Aumento de salário de vereadores em SP "não pegou mal", diz novo presidente da Câmara

  • Autor do projeto de resolução que aumentou os salários dos vereadores paulistanos de R$ 15 mil para quase R$ 19 mil, no último ato da legislatura passada, o novo presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (DEM), defendeu neste domingo (1º) que a medida "não pegou mal" perante a população.Janaina Garcia Novo presidente da Câmara de SP Aumentar salário de vereadores "não pegou mal", afirma Milton Leite

    Janaina Garcia
    Do UOL, em São Paulo

    • Janaina Garcia
      Milton Leite foi eleito presidente da Câmara Municipal de São Paulo
      Milton Leite foi eleito presidente da Câmara Municipal de São Paulo
    Autor do projeto de resolução que aumentou os salários dos vereadores paulistanos de R$ 15 mil para quase R$ 19 mil, no último ato da legislatura passada, o novo presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (DEM), defendeu neste domingo (1º) que a medida "não pegou mal" perante a população.
    Ele afirmou ainda que, embora tenha anunciado hoje que abrirá mão, pessoalmente, do reajuste, a Procuradoria Jurídica da Casa vai recorrer da decisão da Justiça que suspendeu o aumento por meio de liminar. "Eu já abri mão do meu aumento, tenho que eu dar o exemplo."
    No dia 25 de dezembro, a Justiça paulista suspendeu, em decisão liminar (provisória), o aumento dos salários dos vereadores da capital. Dias antes, os vereadores haviam reajustado seus salários em 26,3%.
    Indagado se o aumento pegou mal perante a opinião pública, o novo presidente da Câmara rechaçou a hipótese. "Não pegou mal o aumento, nós respeitamos a Constituição. O Michel Temer acabou de dar aumento aos servidores federais de até 50%. Não foi aumento: foi atualização abaixo da inflação", definiu.

    O que você acha de aumentos para vereadores em tempos de crise?

    "Respeito a opinião pública e já dei o meu exemplo pessoal. Questão de salário é uma questão discricionária e pessoal. Eu já dei o meu exemplo e economizei mais de R$ 200 mil em todo o ano de 2016", reforçou. referindo-se à verba de gabinete do ano passado. Leite afirma que tinha direito a R$ 264 mil e gastou "menos de R$ 60 mil".
    Indagado sobre o fato de ele próprio ter assinado o projeto de resolução pelo aumento, Leite afirmou que "a própria Constituição preceitua" que os parlamentares reajustem seus vencimentos ao final da legislatura, para a próxima.
    "Esse parlamento não tem poderes para não recorrer; a decisão do plenário é soberana. Não há essa possibilidade de não recorrer devido ao preceito constitucional", defendeu.
    Leite afirmou ainda que vai propor nesta segunda-feira (2), na reunião da nova Mesa Diretora, "algumas novidades a serem implementadas sobre salário", como um plano de demissão voluntária e uma reforma administrativa.
    "Acho que tem espaço para a gente apreciar [a possibilidade de se enxugar o quadro de funcionários]", disse.
    Em seu discurso de posse, o prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que é preciso respeitar o Legislativo e o Judiciário. "Respeito ao poder Judiciário, em todas as suas etapas e todos os seus níveis. Respeitar o Judiciário e respeitar o Poder Legislativo é respeitar a democracia, a essência e o valor da democracia em nosso país."
    Sobre as críticas do vereador Mário Covas Neto (PSDB) de que Doria teria apoiado um nome à Presidência da Câmara que não do ninho tucano, Leite esquivou-se: "O prefeito não interferiu no processo em defesa de um ou outro candidato", afirmou.
    copiado  http://noticias.uol.com.br/politica

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Ao Planalto, deputados criticam proposta de Guedes e veem drible no teto com mudança no Fundeb Governo quer que parte do aumento na participação da União no Fundeb seja destinada à transferência direta de renda para famílias pobres

Para ajudar a educação, Políticos e quem recebe salários altos irão doar 30% do soldo que recebem mensalmente, até o Governo Federal ter f...