Ex-contador de Auschwitz volta a pedir desculpas O ex-contador do campo de concentração de Auschwitz Oskar Gröning, julgado por cumplicidade no assassinato de 300.000 judeus, voltou a pedir desculpas, nesta terça-feira, um dia antes do veredito do provável último nazista alemão.

  • 14/07/2015 - 16:21

    Ex-contador de Auschwitz volta a pedir desculpas



    (7 jul ) Oskar Groning, no tribunal de Luneburgo
    O ex-contador do campo de concentração de Auschwitz Oskar Gröning, julgado por cumplicidade no assassinato de 300.000 judeus, voltou a pedir desculpas, nesta terça-feira, um dia antes do veredito do provável último nazista alemão.
    "Auschwitz é um lugar onde ninguém deveria ter estado", declarou o acusado de 94 anos, depois de quase três meses de julgamento em Luneburgo (norte).
    "Estou consciente disso. Lamento sinceramente não ter me dado conta disso antes e de maneira mais consequente. Sinto profundamente", declarou o ex-membro das SS, que assumiu no início do processo sua "falta de moral" e pediu perdão às vítimas.
    A defesa pediu sua absolvição, insistindo no fato de que Gröning, que tinha 23 anos na ocasião, era encarregado de tarefas administrativas e que seu papel foi mínimo.
    A promotoria pediu uma pena de três anos e meio de prisão para Oskar por "cumplicidade" na eliminação de 300.000 judeus nas câmaras de gás.
    O promotor de Hanover, Jens Lehmann, levou em consideração a "contribuição menor" de Groning e o "número quase inimaginável de vítimas" para solicitar a pena de três anos e seis meses de prisão.
    Durante o processo, as testemunhas falaram sobre o inferno dos campos de concentração e extermínio.
    O contador de Auschwitz pode ser condenado a uma pena de três a 15 anos de prisão, mas o promotor optou por solicitar apenas um pouco mais que o mínimo.
    Oskar Groning é acusado de ter participado na "Operação Hungria", iniciada em 1944 e que seguiu até o fim da Segunda Guerra Mundial, ação que terminou com a morte de 300.000 judeus procedentes da Hungria nos campos de concentração.
    O promotor insistiu na "contribuição subalterna" do ex-contador do campo de extermínio e destacou a constante vontade de explicação do réu.
    Groning é acusado de ter "ajudado o regime nazista a obter benefícios econômicos do extermínio", enviando o dinheiro dos deportados a Berlim e, sobretudo, de ter participado na "seleção" dos deportados aptos para o trabalho e dos que eram imediatamente exterminados.
    Antes de justiça entrar em ação, Oskar Groning falou de maneira espontânea sobre seu passado nazista em várias entrevista.
    Durante o julgamento, Groning declarou que havia cometido uma "falha moral".
    copiado  http://www.afp.com/pt

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