Mundo Perigo Estudo alerta para riscos sistémicos das alterações climáticas

 

Estudo alerta para riscos sistémicos das alterações climáticas Os riscos das alterações climáticas "devem ser avaliados da mesma forma que as ameaças à segurança nacional ou à saúde pública", defende um grupo de cientistas num relatório da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Lusa
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No documento, publicado nesta segunda-feira, cientistas do Reino Unido, Estados Unidos, China e Índia, especialistas na análise de riscos energéticos, financeiros e militares, desenvolveram um estudo sobre os riscos das alterações climáticas para ajudar os políticos a priorizar a questão.
O mundo não pode continuar a analisar a questão do aquecimento global como um problema de previsões meteorológicas das temperaturas a longo prazo, defendem, acrescentando que os riscos das alterações climáticas devem ser avaliados considerando os "piores cenários", conforme acontece com as "ameaças à segurança nacional ou à saúde pública", visto que só assim se compreenderá o pior que pode ocorrer e a probabilidade de isso acontecer.
O relatório salienta os verdadeiros riscos que o crescente aquecimento coloca, evidenciando que ao ritmo atual de emissões de carbono, "o mais provável é verificar-se um aumento da temperatura de 4 graus Celsius" já na segunda metade deste século.
O que leva os especialistas a alertar que "as maiores ameaças advêm dos riscos sistémicos", das interações entre as pessoas, os mercados e os governos. Pelo que o estudo identifica ainda os limiares para além dos quais "o inconveniente pode tornar-se insuportável".
Daí ser preciso conhecer os limites da tolerância humana ao calor, e a subsistência da agricultura, uma vez que, no caso de estes limites serem excedidos, isso poderá levar a mortes em grande escala, à progressiva diminuição das colheitas agrícolas e à incapacidade das cidades costeiras de se adaptarem com sucesso à subida do nível do mar.
Por exemplo, "se as políticas e as respostas do mercado amplificarem o choque em vez de o atenuarem", refere o relatório, "o pior cenário plausível nos dias de hoje seria produzir picos de preços sem precedentes no mercado global, com uma triplicação dos preços das sementes das colheitas mais afetadas".
O relatório adverte ainda para as questões de segurança decorrentes dos altos níveis de aquecimento, como o aumento das populações a competirem por recursos, levando a que as migrações se "tornem mais uma necessidade do que uma escolha, ameaçando a estabilidade dos países atualmente considerados desenvolvidos" e desafiando a capacidade humanitária mundial.
A "ausência de um forte compromisso político e desenvolvimento tecnológico mais rápido estão a aproximar-nos da quebra dos limites", advertem os cientistas, referindo-se nomeadamente às emissões globais de gases de efeito estufa que continuam a subir, sublinhando que todos os países precisam compreender melhor as potenciais consequências de não se atingir a meta de 2 graus Celsius a nível nacional.
Isso exige a construção de regimes nacionais fortes, apostados na gestão dos riscos climáticos, nos próximos anos.
O estudo foi encomendado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, como uma contribuição independente para o debate sobre as alterações climáticas, tendo sido aclamado por ativistas e ecologistas enquanto uma contribuição útil que ajudará a colocar pressão sobre os políticos para elaborarem um novo acordo global até ao final do ano, limitando o aquecimento global a 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.
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