Após longa espera, 'Pokémon GO' chega ao Brasil
Já é possível baixar o aplicativo na Apple e na Google Store
por Sérgio Matsuura e Paula Ferreira
03/08/2016 18:12 / Atualizado
03/08/2016 21:11
Jogo
usa realidade aumentada para mostrar monstrinhos virtuais em
ambientes reais - NICOLAS MAETERLINCK / AFP
Usuários já identificaram um ginásio no Estádio Olímpico, no Engenho de Dentro, e na Casa de Rui Barbosa, em Botafogo. A Praça Santos Dumont, a PUC e o Jockey Club, além do Píer Dona Augusta e do Monumento dos Recicladores, na Barra, também são ginásios. No jogo, a redação do GLOBO é uma das Pokéstops espalhadas pela cidade. Há relatos de "Pikachu" e "Metapod" no Jardim Botânico. O jogo usa a tecnologia da realidade aumentada para levar para as telas dos smarphones personagens virtuais, que se misturam com o ambiente real captado pelas câmeras. Os monstrinhos ficam espalhados pelas cidades, e os jogadores são convidados a circular pelas ruas atrás deles.
Fã da franquia japonesa, a publicitária Jessica Marins teve uma grata surpresa na saída do trabalho. Passando de ônibus pela rua São Clemente em Botafogo já conseguiu capturar um "Zubat" e o "Magikarp". Segundo ela, a centenária Casa de Rui Barbosa é um ginásio.
- É incrível, me sinto uma mestre Pokémon. Tem um menino que já está no nível 21 e está dominando os ginásios aqui em Botafogo. Vou ter que treinar muito para recuperar o tempo perdido- brincou, contando ainda que está sendo ignorada por seu namorado desde quando foi noticiado o lançamento no Brasil:
O ambiente de trabalho da editora Paula Drummond não foi mais o mesmo após o lançamento do jogo. Ela conta que, após dias de espera, quando o game foi disponibilizado, a mobilização foi geral.
-Estávamos a semana inteira esperando sair. Dois departamentos estavam atualizando toda hora (o aplicativo). Quando saiu, todos correram pelas baias e gritaram. Aí ficamos andando pela editora para ver o que tinha por aqui- conta ela.
O jogo também já chegou ao interior de Minas Gerais, na cidade de Itajubá, onde o universitário Lellis Barboza já capturou um "Bulbasaur", um "Zubat", um "Pidgey" e um "Paras".
- Estou infartando, uma abelha acabou de picar minha cara e eu não vi, mas nem ligo, quero jogar- contou rindo, antes de dar uma bronca na reportagem: - Você quer que eu fique respondendo as coisas no meio da minha caçada.
A notícia se espalhou rapidamente pelas redes sociais. Pelo Twitter, muitos jogadores já compartilham a alegria de capturar um Pokémon:“Realizando um sonho de me tornar um mestre Pokémon!”, escreveu Melody Bruni.
Desde o lançamento oficial, no dia 6 de julho, “Pokémon Go” se transformou em uma febre onde foi lançado. Inicialmente, apenas EUA, Austrália e Nova Zelândia receberam o título, mas desde então ele já foi lançado em mais de 30 países, e superou a marca de 100 milhões de downloads, segundo a consultoria App Annie.
O lançamento do jogo em diversos países do mundo foi recheado de polêmicas e fatos inusitados. O Museu Memorial do Holocausto, em Nova York, pediu que os jogadores parassem de entrar no memorial apenas para capturar Pokémons. O mesmo pedido foi feito pelo Memorial de Hiroshima, no Japão, e até mesmo pela operadora da usina nuclear de Fukushima.
Um jovem chegou a perder a namorada após ser flagrado jogando Pokémon GO na casa da ex, em Nova York. O jogo também serviu de isca para ladrões, que utilizavam o aplicativo para identificar onde suas vítimas iriam para caçar os bichinhos e aproveitar para roubá-las.
A expectativa dos brasileiros pelo lançamento do jogo aumentou nos últimos dias. Na segunda-feira, a Niantic se desculpou com os brasileiros pela demora e, nesta quarta, pelo conta oficial do jogo no Twitter, a companhia afirmou estar trabalhando duro para trazer o game para o país.
copiado http://oglobo.globo.com/brasil/
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