01/01/2017 - 10:18
Ataque a boate de Istambul deixa ao menos 39 mortos
Trinta
e nove pessoas, entre elas vários estrangeiros, morreram no ataque de
um homem armado fantasiado de Papai Noel contra uma discoteca de
Istambul na noite de sábado, quando centenas de pessoas comemoravam a
chegada do Ano Novo.
Outras 65 pessoas ficaram feridas, quatro delas com gravidade, depois que o atacante abriu fogo contra a multidão que estava na boate, localizada em frente ao estreito de Bósforo.
O ministro turco do Interior, Suleyman Soylu, que falou de um "atentado terrorista", declarou que o atacante tinha fugido e que era procurado.
"As operações de busca ao terrorista ainda estão em curso. Espero que seja capturado rapidamente", afirmou.
Segundo ele, 20 vítimas foram identificadas, das quais 15 são estrangeiras e cinco turcas. Soylu tinha mencionado inicialmente 16 estrangeiros.
De acordo com a emissora de TV NTV, várias das 700 a 800 pessoas que estavam na boate se atiraram nas águas geladas do Bósforo para escapar dos tiros.
Este ataque marca um início de 2017 sangrento para a Turquia, um país que foi sacudido em 2016 por vários atentados mortais, atribuídos aos extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) e aos rebeldes curdos.
Antes de entrar e abrir fogo na boate, muito frequentada por estrangeiros e localizada na parte ocidental de Istambul, um atacante matou um policial e um civil que estavam em frente à discoteca, informou o governador da cidade, Vasip Sahin.
'Uns pisoteavam os outros'
"É um ataque terrorista", insistiu Sahin em coletiva de imprensa.
"De uma forma selvagem e implacável, metralhou as pessoas que simplesmente vieram celebrar o Ano Novo", declarou o governador.
As autoridades tinham anunciado a mobilização de 17 mil policiais em Istambul para as festividades do Ano Novo. Além disso, informaram que alguns policiais estariam fantasiados de Papai Noel para detectar qualquer anomalia entre a multidão.
"Justo no momento que nos instalávamos perto da entrada, houve muita poeira e fumaça. Soaram tiros. Ao ouvi-los, muitas moças desmaiaram", contou à AFP o jogador de futebol Sefa Boydas.
A boate Reina, onde ocorreu o ataque, fica a algumas centenas de metros do local onde eram realizadas as festividades oficiais do Ano Novo, às margens do Bósforo.
Algumas testemunhas contaram ter ouvido atacantes gritar algo em árabe, segundo a agência de notícias Dogan.
Vídeos publicados nas redes sociais mostraram um homem
invadindo o acesso à boate e atirando, semeando o pânico entre as
pessoas ali reunidas.
Equipes das forças especiais revistaram o local, enquanto vários policiais e ambulâncias se posicionavam em frente ao estabelecimento, segundo jornalistas da AFP.
A Casa Branca condenou o que denominou de um ataque "horrível". "Esta atrocidade contra gente inocente que estava celebrando (...) ressalta a brutalidade dos atacantes", disse o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, Ned Price.
'Começo de 2017 trágico'
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, lamentou no Twitter um "começo [do ano] 2017 trágico com um ataque em Istambul".
A embaixada americana advertiu seus cidadãos de que grupos extremistas continuam com seus "esforços agressivos de realizar ataques em áreas onde os cidadãos americanos e expatriados vivem ou visitam".
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, estava em Istambul por ocasião do Ano Novo.
A Turquia tem sido alvo de ataques vinculados com a rebelião separatista do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) ou atribuídos ao grupo EI, que atingiram em especial Istambul e Ancara.
Em 10 de dezembro, um atentado reivindicado por um grupo radical curdo deixou 45 mortos - inclusive uma maioria de policiais - no centro de Istambul.
Também em Istambul, quatro turistas morreram e 36 pessoas ficaram feridas na famosa avenida Istiklal, em um atentado suicida reivindicado pelo grupo EI.
As autoridades também afirmaram que os extremistas islâmicos estavam por trás de um atentado que deixou 47 motos em junho passado no aeroporto Atatürk de Istambul.
Membro da coalizão internacional que combate o EI na Síria e no Iraque, a Turquia iniciou em agosto uma ofensiva no norte da Síria para repelir os extremistas e empurrá-los para o sul.
Rebeldes sírios apoiados pelo exército turco assediam há várias semanas a cidade de Al Bab, reduto do EI no norte da Síria.
