A primeira expansão do canal em 145 anos de existência
permitirá que as suas receitas mais que dupliquem até 2023, quando se
prevê que atinjam os 12,3 mil milhões de dólares (11,2 mil milhões de
euros) anuais.
A obra, realizada num ano e financiada inteiramente por investidores
egípcios, custou 7,9 mil milhões de euros e consiste numa nova via
paralela com 37 quilómetros, e no alargamento e aprofundamento da via
original numa extensão de 35 quilómetros.
A previsão do governo egípcio é que possa aumentar de 49 para 97 em
2023 o número de navios a passar diariamente pelo canal e que o tempo de
navegação seja reduzido de cerca de 20 para 11 horas.
Mahob Mameesh, chefe da Autoridade do Canal do Suez, disse na semana
passada que cerca de um milhão de empregos deverão ser criados ao longo
dos próximos 15 anos.
A cerimónia de inauguração, na cidade portuária de Ismailiya, foi
aberta por Sissi a bordo de um iate histórico que liderava uma flotilha
naval, enquanto aviões de combate e helicópteros sobrevoavam o local.
Cartazes com as frases "Novo Canal do Suez: Presente do Egito para o
Mundo" e "O milagre egípcio" foram espalhados pelas ruas do Cairo e de
Ismailiya.
O rei Abdullah da Jordânia, o presidente da Autoridade Palestiniana,
Mahmud Abbas, o presidente do Iémen no exílio, Abd Rabbo Mansur Hadi, e o
emir do Kuwait, xeque Sabah al-Ahmad Al-Sabah, estavam entre as
centenas de participantes.
A inauguração acontece dois anos depois de Sissi, então chefe das
forças armadas, ter destituído o seu predecessor, o islamita Mohamed
Morsi.
Este é um dos projetos chave de Sissi, cuja governação tem sido
marcada por uma perseguição aos membros da Irmandade Muçulmana, com
dezenas de condenações à morte, incluindo de Morsi e dos seus principais
adjuntos, bem como o combate aos extremistas do ramo egípcio do
movimento extremista Estado Islâmico, instalados na península do Sinai,
entre o canal do Suez e a fronteira com Israel.
copiado http://www.noticiasaominuto.com
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