Europa
Gama envia recados à geringonça e ao oportunismo contra a UE na casa do PSD
Histórico socialista, que chegou a ser apontado para as últimas presidenciais, reitera que a sua vida política está mesmo "encerrada". Assis esteve isolado no congresso. Já não está.
Jaime
Gama não o disse em junho no Congresso do PS - convenção em que o
partido se afastou da via europeísta - mas defendeu-o agora na
Universidade de Verão do PSD: o bom caminho para Portugal é o europeu.
Numa conferência dada esta noite a jovens do PSD em Castelo de Vide, o
histórico socialista deixou vários recados à esquerda do PS, dizendo que
"os que não passam certidões de óbito à União Europeia são aqueles que
estão no bom caminho".
O ex-presidente
da Assembleia da República acredita que em Portugal "se irá manter por
muitos anos a articulação fundamental entre aqueles que querem manter
uma via europeia para o país, os que querem prosseguir ideias sobre a
Europa e não repreensões oportunisticamente fáceis sobre as dificuldades
da europeu."
Naquilo que foram recados
à esquerda do PS, Gama insistiu que está do lado dos que "têm
convicções sobre a Europa e querem elevar o nosso país a protagonista
das soluções para os problemas" e não dos que querem "anexar o nosso
país na descrença, na piada fácil, na reivindicação imediata", atirando:
"Esse não é o caminho".
Gama não tem
dúvidas - depois de no Congresso socialista o porta-voz João Galamba ter
dito que o partido não se chama europeísta, chama-se Partido
Socialista" - de que "o caminho [na relação com a União Europeia] tem de
ser de consistência, de substância e tem de ser responsável" e avisa:
"Não podemos ficar de fora. Não podemos ficar a recriminar".No
congresso, Francisco Assis ficou isolado a defender uma via mais
europeísta.
O histórico socialista
mostrou-se ainda favorável às formas de "controlo orçamental". Ou seja: é
a favor de que se cumpram as regras do tratado orçamental.
Jaime
Gama, várias vezes aplaudido pelos jovens sociais-democratas como se
fosse um da casa, aproveitou para dizer que não estava ali como
político, pois a sua "vida política está encerrada". Apontado no ano
passado como potencial candidato presidencial, Gama reitera os avisos à
navegação: "A minha vida política foi encerrada em 2011. Aí as contas
estão todas saldadas".
COPIADO http://www.dn.pt/
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