Turquia continua na caça do autor do atentado na discoteca
05/01/2017 - 13:45
As
autoridades turcas realizaram novas prisões nesta quinta-feira
relativas à investigação do atentado de Ano Novo em Istambul,
reivindicado pelo grupo radical Estado Islâmico e cujo autor continua
foragido.
05/01/2017 - 13:45
Turquia continua na caça do autor do atentado na discoteca
As
autoridades turcas realizaram novas prisões nesta quinta-feira
relativas à investigação do atentado de Ano Novo em Istambul,
reivindicado pelo grupo radical Estado Islâmico e cujo autor continua
foragido.
Vários suspeitos de serem cúmplices do indivíduo que matou 39 pessoas na discoteca de Istambul foram detidos em Silivri, perto de Istambul, de acordo com a agência governamental Anadolu, que não deu maiores detalhes.
Os suspeitos são naturais do "Turquestão Oriental", antigo nome da região chinesa de Xinjiang, de maioria uigur, afirmou a fonte.
Na terça, a imprensa turca informou que o agressor poderia
ser originário de um país da Ásia central e o chanceler Melvut
Cavusoglu anunciou no dia seguinte que o suspeito havia sido
identificado, mas sem revelar seu nome ou nacionalidade.
O vice-ministro Veysi Kaynak afirmou nesta quinta que provavelmente o criminoso é de origem uigur.
As autoridades difundiram várias imagens do suspeito, que se filmou em plena rua da capital.
As autoridades acreditam que o agressor foi treinado no manejo de armas. No ataque, ele utilizou carregadores duplos para otimizar o tempo de recarga, granadas para desorientar os alvos e visou a parte superior do corpo das vítimas para aumentar a taxa de mortalidade.
Ao menos 36 pessoas se encontram detidas, entre elas a esposa do suposto agressor e várias pessoas oriundas da Ásia Central.
As revistas realizadas em Esmirna (oeste) depois da prisão de vinte pessoas levaram à descoberta de um óculos de visão noturna, material militar e passaportes falsos, segundo a agência Dogan.
- Busca e captura -
Depois de invadir a boate e realizar o massacre, o suspeito pegou um taxi para Zeytinburnu, na margem europeia de Istambul, e pegou dinheiro emprestado em um restaurante para pagar a corrida.
O dono do restaurante, entrevistado pela Dogan, confirmou que alguns de seus empregados se encontram presos.
Enquanto prosseguem as buscas, foi reforçada a segurança nas fronteiras grega e búlgara, onde veículos e pessoas são revistados.
O atentado coincidiu com a operação do exército turco para conquistar a cidade de Al Bab, reduto do EI no norte a Síria, onde Ancara dirige uma ofensiva contra os extremistas e as milícias curdas.
Ao reivindicar a matança da discoteca Reina, o EI repreendeu a Turquia por intervir na Síria e por participar na coalizão liderada pelos Estados Unidos que combate o grupo radical na Síria e Iraque.
A tragédia na boate Reina marcou um início de ano sangrento para a Turquia, já abalada em 2016 por uma tentativa de golpe e por uma onda de ataques cometidos por extremistas islâmicos, ou pela rebelião curda.
Decretado após a tentativa de golpe em julho, na terça-feira, o estado de emergência foi estendido por mais três meses pelo Parlamento turco.
Em seu primeiro discurso público desde o atentado, o presidente Erdogan declarou que esse ataque "tem como objetivo polarizar a sociedade".
"Os ataques visam a que nossa emoção prevaleça sobre nossa razão. Embora isso nos faça sofrer, não é uma desculpa para nos rendermos", frisou.
Turquia continua na caça do autor do atentado na discoteca
AFP / OZAN KOSE
Memorial diante da discoteca atacada na noite de Réveillon
As autoridades turcas realizaram novas prisões nesta
quinta-feira relativas à investigação do atentado de Ano Novo em
Istambul, reivindicado pelo grupo radical Estado Islâmico e cujo autor
continua foragido.Vários suspeitos de serem cúmplices do indivíduo que matou 39 pessoas na discoteca de Istambul foram detidos em Silivri, perto de Istambul, de acordo com a agência governamental Anadolu, que não deu maiores detalhes.
Os suspeitos são naturais do "Turquestão Oriental", antigo nome da região chinesa de Xinjiang, de maioria uigur, afirmou a fonte.
O vice-ministro Veysi Kaynak afirmou nesta quinta que provavelmente o criminoso é de origem uigur.
As autoridades difundiram várias imagens do suspeito, que se filmou em plena rua da capital.
As autoridades acreditam que o agressor foi treinado no manejo de armas. No ataque, ele utilizou carregadores duplos para otimizar o tempo de recarga, granadas para desorientar os alvos e visou a parte superior do corpo das vítimas para aumentar a taxa de mortalidade.
Ao menos 36 pessoas se encontram detidas, entre elas a esposa do suposto agressor e várias pessoas oriundas da Ásia Central.
