Ex-presidente panamenho Martinelli volta à prisão após crise por hipertensão

Ex-presidente panamenho Martinelli volta à prisão após crise por hipertensão

AFP / STRO ex-presidente panamenho Ricardo Martinelli chega ao Tribunal de Justiça do Panamá em 11 de junho de 2018
O ex-presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, voltou nesta quinta-feira (14) à prisão depois de ser hospitalizado por sofrer de uma crise de hipertensão no mesmo dia em que foi extraditado dos Estados Unidos para enfrentar a Justiça de seu país por acusações de espionagem.
Martinelli chegou fortemente escoltado à prisão El Renacer, às margens do Canal do Panamá. Imagens da emissora Telemetro mostraram o ex-presidente com uma camiseta branca e uma garrafa de água, enquanto era saudado por policiais na cadeia.
O ex-governante de 66 anos foi preso na segunda-feira no hospital público Santo Tomás e voltou à prisão depois que médicos forenses da Procuradoria consideraram que "a atual condição clínica do senhor Ricardo Martinelli é estável".
Após sua transferência à prisão, o Órgão Judiciário informou que na próxima terça-feira, o plenário da Suprema Corte de Justiça realizará uma audiência para "atender uma solicitação de mudança da medida cautelar" a favor de Martinelli.
Por sua condição de deputado do Parlamento Centro-americano, todos os casos contra o ex-presidente devem ser tratados pela Suprema Corte, e não pela justiça comum.
Martinelli foi extraditado na segunda-feira dos Estados Unidos, onde ficou preso por um ano, para enfrentar acusações no Panamá por supostamente espiar 150 opositores ao seu governo (2009-2014). A Corte também o investiga por outros 20 escândalos de corrupção.
No mesmo dia, após várias horas na prisão, o ex-presidente disse se sentir mal durante uma audiência. Pouco depois foi levado ao hospital com problemas de hipertensão e arritmia.
O retorno de Martinelli à prisão responde a "diretrizes do governo", disse Carlos Carrillo, um dos advogados do magnata.
"Desconhecemos os exames que estão sendo feitos e desconhecemos os resultados além do que os médicos forenses disseram", acrescentou.
O presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, pediu na quarta-feira que não politizem a extradição de Martinelli.
"Este é precisamente um caso judicial. Não politizem o tema e permitam que a Justiça faça o seu trabalho", disse Varela.
Martinelli denunciou na audiência de quarta-feira violações aos seus direitos humanos e ao processo judicial, e culpa o presidente Varela - seu antigo aliado - de levar à frente uma "vingança" contra ele.
As vítimas dos supostos grampos telefônicos suspeitam que o ex-governante, de 66 anos, tenta se livrar da prisão com artimanhas legais, e temem que os crimes atribuídos a ele fiquem impunes.

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