Vélez e Moro e o ataque às universidades. A república de Curitiba rumina a vingança por Moro.

, Vélez e Moro e o ataque às universidades

Ainda não se sabe o que será a tal “Lava Jato” da Educação, anunciada há dias por Jair Bolsonaro, mas os disparos de mensagens feitos hoje pelo presidente mostram que se trata de uma ação com viés nitidamente ideológico, boa razão para o nome que para ela se escolheu.
“Há algo de muito errado acontecendo: as prioridades a serem ensinadas (sic) e os recursos aplicados”, diz ele, para afirmar que  “dados iniciais revelam indícios muito fortes que a máquina está sendo usada para manutenção de algo que não interessa ao Brasil.”
Se não fosse o presidente da República, mas um estagiário, o texto seria jogado fora: não tem os famosos “quem, o quê, onde, quando e como” que se esperam de uma notícia.
Como é, porém, lixo oficial, espere-se uma ainda imprevisível ofensiva contra a Universidade, justamente onde Bolsonaro já antecipa esperar “greves e movimentos coordenados prejudicando o brasileiro”.
Vejamos o que o tal Vélez, o energúmeno que dirige o MEC. E o que Moro, o pusilânime, fara para agradar ao chefe.
Da Polícia Federal, nada se espere, pois universidade é apenas o lugar chato que tiveram de frequentar para obter o diploma indispensável ao concurso para entrar na instituição.
Certamente podem existir irregularidades numa rede de ensino superior federal que tem, hoje, perto de 1,3 milhão de vagas.
Infinitamente menores, claro, que na sonegação de impostos e nas falcatruas bancárias, contra as quais não se vê a fúria do capitão.
Esperemos o que vem, mas é nítido que Bolsonaro quer criar um novo “inimigo da Pátria” que distraia a atenção e possa se ajustar aos recalques e frustrações da pequena classe média ignorante que o idolatra.

A república de Curitiba rumina a vingança por Moro

Tales Faria, no UOL, conta que a turma do Partido da Justiça – a República de Curitiba expandiu-se – ficou irritada com o apequenamento de Sérgio Moro no episódio da “desnomeação” – este governo é criativo, de “casos” e de neologismos – de uma suplente de um conselho do Ministério da Justiça:
A confraria de promotores e policiais federais que gira em torno do ex-juiz e hoje ministro da Justiça, Sérgio Moro, ficou até mais indignada que o próprio com o fato de ele ter sido desautorizado publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro.
Moro, porém, teria tratado de acalmá-los com uma tática que, na gíria do carioca se expressaria com um “calma que a batata dele está assando”.
Mas o ministro mandou um recado pedindo calma aos mais exaltados. Disse considerar o desgaste momentâneo. E, principalmente, que ele e seu grupo têm cartas nas mangas que, cedo ou tarde, colocarão o Planalto contra a parede: as investigações contra ministros e outros integrantes do governo.
O ex-juiz é um homem frio, que não se duvide disso.
Mas não está lidando com quem não percebe isso e, como adverte hoje na Folha o colunista Celso Rocha de Barros, nos seus planos de chegar ao poder, nas eleições de 22 ou sendo o “Rei do STF”, Moro pode ser a “Ilona, amanhã”,
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