As revistas realizadas em Esmirna (oeste) depois da prisão de vinte pessoas levaram à descoberta de um óculos de visão noturna, material militar e passaportes falsos, segundo a agência Dogan.
- Busca e captura -
Depois de invadir a boate e realizar o massacre, o suspeito pegou um taxi para Zeytinburnu, na margem europeia de Istambul, e pegou dinheiro emprestado em um restaurante para pagar a corrida.
O dono do restaurante, entrevistado pela Dogan, confirmou que alguns de seus empregados se encontram presos.
Enquanto prosseguem as buscas, foi reforçada a segurança nas fronteiras grega e búlgara, onde veículos e pessoas são revistados.
O atentado coincidiu com a operação do exército turco para conquistar a cidade de Al Bab, reduto do EI no norte a Síria, onde Ancara dirige uma ofensiva contra os extremistas e as milícias curdas.
Ao reivindicar a matança da discoteca Reina, o EI repreendeu a Turquia por intervir na Síria e por participar na coalizão liderada pelos Estados Unidos que combate o grupo radical na Síria e Iraque.
A tragédia na boate Reina marcou um início de ano sangrento para a Turquia, já abalada em 2016 por uma tentativa de golpe e por uma onda de ataques cometidos por extremistas islâmicos, ou pela rebelião curda.
Decretado após a tentativa de golpe em julho, na terça-feira, o estado de emergência foi estendido por mais três meses pelo Parlamento turco.
Em seu primeiro discurso público desde o atentado, o presidente Erdogan declarou que esse ataque "tem como objetivo polarizar a sociedade".
"Os ataques visam a que nossa emoção prevaleça sobre nossa razão. Embora isso nos faça sofrer, não é uma desculpa para nos rendermos", frisou.
05/01/2017 - 13:35
Iraque lança ofensiva para expulsar Estado Isâmico do oeste do país
As
forças iraquianas lançaram nesta quinta-feira uma ofensiva para retomar
as cidades controladas pelo grupo Estado Islâmico (EI) na região oeste
do país, perto da fronteira com a Síria.
O exército anunciou nesta quinta-feira que "uma operação militar começou nas zonas ocidentais" da província de Al-Anbar para "libertá-las do Daesh" (acrônimo em árabe para EI).
Esta região é desértica e pouco povoada, mas estrategicamente importante por estar localizada no centro do "califado" autoproclamado pelos extremistas islâmicos nos territórios que controlam entre o Iraque e a Síria.
A segurança é precária em Al-Anbar, que também faz
fronteira com a Jordânia e a Arábia Saudita, apesar da retomada pelas
forças iraquianas das duas principais cidades, Ramadi e Fallujah.
Segundo o tenente Qasem Mohamedi, um dos comandantes da operação, a ofensiva é dirigida pela 7ª divisão do exército, unidades da polícia e combatentes e tribos locais, com o apoio da aviação da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
O primeiro alvo da operação é a localidade de Aanah, e em seguida Rawa e Al Qaim (330 km a noroeste de Bagdá), a mais ocidentais do país, às margens do Eufrates.
As forças já avançam para Haditha, 200 km de Bagdá e a terceira cidade da província de Anbar, próxima da segunda maior represa do país.
Foi alvo de vários ataques extremistas desde a ofensiva do EI em junho de 2014, mas as tribos locais conseguiram contra-atacá-los.
"Chegou a hora de libertar as zonas ocidentais", afirmou Nadhom al Yughaifi, um comandante das tribos de Haditha.
Em 2016, as forças iraquianas reconquistaram do EI grandes zonas da província de Al Anbar. No total, o EI perdeu mais da metade dos territórios conquistados no Iraque durante a ofensiva lançada em 2014 pelo grupo radical sunita, que aproveitou-se da fraqueza do Estado central após a queda de Saddam Hussein e a da invasão americana.
Avanços em Mossul
Os extremistas se concentram agora em defender Mossul, a segunda maior cidade do país, que Bagdá tenta recuperar por meio de uma vasta ofensiva lançada em meados de outubro.
Milhares de membros das forças iraquianas estão atualmente mobilizadas no front de Mossul (norte), o último grande reduto iraquiano dos radicais.
Esta operação, cuja segunda fase iniciou em 29 de dezembro, permitiu às forças iraquianas "avanços importantes" em Mossul, segundo indicou na quarta-feira o porta-voz da coalizão internacional, o coronel John Dorrian.
Ele informou que estes avanços estavam relacionados a um maior envolvimento da coalizão, que dobrou em cerca de 450 o número de conselheiros militares que apoiam as tropas iraquianas.
Estes conselheiros permanecem "atrás da linha de frente", mas já entraram várias vezes na cidade, ressaltou.
A tarefa de forças de elite de combate ao terrorismo (CTS) do Iraque, na linha de frente, é difícil porque têm de "limpar" todos os edifícios de qualquer inimigo ou armadilha, de acordo com o porta-voz militar.
"Em cada edifício, muitas vezes de quatro ou mais andares, deve-se fazer a limpeza do teto aos túneis construídos no subsolo, verificando cada quarto e cada armário. Leva tempo e isso é extremamente perigoso", disse ele, acrescentando que havia "cerca de 200.000 edifícios" na cidade.
