Os “boys” da Força Tarefa, orgulhosos de sua sabujice aos EUA
Texto mais que revelador de Helena Chagas, n’Os Divergentes:
Membros do Ministério Público tupiniquim não cabem em si de tanto
orgulho. Afinal, estão trabalhando lado a lado, em intensa colaboração
na Lava Jato, com...
Texto mais que revelador de Helena Chagas, n’Os Divergentes:
Há muitos que sonham em serem felizes como entregadores lá nos EUA: de pizza, de comida chinesa, de encomendas variadas.
Mas há também a fina flor dos boys, que acha que pode fazer entregas mais qualificadas.
A dos interesses de seu país.
Honestidade? Tente imaginar promotores americanos vindo aqui ao Brasil mostrar que a as empresas de lá roubam, trazendo documentos que sequer foram homologados pela justiça norte-americana.
Conseguiu imaginar? Eu também não.
Texto mais que revelador de Helena Chagas, n’Os Divergentes:
Membros do Ministério Público
tupiniquim não cabem em si de tanto orgulho. Afinal, estão trabalhando
lado a lado, em intensa colaboração na Lava Jato, com os bambas
mundialmente famosos do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o
famoso DoJ. Cada vírgula de cada relatório do DoJ, o órgão que trata dos
acordos de leniência nos EUA, tem repercussão internacional. Hoje, por
exemplo, corre o mundo a peça que trata das acusações de pagamento de
propina que atingem a Rolls Royce, inclusive no Brasil.
Talvez
o orgulho, ou quem sabe o deslumbramento de trabalhar junto a esses
americanos da pesada, possa explicar o esquecimento, ou a falta de
memória, dos nossos procuradores. Até hoje não contaram que praticamente
tudo o que consta do relatório do DoJ sobre a atuação da Odebrecht em
11 países – e que provocou uma série de investigações e punições em
cadeia no Peru, Panamá, Colômbia e outros – é fruto… dos acordos de
delação dos 77 executivos da própria Odebrecht, em fase de homologação
pelo STF. E de investigações feitas no Brasil.
Brasileiros e americanos trocaram
informações, mas o que foi daqui para lá é muito mais do que o que veio
de lá para cá, até porque sabe-se que foram os executivos que atuaram
nesses países que revelaram os pagamentos que fizeram em suas obras lá.
Tanto que acordos e providências divulgados nos últimos dias em nossos
vizinhos latinoamericanos já estavam engatilhados.
Antigamente, os EUA compravam a cooperação de agentes públicos brasileiros. Agora, tenho de reconhecer, é grátis.Há muitos que sonham em serem felizes como entregadores lá nos EUA: de pizza, de comida chinesa, de encomendas variadas.
Mas há também a fina flor dos boys, que acha que pode fazer entregas mais qualificadas.
A dos interesses de seu país.
Honestidade? Tente imaginar promotores americanos vindo aqui ao Brasil mostrar que a as empresas de lá roubam, trazendo documentos que sequer foram homologados pela justiça norte-americana.
Conseguiu imaginar? Eu também não.
Temer e o “marketing” com as Forças Armadas
Michel Temer, diz Ilimar Franco, em O Globo, “espera turbinar sua
popularidade com o anúncio de que as Forças Armadas atuarão no caso” da
crise penitenciária. Isto porque a instituição é tida como uma...
Michel Temer, diz Ilimar Franco, em O Globo, “espera turbinar sua popularidade com o anúncio de que as Forças Armadas atuarão no caso” da crise penitenciária.
Como é que os militares não vão ter contato com os presos? Vão esvaziar pavilhões e, com os espaços abertos, mandar os militares revistarem as celas vazias?
As polícias estaduais não são capazes, se a parte pesada – a de remover centenas de homens perigosos quase no “corpo a corpo”, fica por conta delas ?
Um efetivo de mil homens, que não chega a dois batalhões, para os mais de dois mil presídios espalhados pelo Brasil?
Mas vai render boas imagens, bons planos da tropa entrando, fuzil à mão, para revirar colchões e trapos.
O Exército Brasileiro (a tarefa caberá essencialmente a eles, com alguns Fuzileiros Navais) não merece essa utilização marqueteira.
Queira o destino que, durante este espetáculo, nada saia do roteiro e a força militar não se veja numa situação de descontrole.
Temer não tem compromisso com instituição alguma exceto a que ele acha que é.
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/Michel Temer, diz Ilimar Franco, em O Globo, “espera turbinar sua popularidade com o anúncio de que as Forças Armadas atuarão no caso” da crise penitenciária.
Isto porque a instituição é tida como
uma das que têm maior credibilidade junto à população, segundo
pesquisas de opinião. Minutos após a divulgação do fato, a Secom já
detectou mudança no humor de internautas.
Como para o poço de vaidade senil que é o atual ocupante do Planalto,
tudo se resume em promover a sua triste figura, hoje, num evento do
Sebrae em Brasília, ele resolveu explorar o filão, coomo registra o Valor.
“Fala-se muito em coragem, mas também é
preciso ousadia, e nós ousamos quando fazemos essas propostas”, disse
Temer. Desta vez, ele se referiu à crise no sistema penitenciário como
“drama infernal” — e, nesse contexto, observou que somente as Forças
Armadas têm “credibilidade e autoridade” para fazer as inspeções nos
presídios, ressalvando que os militares não terão contato com os
presos”.
Coragem? Ousadia? O que está evidente – inclusive para muitos
militares responsáveis – é que Temer está pegando carona na instituição
militar para se promover como “durão”.Como é que os militares não vão ter contato com os presos? Vão esvaziar pavilhões e, com os espaços abertos, mandar os militares revistarem as celas vazias?
As polícias estaduais não são capazes, se a parte pesada – a de remover centenas de homens perigosos quase no “corpo a corpo”, fica por conta delas ?
Um efetivo de mil homens, que não chega a dois batalhões, para os mais de dois mil presídios espalhados pelo Brasil?
Mas vai render boas imagens, bons planos da tropa entrando, fuzil à mão, para revirar colchões e trapos.
O Exército Brasileiro (a tarefa caberá essencialmente a eles, com alguns Fuzileiros Navais) não merece essa utilização marqueteira.
Queira o destino que, durante este espetáculo, nada saia do roteiro e a força militar não se veja numa situação de descontrole.
Temer não tem compromisso com instituição alguma exceto a que ele acha que é.
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