Oxigênio pós-impeachment para Michel Temer é efêmero e depende do Congresso .Apesar da crise, aumenta o número de brasileiros em ranking de bilionários


Apesar da crise, aumenta o número de brasileiros em ranking de bilionários

Do UOL, em São Paulo



Conheça alguns brasileiros com mais de R$ 1 bilhão na lista da "Forbes Brasil"17 fotos

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O empresário Luigi Bauducco (na foto) e sua família entraram para a seleta lista de brasileiros bilionários da "Forbes Brasil". Com patrimônio estimado em R$ 2 bilhões, ele é dono da Pandurata, empresa que controla as marcas Bauducco, Visconti, Tommy e Fritex. Clique nas imagens acima e veja outros bilionários brasileiros Imagem: Letícia Moreira/Folhapress
Mesmo com a crise econômica, o número de brasileiros com mais de R$ 1 bilhão subiu de 160, em 2015, para 165 neste ano, de acordo com o ranking de bilionários da revista "Forbes Brasil".
Para calcular o tamanho do patrimônio desses brasileiros, a revista usa como base o valor de mercado das empresas das quais eles têm ações. O levantamento considera o valor das ações em 15 de julho de 2016.
Juntos, os 165 bilionários brasileiros têm um total de R$ 850,76 bilhões --5,47% mais em relação ao ano passado (R$ 806,6 bilhões).
A soma do patrimônio desses endinheirados equivale a 14,41% de tudo o que foi produzido no país em 2015 --o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil foi de R$ 5,9 trilhões.

Efeito Lava Jato

Neste ano, cinco nomes deixaram a lista em função da perda de valor de seus negócios. Entre eles estão Antônio Queiroz Galvão e família, donos da Queiroz Galvão, empreiteira investigada na operação Lava Jato.
Preso desde o ano passado na mesma operação, Marcelo Odebrecht cedeu seu lugar na lista para o pai, Emílio Alves Odebrecht (13º, com R$ 12,9 bilhões), que voltou a assumir o comando do grupo familiar após a prisão do filho.

Novos na lista


Letícia Moreira/Folhapress
O empresário Luigi Bauducco entrou para a lista de bilionários em 2016
Por outro lado, sete nomes entraram para o ranking em 2016. O destaque vai para Luigi Bauducco (92º, com R$ 2 bilhões) e família, donos da Pandurata, empresa que controla as marcas Bauducco, Visconti, Tommy e Fritex.

Mais rico pelo 4º ano seguido

Pelo quarto ano seguido, Jorge Paulo Lemman, 76, é o homem mais rico do Brasil. A fortuna do ex-tenista é avaliada em R$ 103,59 bilhões. No ano passado, era de R$ 83,7 bilhões.
O salto de 23,76% se deve a sua participação na AB Inbev, maior grupo cervejeiro do mundo, segundo a "Forbes Brasil".
Os sócios de Lemman --Marcel Herrmann Telles (3°) e Beto Sicupira (4°)-- também aparecem no topo do ranking, assim como nos dois últimos anos. Telles, 66, tem patrimônio estimado em R$ 48,69 bilhões, e Sicupira, 66, tem fortuna de R$ 43,16 bilhões.
A segunda posição do ranking também ficou igual ao ano passado: o banqueiro Joseph Safra, 77, manteve-se na vice-liderança, com patrimônio avaliado em R$ 56,24 bilhões.

Pesquisa "mapeia" como mais ricos do mundo gastam dinheiro

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Veja ricos que prometeram doar parte da fortuna15 fotos

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Após o nascimento de sua primeira filha, o cofundador e diretor-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, prometeu doar, ao longo da vida, 99% de suas ações da empresa. As doações serão para uma nova instituição de caridade, chamada Iniciativa Chan Zuckerberg, organização que leva o nome de sua mulher e que busca "avançar o potencial humano e promover igualdade para crianças das próximas gerações". Atualmente, esses títulos valem aproximadamente US$ 45 bilhões (cerca de R$ 173 bilhões) VEJA MAIS > Imagem: Reprodução/Facebook

Oxigênio pós-impeachment para Michel Temer é efêmero e depende do Congresso

Fernando Rodrigues

Ida para a China e para os EUA em setembro desperdiça tempo
Peemedebista terá de obter sinais claros a favor de reformas
PEC dos gastos é incerta e corre risco real de ficar para 2017
Recessão está no final, mas “feel good factor” ainda vai demorar
01/01/2015 – Brasilia,DF – O vice-presidente Michel Temer durante cerimônia de posse no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Michel Temer durante cerimônia de posse em janeiro de 2015
O presidente Michel Temer ganha legitimidade a partir da eventual cassação definitiva de Dilma Rousseff. Fica imediatamente mais empoderado. É como se recebesse acesso a um cilindro de nitrox, aquela mistura de gás com uma taxa maior de oxigênio e usada por mergulhadores que ficam mais tempo em águas profundas.
Mas esse oxigênio extra dura pouco. Vai evanescer caso não apareça algum indicador substantivo de que o Congresso aprovará as reformas anunciadas para a economia.
Como Michel Temer vai gastar seus primeiros dias na cadeira? Se for efetivado amanhã como presidente do Brasil (se a cassação de Dilma Rousseff for aprovada), o peemedebista passará 6 dias em viagem para a China. Estará de volta para o feriado de 7 de Setembro (quando o Congresso está às moscas).
Um pouco depois, passará outros 3 dias fora do país. Deve participar da abertura anual da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
Ao todo, passará 10 dias de setembro fora do país.
Por causa do feriado do Dia da Independência, que cai numa 4ª feira e esvazia Brasília, o peemedebista terá à sua disposição menos de 15 dias para “trabalhar” o Congresso. Com um fator agravante: quanto mais chega perto do dia 2 de outubro, 1º turno das eleições de prefeitos, mais improdutivo ficam a Câmara e o Senado.
O sucesso do governo de Michel Temer depende sobretudo da capacidade de negociação do Palácio do Planalto para acelerar reformas estruturais.
A principal de todas é a chamada PEC do teto dos gastos. Trata-se de uma emenda constitucional polêmica, que pretende limitar o aumento das despesas públicas ao que foi a taxa de inflação do ano anterior. Seria uma garantia firme de que a administração federal estaria comprometida com o ajuste fiscal.
Quando e se a economia melhorar, o governo também se beneficia. Mas embora existam sinais de que a recessão tem parado de se agravar, o efeito para a população ainda demora a aparecer.
Enquanto isso, resta ao governo apostar nas medidas que o Congresso pode aprovar apontando para um futuro mais tranquilo.
Ao primeiro sinal de fraqueza congressual, o governo certamente passará a ser questionado. Michel Temer terá tempo para refletir sobre esses desafios nos 6 dias de viagem à China.
COPIADO  http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/

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