Mas, gradualmente, as forças iraquianas estão progredindo, garantiu o porta-voz.
Os extremistas islâmicos, isolados em Mossul ocidental desde a destruição das pontes sobre o rio Tigre, "não têm recursos para defender" os três eixos que levam à cidade.
"Há informações sobre perdas entre as forças iraquianas, mas as perdas (jihadistas) são muito superiores", insistiu o coronel Dorrian.
Enquanto isso, o número de civis deslocados aumenta: mais de 125.000 habitantes da área metropolitana fugiram de suas casas desde meados de outubro, de acordo com a ONU.
A retomada de Mossul é um dos dois principais objetivos da coalizão, com a de Raqa, a fortaleza do EI na Síria.
copiado https://www.afp.com/pt/
Iraque lança ofensiva para expulsar Estado Isâmico do oeste do país
AFP/Arquivos / SABAH ARAR
Membro das forças pró-governo iraquianas na cidade de Fallujah
As forças iraquianas lançaram nesta quinta-feira uma
ofensiva para retomar as cidades controladas pelo grupo Estado Islâmico
(EI) na região oeste do país, perto da fronteira com a Síria.O exército anunciou nesta quinta-feira que "uma operação militar começou nas zonas ocidentais" da província de Al-Anbar para "libertá-las do Daesh" (acrônimo em árabe para EI).
Esta região é desértica e pouco povoada, mas estrategicamente importante por estar localizada no centro do "califado" autoproclamado pelos extremistas islâmicos nos territórios que controlam entre o Iraque e a Síria.
Segundo o tenente Qasem Mohamedi, um dos comandantes da operação, a ofensiva é dirigida pela 7ª divisão do exército, unidades da polícia e combatentes e tribos locais, com o apoio da aviação da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
O primeiro alvo da operação é a localidade de Aanah, e em seguida Rawa e Al Qaim (330 km a noroeste de Bagdá), a mais ocidentais do país, às margens do Eufrates.
As forças já avançam para Haditha, 200 km de Bagdá e a terceira cidade da província de Anbar, próxima da segunda maior represa do país.
Foi alvo de vários ataques extremistas desde a ofensiva do EI em junho de 2014, mas as tribos locais conseguiram contra-atacá-los.
"Chegou a hora de libertar as zonas ocidentais", afirmou Nadhom al Yughaifi, um comandante das tribos de Haditha.
Em 2016, as forças iraquianas reconquistaram do EI grandes zonas da província de Al Anbar. No total, o EI perdeu mais da metade dos territórios conquistados no Iraque durante a ofensiva lançada em 2014 pelo grupo radical sunita, que aproveitou-se da fraqueza do Estado central após a queda de Saddam Hussein e a da invasão americana.
Avanços em Mossul
Os extremistas se concentram agora em defender Mossul, a segunda maior cidade do país, que Bagdá tenta recuperar por meio de uma vasta ofensiva lançada em meados de outubro.
Milhares de membros das forças iraquianas estão atualmente mobilizadas no front de Mossul (norte), o último grande reduto iraquiano dos radicais.
Esta operação, cuja segunda fase iniciou em 29 de dezembro, permitiu às forças iraquianas "avanços importantes" em Mossul, segundo indicou na quarta-feira o porta-voz da coalizão internacional, o coronel John Dorrian.
Ele informou que estes avanços estavam relacionados a um maior envolvimento da coalizão, que dobrou em cerca de 450 o número de conselheiros militares que apoiam as tropas iraquianas.
Estes conselheiros permanecem "atrás da linha de frente", mas já entraram várias vezes na cidade, ressaltou.
A tarefa de forças de elite de combate ao terrorismo (CTS) do Iraque, na linha de frente, é difícil porque têm de "limpar" todos os edifícios de qualquer inimigo ou armadilha, de acordo com o porta-voz militar.
"Em cada edifício, muitas vezes de quatro ou mais andares, deve-se fazer a limpeza do teto aos túneis construídos no subsolo, verificando cada quarto e cada armário. Leva tempo e isso é extremamente perigoso", disse ele, acrescentando que havia "cerca de 200.000 edifícios" na cidade.
Mas, gradualmente, as forças iraquianas estão progredindo, garantiu o porta-voz.
Os extremistas islâmicos, isolados em Mossul ocidental desde a destruição das pontes sobre o rio Tigre, "não têm recursos para defender" os três eixos que levam à cidade.
"Há informações sobre perdas entre as forças iraquianas, mas as perdas (jihadistas) são muito superiores", insistiu o coronel Dorrian.
Enquanto isso, o número de civis deslocados aumenta: mais de 125.000 habitantes da área metropolitana fugiram de suas casas desde meados de outubro, de acordo com a ONU.
A retomada de Mossul é um dos dois principais objetivos da coalizão, com a de Raqa, a fortaleza do EI na Síria.
copiado https://www.afp.com/pt/
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