Pedro Sánchez reforça o "não" a Rajoy com discurso duro
O líder do PSOE garantiu hoje que votará contra a continuidade do desgoverno
Pedro Sánchez reforça o "não" a Rajoy com discurso duro
O líder do PSOE garantiu hoje que votará contra a continuidade do desgoverno
Pedro
Sánchez reforçou esta manhã, horas antes da votação de uma moção de
confiança a Mariano Rajoy, que votará "não" a um governo de direita. O
líder do PSOE radicalizou o discurso, mas, no fundo, repetiu o que tem
vindo a dizer: que o líder do PP não está em condições para cumprir as
promessas que faz, que não reúne condições para formar governo.
Aliás,
a candidatura de Mariano Rajoy à presidência do governo espanhol parece
definitivamente votada ao fracasso depois de os principais partidos da
oposição terem esta manhã confirmado o seu voto contra a moção de
confiança que será votada à tarde no parlamento.
O
líder do PSOE confirmou logo no início do debate de investidura desta
manhã no Congresso dos Deputados o voto contra dos socialistas, por
"coerência com o seu ideário" e pelo "compromisso com os seus votantes".
"Espanha
precisa de um governo, sim, por isso, votaremos contra a continuidade
do seu desgoverno, senhor candidato", afirmou Sánchez, defendendo que
Mariano Rajoy "não moveu um dedo para formar governo".
"Se
fosse coerente com a sua palavra e com as suas ações, deveria ser o
primeiro e votar contra a sua própria candidatura", afirmou ainda o
líder do PSOE, para quem "Espanha precisa de um governo, mas não de um
mau governo".
Um discurso duro ao ponto
de segundo o jornal ABC, Rajoy ter dito que tinha percebido e ter
pedido ao adversário político para não abusar.
O
líder do PP usou ainda de alguma ironia para confrontar Pedro Sánchez,
nomeadamente perguntando como é que o partido havia melhorado os
resultados nas eleições anteriores. Para Mariano Rajoy, o adversário irá
"passar à história" se provocar a convocação das terceiras eleições
gerais em um ano.
Mariano Rajoy
encerrou o discurso pedindo ao líder do PSOE que o deixe governar.
"Peço-lhe que se abstenha, não lhe peço que apoie o PP, não podemos
fazer eleições atrás de eleições à espera de um resultado que lhe
agrade, senhor Sánchez".
Para
ser eleito à primeira volta, Rajoy precisava de obter a metade mais um
(176) dos votos totais (350) do parlamento espanhol, mas neste momento
apenas conta com 170 (137 do PP, 37 do partido de centro-direita
Ciudadanos e um da Coligação Canária).
Não havendo investidura, a nova votação terá lugar na sexta-feira. Aí já não é necessário maioria absoluta.
copiado http://www.dn.pt
Nenhum comentário:
Postar um comentário