Dilma: “Não renunciarei. A injustiça continuará visível”

Dilma: “Não renunciarei. A injustiça continuará visível”

A presidente Dilma Rousseff afirmou, nesta terça (3), durante lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar, no Palácio do Planalto, que não renunciará ao seu mandato; ela disse que é "vítima de uma fraude" e que a democracia brasileira "sofre um assalto" com o processo de impeachment; "Muitas vezes eles pediram que eu renunciasse porque, se eu renunciar, se esconde para debaixo do tapete esse impeachment sem base legal. É extremamente confortável para os golpistas que a vítima desapareça, que a injustiça não seja visível. A injustiça vai continuar visível", afirmou; ela ainda explicou detalhadamente porque assinou os decretos de suplementação; segundo Dilma, um serviu para cobrir gastos do TSE com concurso público e outro foi para destinar dinheiro para hospitais universitários federais; ela também classificou como "mentira" a afirmação de que foi o Banco do Brasil que custeou o Plano Safra do ano passado; os decretos de suplementação estão sendo utilizados como argumento para o impeachment

3 de Maio de 2016 às 18:44
247 - A presidente Dilma Rousseff afirmou, nesta terça-feira (3), durante lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar, no Palácio do Planalto, que não renunciará. Ela disse que é "vítima de uma fraude" e que a democracia brasileira "sofre um assalto" com o processo de impeachment que tramita contra seu mandato.
Segundo Dilma, renunciar à Presidência da República seria uma forma de a "vítima desaparecer" e "esconder" a "injustiça" pela qual a petista acredita estar passando.
"Muitas vezes eles pediram que eu renunciasse porque, se eu renunciar, se esconde para debaixo do tapete esse impeachment sem base legal. É extremamente confortável para os golpistas que a vítima desapareça, que a injustiça não seja visível. A injustiça vai continuar visível", afirmou a presidente. "Estamos fazendo história porque a democracia é, sem sombra de dúvidas, o lado certo da história", completou.
Em seu discurso, a a presidente falou detalhadamente sobre alguns dos seis decretos que aumentaram as despesas do Executivo sem autorização do Congresso, em 2015, e que estão na base do pedido de impeachment.
"Esses decretos foram feitos por uma demanda minha? Não. Não fui eu que pedi. Um deles, por exemplo, é do Tribunal Superior Eleitoral", afirmou.
Segundo Dilma o TSE contava com uma receita de inscrições em concurso público superior à estimada inicialmente. Por isso, pediu ao Executivo que o dinheiro fosse destinado a cobrir outras despesas do Tribunal, entre elas, outro concurso.
A presidente afirmou ainda que outro decreto visava destinar dinheiro de doações para hospitais universitários federais ligados ao Ministério da Educação.
"Nós cometemos crime porque, segundo eles, não podíamos ter posto isso nos hospitais. A gente tinha de cumprir a meta. Já tínhamos feito o maior corte orçamentário que esse país viveu e ainda por cima tinha de fazer isso, botar na meta?", afirmou.
Dilma classificou como "mentira" a afirmação de que foi o Banco do Brasil que custeou o Plano Safra do ano passado, devido ao atraso no repasse de recursos do Tesouro Nacional para a instituição financeira emprestá-los.
"No caso do Plano Safra, é pior. Não participei fisicamente do processo do qual me acusam, porque a lei prevê que não é o presidente que repassa os recursos para o Banco do Brasil. Sou acusada de algo que não é que eu não fiz, seques estive presente em qualquer um dos atos."
Dilma comparou ainda o número de decretos do ano passado com os editados pelos seu dois antecessores em seus mandatos de oito anos, citando os 101 decretos do ex-presidente FHC.
Abaixo matéria do Blog do Planalto:
Em discurso no fim da tarde desta terça-feira (3), a presidenta Dilma Rousseff reafirmou que não irá renunciar ao seu mandato para deixar claro a injustiça que sofre por conta do processo de impeachment no Congresso. Dilma fez a afirmação no lançamento do Plano Safra para Agricultura Familiar, que oferecerá linha de crédito de R$ 30 bilhões aos pequenos agricultores.

“Muitas vezes eles pediram que eu renunciasse, porque (…) se esconde pra debaixo do tapete este impeachment sem base legal, este golpe. É extremamente confortável que a vitima desapareça, que a injustiça não seja visível. Pois eu quero dizer uma coisa, a injustiça vai continuar visível, bem visível”, afirmou.

Segundo Dilma, as forças políticas que tentam tirá-la do poder “em uma eleição indireta” vão reduzir os programas sociais como o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família.

A presidenta explicou dois dos seis decretos em que está sendo acusada de pedaladas fiscais, para mostrar a incoerência do processo. O primeiro foi a suplementação do Tribunal Superior Eleitoral, que teve uma sobra de caixa por conta do alto número de inscritos e pediu a verba de volta para fazer outro concurso. O segundo foi para os hospitais federais do Ministério da Educação, que estavam em crise e precisavam do recurso.

“Por isso eles (os deputados) votaram por tudo, menos pelos decretos. Não podem afirmar que estão votando contra o dinheirinho para os hospitais”, criticou.

A presidenta disse que a democracia no Brasil está sendo assaltada e que sua eleição foi para construir políticas públicas com projetos sociais, em contraste com o programa que tentam emplacar com a sua retirada do poder.

“Fui eleita para construir o resto da Minha Casa Casa Minha Vida, que recebemos do presidente Lula. Foram 5 milhões e 750 mil casas. Se multiplicar por 4,5 pessoas [média de uma família] dá 25 milhões de pessoas. Em cada oito brasileiros, um recebe uma casa do Minha Casa Minha Vida. É assim que num pais deste tamanho se combate a desigualdade.”

copiado http://www.brasil247.com/

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