Congresso dará a Temer tudo o que negou a Dilma
Isso inclui a CPMF e a reforma da Previdência, com o apoio de partidos, como o PSDB, que sabotaram todas as iniciativas do segundo governo da presidente Dilma Rousseff; tanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como o futuro ministro Henrique Meirelles já sinalizaram que um novo imposto será praticamente inevitável; maioria que vem sendo formada pelo vice-presidente Michel Temer no parlamento pode permitir até reformas constitucionais; ao PSDB, não resta escolha a não ser apoiar o governo Temer; até porque se um governo que já sofre críticas de ilegitimidade vier a fracassar, estará aberto o caminho para a volta do ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas, ao poder; neste domingo, no Primeiro de Maio, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a sabotagem do parlamento, que apostou no 'quanto pior, melhor', foi uma das causas da recessão atCongresso dará a Temer tudo o que negou a Dilma
Desde que venceu as eleições presidenciais de 2014, Dilma se comprometeu com um ajuste fiscal de curto prazo e também com medidas que visavam garantir a solvência futura do Estado brasileiro. No primeiro caso, a saída seria a CPMF. No segundo, a reforma da Previdência, que, segundo o ministro Jaques Wagner, seria um dos legados de Dilma.
No entanto, a oposição, ensandecida pelo impeachment, sabotou as duas iniciativas. No entanto, com a aprovação do impeachment, nada mais será como antes. Neste fim de semana, na coluna Radar, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que a criação de um novo imposto será inevitável – proposta que já conta com o aval do futuro ministro Henrique Meirelles. Discretamente, os jornais já voltam a falar na CPMF.
Da mesma forma, haverá apoio a uma reforma da Previdência, que não será muito diferente daquela que seria proposta pela presidente Dilma. Além disso, no domingo, a Folha afirmou, em sua manchete, que Temer terá maioria até para fazer reformas constitucionais – o que abrirá caminho para a flexibilização da Consolidação das Leis do Trabalho.
Na prática, o Congresso Nacional dará a Temer tudo aquilo que negou a Dilma. Até porque não resta alternativa à oposição capitaneada pelo PSDB. Se um governo Temer, que já sofre críticas de ilegitimidade vier a fracassar, estará aberto o caminho para a volta do ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas, ao poder. Seja em 2018, seja em eleições antecipadas.
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