"É uma grande honra voltar à terra do meu pai como primeiro-ministro" O PM está a caminho da Índia e não esconde a emoção. Lembra que é a "primeira pessoa de origem indiana a presidir a um governo da UE"


O PM está a caminho da Índia e não esconde a emoção. Lembra que é a "primeira pessoa de origem indiana a presidir a um governo da UE"

António Costa está a caminho da Índia e falou aos jornalistas na escala da viagem, em Frankfurt
O PM está a caminho da Índia e não esconde a emoção. Lembra que é a "primeira pessoa de origem indiana a presidir a um governo da UE"
O primeiro-ministro não esconde a emoção que sente com a visita à Índia, que terá início este sábado. "Esta visita tem uma natureza muito particular. Desde logo do ponto de vista afetivo, pois é para mim uma grande honra poder voltar à terra do meu pai como primeiro-ministro ", explicou aos jornalistas numa curta escala no aeroporto de Frankfurt, durante a viagem.
António Costa sente-se também "muito honrado" com a distinção que lhe vai ser atribuída pelo governo indiano - o prémio Pravasi Bharatiya Divas - que homenageia indianos ou descendentes que se tenham destacado no estrangeiro. "É a primeira vez que uma pessoa de origem indiana preside a um governo da União Europeia", salientou.
António Costa é filho de Orlando Costa, filho de um goês, da casta brâmane (a classe mais elevada na Índia) e católico de Margão, a segunda maior cidade de Goa. "A Índia tem um estatuto para as pessoas de origem indiana, o que me confere formalmente esse estatuto. Sou oficialmente uma pessoa de origem indiana", assinalou, confirmando a sua expectativa em relação à visita à terra natal da sua família, Margão. "O meu pai fez lá a sua formação e passou a sua juventude. Tenho uma tia e uma prima direita que vivem em Margão. O meu irmão e eu temos parte de uma propriedade em Margão. É uma relação que existe. Apesar de cada um ter seguido o seu caminho e de termos sido criados em Portugal, essa ligação familiar existe e é sempre uma marca que fica".
Para o primeiro-ministro, estes "laços históricos devem sobretudo servir para criar as bases para uma grande parceria para o século XXI" entre Portugal e aquele país. "A Índia vai ser uma das grandes potências no século XXI e temos de a fundar em duas bases novas, que são a economia e a ciência, que vão ser as prioridades nesta viagem", afiançou, lembrando as visitas à Agência Espacial, ao
Instituto Oceanográfico, ao Instituto de Tecnologia de Bangalore e a "agenda muito intensa" na área económica. Estas incluem um seminário, encontros no âmbito das start-ups e reuniões bilaterais com um conjunto de empresas nas áreas das industrias de defesa, de execução de infraestruturas, do
tratamento de lixo e esgotos, das novas tecnologias. "Todo um imenso potencial de trabalho e de colaboração entre duas economias que querem percorrer em conjunto este século", assinalou António Costa.
A visita de António Costa está dividida em três etapas: primeiro, em Deli, com caráter mais institucional, com reuniões com as mais altas autoridades da Índia; depois em Bangalore e Ahmedabad com objetivos económicos e de cooperação tecnológica; e, por fim, Goa, com mais destaque para as áreas da História e da Cultura.
Nesta deslocação, que terá honras de chefe de Estado e será a primeira feita por um primeiro-ministro português, António Costa estará acompanhado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, da Cultura, Luís Castro Mendes, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, da Economia, Manuel Caldeira Cabral e pelo secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos.
copiado  http://www.dn.pt/mundo/interior/

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