O patético Temer e suas emendas piores do que os maus sonetos
"O senhor, Michel Temer, não é patético por ignorância, o que lhe seria desculpável. É patético por afetado, pedante e vaidoso. É presunçoso, achando que a sua empáfia e o seu palavreado oco como um sino são o suficiente para impressionar os tolos. Se não fosse, saberia que a língua quem faz é o povo e o povo chama aquilo que aconteceu no Amazonas de massacre, chacina, crime. Não de acidente", diz Fernando Brito, editor do TijolaçoÉ patético porque cala quando tinha de falar.
É patético pelo que fala, quando fala.
E é patético quando vai emendar seus maus sonetos.
O senhor foi infeliz ao chamar a chacina de Manaus de “acidente pavoroso”, porque de acidental não teve nada e os jornais do dia já traziam a informação de que o massacre era pensado e planejado há mais de ano. E a Polícia Federal o sabia.
Isso, sim, deveria ter sido objeto de sua fala, mandando apurar porque nada foi feito, se sabiam.
Mas o que o preocupou? Ir às redes sociais para explicar o “acidente”, porque isso feriu sua vaidade de beletrista.
E aí provou que é um nada, mesmo.
Listou “sinônimos” de acidente no Twitter: “tragédia, perda, desastre, desgraça e fatalidade”.
O senhor devia se lembrar que existem sinônimos perfeitos e imperfeitos, e mesmo os perfeitos podem ser usados algumas vezes com o mesmo sentido, mas não querem sempre dizer o mesmo.
Por exemplo: língua e idioma.
Português é uma língua e um idioma, mas ninguém morde o idioma ou põe o idioma para fora para caçoar de alguém, não é?
Da mesma forma, não se pode usar sempre acidente do lugar de tragédia e vice-versa, senão escreveríamos “O acidente de Édipo Rei” ou “Hamlet, um acidente”. Tanto quanto desastre ou desgraça: o time do Flamengo hoje foi um acidente e perdeu de 3 a 1. A atuação do goleiro foi um acidente”. Não, foram um acidente e uma tragédia.
De fatalidade, “seu Temer”, nem se fala: é um acontecimento que não se podia evitar e o morticínio de Manaus, os fatos provam, se podia e se devia evitar, porque conhecida a ameaça de acontecer.
Se o senhor não tiver aí na biblioteca do Palácio o Dicionário de Sinônimos do Rocha Pombo, o mais clássico do Brasil, vá na internet, tem lá no site da ABL.
Aí o senhor verá que, por tudo o que se sabe, a chacina não poderia ser chamada de acidente pois ” acidente (do latim accidere, “suceder”) diz-se de qualquer desgraça que sobrevém inesperadamente,sem que nada a fizesse prever, e considerando-a até certo ponto como contrária às leis ordinárias… ”
E aquela desgraça foi tudo, menos, como se sabe agora, inesperada, porque tudo a fazia prever.
O senhor, Michel Temer, não é patético por ignorância, o que lhe seria desculpável. É patético por afetado, pedante e vaidoso.
É presunçoso, achando que a sua empáfia e o seu palavreado oco como um sino são o suficiente para impressionar os tolos.
Se não fosse, saberia que a língua quem faz é o povo e o povo chama aquilo que aconteceu no Amazonas de massacre, chacina, crime.
Não de acidente.
Temer pediu para Moraes jogar o massacre no colo do Amazonas
É o que Moraes vem fazendo desde então. O ministro insiste que o Estado do Amazonas, comandado pelo governador José Melo (Pros), sabia de um plano de fuga do presídio onde ocorreu o massacre de 56 presos e não avisou a União, nem pediu ajuda.
Nesta quarta-feira 4, veio à tona a informação de que o governo amazonense participava de um grupo de segurança com representantes de agências federais, como a Abin e a Polícia Federal, que estariam a par, portanto, de uma ameaça do ocorrido.
Na avaliação do Planalto, Moraes vem se saindo bem na tarefa designada pelo chefe. "Enfim, um episódio em que Alexandre de Moraes não queimou seu filme com o chefe nem foi determinante para agravar uma crise já existente", comenta o colunista.
copiado http://www.brasil247.com/pt/
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