Em resposta a estas operações militares, o EI ameaçou em várias ocasiões realizar atentados contra a Turquia.
copiado https://www.afp.com/pt/
AFP / YASIN AKGUL
Policial turco monta
guarda nas proximidades da boate Reina, em Istambul, onde um homem
armado abriu fogo contra a multidão em 31 de dezembro de 2016, no que as
autoridades turcas denominaram de um atentado terrorista
Trinta e nove pessoas, entre elas vários estrangeiros,
morreram no ataque de um homem armado fantasiado de Papai Noel contra
uma discoteca de Istambul na noite de sábado, quando centenas de pessoas
comemoravam a chegada do Ano Novo.Outras 65 pessoas ficaram feridas, quatro delas com gravidade, depois que o atacante abriu fogo contra a multidão que estava na boate, localizada em frente ao estreito de Bósforo.
O ministro turco do Interior, Suleyman Soylu, que falou de um "atentado terrorista", declarou que o atacante tinha fugido e que era procurado.
Segundo ele, 20 vítimas foram identificadas, das quais 15 são estrangeiras e cinco turcas. Soylu tinha mencionado inicialmente 16 estrangeiros.
De acordo com a emissora de TV NTV, várias das 700 a 800 pessoas que estavam na boate se atiraram nas águas geladas do Bósforo para escapar dos tiros.
Este ataque marca um início de 2017 sangrento para a Turquia, um país que foi sacudido em 2016 por vários atentados mortais, atribuídos aos extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) e aos rebeldes curdos.
Antes de entrar e abrir fogo na boate, muito frequentada por estrangeiros e localizada na parte ocidental de Istambul, um atacante matou um policial e um civil que estavam em frente à discoteca, informou o governador da cidade, Vasip Sahin.
'Uns pisoteavam os outros'
"É um ataque terrorista", insistiu Sahin em coletiva de imprensa.
"De uma forma selvagem e implacável, metralhou as pessoas que simplesmente vieram celebrar o Ano Novo", declarou o governador.
As autoridades tinham anunciado a mobilização de 17 mil policiais em Istambul para as festividades do Ano Novo. Além disso, informaram que alguns policiais estariam fantasiados de Papai Noel para detectar qualquer anomalia entre a multidão.
"Justo no momento que nos instalávamos perto da entrada, houve muita poeira e fumaça. Soaram tiros. Ao ouvi-los, muitas moças desmaiaram", contou à AFP o jogador de futebol Sefa Boydas.
AFP / OZAN KOSE
Fachada da boate Reina,
em Istambul, onde especialistas forenses trabalham após um homem abrir
fogo contra a multidão em 31 de dezembro de 2016, no que as autoridades
turcas chamam de atentado terrorista
"Disseram 35 ou 40 mortos, mas provavelmente são mais
porque à medida que eu avançava, algumas pessoas pisoteavam as outras",
continuou. A boate Reina, onde ocorreu o ataque, fica a algumas centenas de metros do local onde eram realizadas as festividades oficiais do Ano Novo, às margens do Bósforo.
Algumas testemunhas contaram ter ouvido atacantes gritar algo em árabe, segundo a agência de notícias Dogan.
Equipes das forças especiais revistaram o local, enquanto vários policiais e ambulâncias se posicionavam em frente ao estabelecimento, segundo jornalistas da AFP.
A Casa Branca condenou o que denominou de um ataque "horrível". "Esta atrocidade contra gente inocente que estava celebrando (...) ressalta a brutalidade dos atacantes", disse o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, Ned Price.
'Começo de 2017 trágico'
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, lamentou no Twitter um "começo [do ano] 2017 trágico com um ataque em Istambul".
A embaixada americana advertiu seus cidadãos de que grupos extremistas continuam com seus "esforços agressivos de realizar ataques em áreas onde os cidadãos americanos e expatriados vivem ou visitam".
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, estava em Istambul por ocasião do Ano Novo.
A Turquia tem sido alvo de ataques vinculados com a rebelião separatista do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) ou atribuídos ao grupo EI, que atingiram em especial Istambul e Ancara.
Em 10 de dezembro, um atentado reivindicado por um grupo radical curdo deixou 45 mortos - inclusive uma maioria de policiais - no centro de Istambul.
Também em Istambul, quatro turistas morreram e 36 pessoas ficaram feridas na famosa avenida Istiklal, em um atentado suicida reivindicado pelo grupo EI.
As autoridades também afirmaram que os extremistas islâmicos estavam por trás de um atentado que deixou 47 motos em junho passado no aeroporto Atatürk de Istambul.
Membro da coalizão internacional que combate o EI na Síria e no Iraque, a Turquia iniciou em agosto uma ofensiva no norte da Síria para repelir os extremistas e empurrá-los para o sul.
Rebeldes sírios apoiados pelo exército turco assediam há várias semanas a cidade de Al Bab, reduto do EI no norte da Síria.
Em resposta a estas operações militares, o EI ameaçou em várias ocasiões realizar atentados contra a Turquia.
copiado https://www.afp.com/pt/
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