O autorretrato “poético” do Governo Temer, nos versos de Michel Temer
Todo mundo já escreveu bobagens na vida, eu inclusive. Algumas, as
mais divertidas, nos tempos de faculdade, com uma turma de amigos que
amiga permanece até hoje chamavam-se ProduSSões Culturaes e eram
pregadas no...
Todo mundo já escreveu bobagens na vida, eu inclusive.
Algumas, as mais divertidas, nos tempos de faculdade, com uma turma de amigos que amiga permanece até hoje chamavam-se ProduSSões Culturaes e eram pregadas no mural da sala, onde se digladiavam dois grupos: o MAU, Movimento Anarquista Universitário e o BEM, Bloco de Extermínio ao MAU.
Óbvio que era, como se diz hoje, “zoação”, mas bom treino para a escrita e para a datilografia, arte obrigatória então.
Hoje, dei de cara com uma reportagem da Folha, de 2013 (juro, está aqui)sobre o livro de poesias de Michel Temer, do qual acabou ficando conhecida a irônica “Embarquei na tua nau/Sem rumo”.
Ali, há outras. Tudo muito ruim, um troço que chega a fazer duvidar – mais ainda – da capacidade intelectual do mesoclítico ocupante da cadeira presidencial.
Ninguém ali na sala do velho prédio da Escola de Comunicação da UFRJ – que não por isso já foi hospício nos tempos do Imperador – , era capaz de cometer tamanha porcaria pomposa. Nem no BEM, nem no MAU, se escrevia tão mal.
Mas o aprendizado faz com que a gente seja capaz de perceber quando um texto, mesmo ruim, tem verdades.
E, com o espírito gaiato da juventude, acabei de notar que Temer, anos atrás, fez um autorretrato de seu governo, bastando um ligeiríssimo copydesk no seu poema, trocando a primeira palavra, que era escrever, pelo que faz agora: governar.
Ao que parece, com a mesma péssima qualidade, veja só:
COPIADO http://www.tijolaco.com.br/blog/o-a
O autorretrato “poético” do Governo Temer, nos versos de Michel Temer
Todo mundo já escreveu bobagens na vida, eu inclusive.
Algumas, as mais divertidas, nos tempos de faculdade, com uma turma de amigos que amiga permanece até hoje chamavam-se ProduSSões Culturaes e eram pregadas no mural da sala, onde se digladiavam dois grupos: o MAU, Movimento Anarquista Universitário e o BEM, Bloco de Extermínio ao MAU.
Óbvio que era, como se diz hoje, “zoação”, mas bom treino para a escrita e para a datilografia, arte obrigatória então.
Hoje, dei de cara com uma reportagem da Folha, de 2013 (juro, está aqui)sobre o livro de poesias de Michel Temer, do qual acabou ficando conhecida a irônica “Embarquei na tua nau/Sem rumo”.
Ali, há outras. Tudo muito ruim, um troço que chega a fazer duvidar – mais ainda – da capacidade intelectual do mesoclítico ocupante da cadeira presidencial.
Ninguém ali na sala do velho prédio da Escola de Comunicação da UFRJ – que não por isso já foi hospício nos tempos do Imperador – , era capaz de cometer tamanha porcaria pomposa. Nem no BEM, nem no MAU, se escrevia tão mal.
Mas o aprendizado faz com que a gente seja capaz de perceber quando um texto, mesmo ruim, tem verdades.
E, com o espírito gaiato da juventude, acabei de notar que Temer, anos atrás, fez um autorretrato de seu governo, bastando um ligeiríssimo copydesk no seu poema, trocando a primeira palavra, que era escrever, pelo que faz agora: governar.
Ao que parece, com a mesma péssima qualidade, veja só:
Governar é expor-se.
Revelar sua capacidade
Ou incapacidade.
E sua intimidade.
Nas linhas e entrelinhas.
Não teria sido mais útil silenciar?
Deixar que saibam-te (sic) pelo que parece que és?
Que desejo é este que te leva a desnudar-te?
A desmascarar-te?
Que compulsão é esta?
O que buscas?
Será a incapacidade de fazer coisas úteis?
Mais objetivas?
É por isso que procuras o subjetivo?
Para quem a tua mensagem?
Para ti?
Para outrem?
Não sei.
Mais uma que faço sem saber por quê.
Nem nós, Michel, nem nós!COPIADO http://www.tijolaco.com.br/blog/o-a
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