina do Norte, que sofreu com o furacão Matthew em 2016, foi a região mais afetada pelo Florence.
"Nosso estado foi atingido no estômago, senhor presidente, e nosso pessoal ainda está cambaleando", disse Roy Cooper, governador da Carolina do Norte, onde mais de 10 mil pessoas ainda estão em abrigos.
Cooper informou a Trump que muitos agricultores perderam suas plantações, há empresas que fecharam e muitos perderam suas casas. Além disso, revelou que várias estradas ainda estão inundadas e milhares de pessoas seguem sem eletricidade.
"Foi enorme, desastroso e generalizado. Foi uma tempestade como nenhuma outra", declarou em entrevista coeltiva.
Junto ao governador, Trump distribuiu comida aos moradores da Carolina do Norte, aos quais perguntou como estavam.
"Estamos dando muita ajuda a vocês", assinalou o presidente a um morador, enquanto caminhava por New Bern, cidade costeira parcialmente inundada pelo aumento do nível do rio Neuse.
Trump parou diante de uma casa e perguntou ao proprietário se a embarcação que estava no jardim era sua. "Ao menos é um bom barco", respondeu quando o homem lhe disse que não.
- Os 2 milhões de Michael Jordan -
AFP / Andrew CABALLERO-REYNOLDS
Rua alagada de Pollocksville, Carolina do Norte
Nas Carolinas, onde algumas partes receberam até um
metro de chuva, muitos rios transbordaram e em alguns ainda não foi
alcançado o máximo de aumento esperado.Embora o sol brilhasse nesta quarta-feira, as autoridades enfatizaram que os riscos persistem.
Mais de mil estradas permanecem fechadas na Carolina do Norte devido a inundações, informou o Departamento de Transportes do estado.
"As águas continuam a subir; 2.200 pessoas foram resgatadas", indicou.
A lenda do basquete Michael Jordan, natural da Carolina do Norte, anunciou uma doação de 2 milhões de dólares para a recuperação do estado.
A ex-estrela do Chicago Bulls cresceu em Wilmington, muito perto de onde Florence chegou, e estudou na Universidade da Carolina do Norte. "Wilmington é realmente minha casa", disse Jordan. "Quando se trata de sua casa, é difícil de engolir".
Polônia pode não estar pronta para base militar, diz secretário do Exército dos EUA
AFP / Thomas WATKINS
O secretário do Exército
dos Estados Unidos, Mark Esper, disse à AFP que quando visitar a Polônia
em janeiro, aparentemente não tinha espaço suficiente para uma base
militar americana
A Polônia pode ainda não estar pronta para ter uma base
militar americana, disse nesta quarta-feira (19) o secretário do
Exército dos Estados Unidos, Mark Esper, um dia após o presidente do
país, Andrzej Duda, oferecer abrigar o "Forte Trump".Na terça-feira, Duda foi à Casa Branca para reiterar o antigo desejo da Polônia de mobilizar de maneira permanente militares americanos neste país do leste da Europa, algo que poderia incomodar a Rússia e reduzir o número de soldados americanos nas bases estabelecidas há muito tempo na Alemanha.
"Não era suficiente em termos de tamanho e do que poderíamos fazer em espaço de manobras e de campos de tiro", declarou Esper, encarregado das forças terrestres.
"É necessário muito espaço de tiro para fazer artilharia de tanques, por exemplo".
Esper acrescentou que em muitos casos o terreno "talvez não seja suficientemente grande para nos permitir manter o nível de preparação que gostaríamos de manter".
O secretário da Defesa, Jim Mattis, expressou na terça-feira uma preocupação similar, dizendo que há uma "variedade de detalhes" que precisam ser estudados junto aos poloneses antes de tomarem qualquer decisão.
Na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a Polônia ofereceu pagar a Washington ao menos dois bilhões de dólares para ajudar a dissolver os custos da base, que Duda propôs chamar "Forte Trump".
Esper tem previsto visitar a Europa no final de semana, com paradas em Alemanha, Bulgária e França.
