Crise econômica Destino de reformas propostas por Temer preocupa os investidores. Veja oa Gráficos .....A lista de dúvidas e preocupações, no entanto, é longa. A principal delas é sobre o resultado que o presidente, Michel Temer, obterá com as reformas que propõe para pôr em ordem as contas públicas......

Estamos perdidos.

Crise econômica Destino de reformas propostas por Temer preocupa os investidores Governo Temer


Economistas e investidores têm neste momento duas certezas: a economia brasileira voltará a crescer no próximo ano e Dilma Rousseff será afastada da Presidência da República nesta semana.
A lista de dúvidas e preocupações, no entanto, é longa. A principal delas é sobre o resultado que o presidente, Michel Temer, obterá com as reformas que propõe para pôr em ordem as contas públicas.
Para mais de uma dezena de analistas consultados pela Folha, Temer conseguirá a aprovação do teto para o aumento dos gastos do governo, proposta que depende de mudança na Constituição.
A previsão da maioria é que pelo menos a primeira parte da votação, na Câmara dos Deputados, ocorrerá neste ano. Para entrar em vigor, o limite de despesas tem que passar por duas votações na Câmara e duas no Senado.
A preocupação é sobre o conteúdo que vai prevalecer, dada a resistência a algumas mudanças, especialmente ao dispositivo que prevê o fim das regras que hoje destinam parcelas fixas do Orçamento para saúde e educação.
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BRASIL
TURQUIA
COLÔMBIA

6,6% é a queda da moeda norte-americana desde que Temer chegou à Presidência da República

9,3% é a valorização da Bolsa desde que Temer assumiu o poder inteirinamente
DILUIÇÃO
A "diluição", como os analistas já apelidaram as eventuais alterações no projeto original enviado pelo governo, pode colocar em xeque a eficácia da própria medida.
"Se a vigência do teto for muito curta, ou optarem por retirar educação e saúde, o mercado pode voltar a estressar", diz Marcelo Kfoury, superintendente da área econômica do Citibank no Brasil.
Desde que Temer assumiu interinamente a Presidência, o mercado vive uma onda de alta. A Bolsa subiu 9,39%, o dólar caiu e a percepção de risco do país recuou 20%.
Parte desse otimismo veio da calmaria dos mercados no exterior. Porém, estudo do economista Lívio Ribeiro, da Fundação Getulio Vargas, conclui que expectativas criadas pela troca de governo acentuaram o movimento.
Isso produziu uma espécie de colchão de confiança, que deixou o Brasil em situação melhor do que a de seus pares, indicando uma certa boa vontade com Temer.
"O ritmo de aprovação das reformas e a diferença entre o que for proposto e o que for aprovado serão determinantes para a continuidade desse processo", afirma Ribeiro.
Para todos os analistas entrevistados, o cronômetro de Temer será acionado assim que a interinidade acabar e ele tiver condições de convencer o Congresso a aprovar as medidas na área fiscal.
Recuos em votações recentes no Congresso, em que foram aprovados aumentos salariais para o funcionalismo e um novo limite para os gastos dos Estados, lançaram dúvidas sobre o comprometimento do governo com o ajuste.
"A incerteza é grande. Há dúvidas sobre qual é a verdadeira intenção de ajuste por parte do governo e sobre até que ponto o Congresso está ciente da premência desse ajuste", diz Alberto Ramos, diretor de pesquisas econômicas para América Latina do banco Goldman Sachs.
Essas dúvidas aumentaram a pressão para que Temer entregue logo o teto dos gastos, considerado um primeiro passo essencial para frear a expansão da dívida pública, que passou de 52% do PIB (Produto Interno Bruto) em janeiro de 2014 para 68% em junho de 2016.
"Essa parte do ajuste abrirá espaço para que o Banco Central comece a cortar juros. Essas duas medidas freariam a expansão da dívida pública", diz Luiz Gonzaga Belluzzo, professor da Unicamp.
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O segundo passo considerado fundamental para diminuir o risco de uma crise de insolvência do país é a aprovação da reforma da Previdência, cujos gastos crescem em ritmo acelerado e, se nada for feito, vão comprimir as demais despesas governamentais após a aprovação do teto dos gastos públicos.
Mauro Schneider, economista da consultoria MCM, observa que Previdência, pessoal e subsídios respondem por três quartos dos gastos do governo. Todos têm regras próprias de crescimento, que, se não alteradas, inviabilizam a ideia do teto de gastos.
A expectativa dos economistas é que o governo Temer apresente uma proposta de reforma da Previdência ainda neste ano, com a fixação de idade mínima e o fim de regimes especiais, como os que permitem que professores se aposentem mais cedo.
A aprovação ocorreria, segundo grande parte dos analistas, em 2017, apesar da esperada difícil tramitação.
"Este semestre será de batalha na comunicação para o governo, que terá que defender e explicar os principais pontos em discussão, para ganhar apoio popular e político. A reforma deverá avançar em 2017", diz Schneider.

copiado  http://www1.folha.uol.com.br/poder

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