Trump não descarta prolongar trégua comercial 90 dias com China
AFP/Arquivos / GREG BAKEROs presidentes Donald Trump e Xi Jinping estampam jornal local
O presidente Donald Trump não descartou nesta terça-feira o prolongamento da trégua comercial de 90 dias que negociou com seu colega chinês, Xi Jinping, no sábado passado, em Buenos Aires, diante do crescente conflito entre as duas potências.
"As negociações com a China já começaram. A menos que sejam prolongadas, elas terminarão 90 dias depois da data (1o. de dezembro) do nosso jantar maravilhoso e caloroso com o presidente Xi na Argentina", afirmou Trump no Twitter.
Trump sugere que trégua comercial com China pode se prolongar
AFP / SAUL LOEBPresidente dos Estados Unidos, Donald Trump (D) e da China, Xi Jinping (E), com os membros de suas delegações, durante jantar ao fim da Cúpula de Líderes do G20 em Buenos Aires, em 1 de dezembro de 2018
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu nesta terça-feira a possibilidade de prolongar a trégua comercial de 90 dias negociada com seu homólogo chinês, Xi Jinping, para desativar a disputa comercial provocada por Washington.
O prazo começou a correr em 1 de dezembro, quando Trump se reuniu em Buenos Aires com Xi à margem da cúpula do G20 e acordou trabalhar para alcançar um acordo para retirar as tarifas de centenas de bilhões de dólares impostos pelos dois países no comércio bilateral.
Contudo, Trump não descartou que essa trégua se estenda além de 1 de março.
"As negociações com a China já começaram. A menos que se prolonguem, serão concluídas em 90 dias, a partir da data de nosso maravilhoso e cálido jantar com o presidente Xi na Argentina", escreveu Trump no Twitter.
Depois da reunião, Washington acordou frear a ameaça de Trump de aumentar as tarifas sobre US$ 200 bilhões de dólares em importações chinesas a 25% a partir de 1 de janeiro, mantendo a taxa atual de 10%.
Em troca, Washington disse que China compraria quantidades "muito significativas" de bens agrícolas, energéticos, industriais e outros produtos americanos.
No domingo, Trump disse que a China também "reduziria e eliminaria" as tarifas de 40% sobre carros, embora Pequim ainda tenha que confirmar a medida.
O representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, liderará os diálogos com o governo de Xi para ver "se um acordo real com a China realmente é possível", tuitou Trump nesta terça.
"Se for, nós faremos", acrescentou, sinalizando que "supõe-se que a China deve começar a comprar produtos agrícolas e outros imediatamente".
Os agricultores americanos foram muito afetados pelas represálias da China às exportações americanas, especialmente às vendas de soja, que despencaram.
Trump alertou que, apesar de que - como Xi - querer chegar a um acordo, ele continua sendo favorável às tarifas.
"Lembrem, sou um homem de tarifas", disse.
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