O “recuo” de Temer no FGTS. Não foi distração, foi marketing
Será que os bem pagos e muito louvados “gênios” da
equipe econômica de Henrique Meirelles são imbecis ou distraídos para
não perceberem o que um mero blogueiro, que dá palpites sobre economia
apontou no mesmo...
Será que os bem pagos e muito louvados “gênios” da equipe econômica de Henrique Meirelles são imbecis ou distraídos para não perceberem o que um mero blogueiro, que dá palpites sobre economia apontou no mesmo dia em que se anunciou a liberação das contas inativas do FGTS?
Pois está escrito lá que, com os dados fornecidos pela própria trupe genial, que o “grosso” deste dinheiro pertencia a poucos e ia sair do Fundo para alimentar aplicações financeiras nos bancos.
E teria um efeito extremamente corrosivo sobre as disponibilidades de recursos para o financiamento de habitação para as pessoas mais pobres.
Um mês depois, estampa a Folha a “descoberta da pólvora”. Ou seja, que :
Como nossa imprensa é incapaz de perguntar qualquer coisa aos governantes atuais, tive de estimar (e numa estimativa generosíssima, porque deu um valor médio de R$ 500 a cada uma destas contas com saldo abaixo do mínimo, o que é irreal) e concluir que estes depósitos alcançariam, no máximo 15% dos propalados R$ 30 bi que se injetaria na nossa combalida economia.
Restam, ao menos, 75% deles na soma dos 14% de contas com saldo superior a um mínimo. Ou R$ 25 bilhões.
Portanto, não duvide que estes “2%” tenham algo acima de R$ 5 bilhões.
Que, portanto, sairiam do FGTS para aplicações em fundos, dólar, títulos do Tesouro e por aí vai.
Mas, como já se disse ao início do texto, os “gênios” da Fazenda não são burros e além de saberem fazer contas, têm os dados que a imprensa brasileira não procurou apurar, preferindo repetir o canto otimista de que “vão entrar R$ 30 bilhões na economia”.
Vão coisa nenhuma.
A correria do “pacote de bondades” do fim do ano é o marketing do desespero, diante de uma situação econômica arruinada, que não tem como ser consertada a tesoura, como se faz desde Joaquim Levy.
O remédio, no Brasil, é o que eles dizem ser veneno: o Estado, com fontes de financiamento, funcionando como indutor da economia.
Ah, sim, e um mínimo de seriedade.
O “recuo” de Temer no FGTS. Não foi distração, foi marketing
Será que os bem pagos e muito louvados “gênios” da equipe econômica de Henrique Meirelles são imbecis ou distraídos para não perceberem o que um mero blogueiro, que dá palpites sobre economia apontou no mesmo dia em que se anunciou a liberação das contas inativas do FGTS?
Pois está escrito lá que, com os dados fornecidos pela própria trupe genial, que o “grosso” deste dinheiro pertencia a poucos e ia sair do Fundo para alimentar aplicações financeiras nos bancos.
E teria um efeito extremamente corrosivo sobre as disponibilidades de recursos para o financiamento de habitação para as pessoas mais pobres.
Um mês depois, estampa a Folha a “descoberta da pólvora”. Ou seja, que :
após analisar detidamente os números,
o governo descobriu que cerca de 2% dessas contas inativas concentram
um montante muito expressivo do volume total de recursos que poderia ser
sacado.
O valor deste “montante muito expressivo” não é revelado pela Folha,
mas você mesmo pode fazer uma ideia ao recordar que, como anunciado na
ocasião pelo próprio Temer, “cerca de 86% das contas inativas do FGTS
têm saldo inferior a uma salário mínimo, ou R$ 880.”Como nossa imprensa é incapaz de perguntar qualquer coisa aos governantes atuais, tive de estimar (e numa estimativa generosíssima, porque deu um valor médio de R$ 500 a cada uma destas contas com saldo abaixo do mínimo, o que é irreal) e concluir que estes depósitos alcançariam, no máximo 15% dos propalados R$ 30 bi que se injetaria na nossa combalida economia.
Restam, ao menos, 75% deles na soma dos 14% de contas com saldo superior a um mínimo. Ou R$ 25 bilhões.
Portanto, não duvide que estes “2%” tenham algo acima de R$ 5 bilhões.
Que, portanto, sairiam do FGTS para aplicações em fundos, dólar, títulos do Tesouro e por aí vai.
Mas, como já se disse ao início do texto, os “gênios” da Fazenda não são burros e além de saberem fazer contas, têm os dados que a imprensa brasileira não procurou apurar, preferindo repetir o canto otimista de que “vão entrar R$ 30 bilhões na economia”.
Vão coisa nenhuma.
A correria do “pacote de bondades” do fim do ano é o marketing do desespero, diante de uma situação econômica arruinada, que não tem como ser consertada a tesoura, como se faz desde Joaquim Levy.
O remédio, no Brasil, é o que eles dizem ser veneno: o Estado, com fontes de financiamento, funcionando como indutor da economia.
Ah, sim, e um mínimo de seriedade.
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