Kim Jong Un diz que visitará Seul e concorda em fechar local de testes de mísseis
Pyeongyang Press Corps/AFP / -
O líder da Coreia do
Norte, Kim Jong Un, durante uma entrevista coletiva conjunta com o
presidente sul-coreano, Moon Jae-in, em 19 de setembro de 2018 em
Pyongyang
O líder norte-coreano, Kim Jong Un, afirmou nesta
quarta-feira (19) que pode viajar a Seul em um futuro próximo, no que
seria a primeira visita de um dirigente da Coreia do Norte à capital
sul-coreana desde a divisão da península, e concordou em fechar um local
de testes de mísseis."Prometi ao presidente (sul-coreano) Moon Jae-in que visitarei Seul em um futuro próximo", disse Kim durante a entrevista coletiva ao final da reunião de cúpula em Pyongyang.
O presidente sul-coreano anunciou ainda que a Coreia do Norte aceitou "fechar de forma permanente" a área de testes de mísseis de Tongchang-ri, também conhecida como Sohae, "na presença de especialistas dos países relevantes".
A Coreia do Norte é alvo de múltiplas sanções do Conselho de Segurança da ONU devido a seus programas nuclear e balístico, proibidos, e já realizou vários lançamentos de mísseis a partir de Tongchang-ri.
Mas também anunciou disparos a partir de outras instalações, como o Aeroporto Internacional de Pyongyang, o que relativiza o alcance dos compromissos de Kim.
O presidente sul-coreano afirmou ainda que a Coreia do Norte poderá fechar o complexo nuclear de Yongbyon, desde que Washington adote as "medidas correspondentes", uma medida também formulada de forma vaga.
"Proponho que acabemos completamente com 70 anos de hostilidade e tome um grande impulso para a paz, para voltar a ser um único país", declarou Moon, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, celebrou de Washington esses "progressos extraordinários". "No dia de hoje, as relações, ao menos a nível pessoal, são excelentes", assinalou, sem fazer alusão ao tema fundamental da desnuclearização.
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, por sua vez, disse ter falado com o chanceler norte-coreano e que o convidou para uma reunião em Nova York na semana que vem, à margem da Assembleia Geral da ONU.
Pompeo elogiou os "importantes compromissos" assumidos por Pyongyang e disse que Washington está disposto a "iniciar imediatamente as negociações" para conseguir a desnuclearização norte-coreana "até janeiro de 2021".
- Degelo e diplomacia -
Moon e Kim se encontraram em abril para uma primeira reunião muito simbólica na Zona Desmilitarizada (DMZ) que divide a península.
Em junho aconteceu o encontro histórico, em Singapura, entre o líder norte-coreano e o presidente americano.
Lá, Kim reiterou o compromisso norte-coreano a favor da desnuclearização da península, mas sem entrar em detalhes. Washington e Pyongyang divergem sobre o que significa exatamente o compromisso.
O governo americano exige "uma desnuclearização definitiva e completamente verificada", enquanto o regime norte-coreano quer uma declaração oficial dos Estados Unidos para encerrar a guerra da Coreia, que terminou em 1953 com um armistício.
Neste contexto, uma visita de Kim a Seul — inédita desde o fim da guerra — permitiria ao Norte e ao Sul a retomada de projetos de cooperação.
O dirigente norte-coreano deseja que seu país se beneficie da potência econômica do Sul, enquanto Moon pretende afastar da península o fantasma de um devastador conflito intercoreano.
- Modernidade -
O jornal Rodong Sinmun, órgão do Partido Comunista no poder em Pyongyang, fez uma grande cobertura da reunião, com a publicação de 35 fotos em quatro de suas seis páginas.
Pyongyang queria passar uma imagem de modernidade, o que se refletiu em vários dos acontecimentos ocorridos.
Nesta quarta-feira à noite, Moon e sua delegação jantaram com Kim e sua esposa em um restaurante de frutos do mar recentemente inaugurado ao lado do Taedonggang, o rio que atravessa a capital.
O local fica diante da colina Mansu, onde as estátuas gigantes do fundador da Coreia do Norte, Kim Il Sung, e de seu filho e sucessor, Kim Jong Il, dominam a paisagem.
copiado https://www.afp.com/pt/
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