Jamil Chade e o abandono de Temer na festa do Maracanã
Jamil Chade, correspondente do Estadão na Europa – a quem todos,
menos Ricardo Teixeira, ex-CBF, de quem ele mostrou os podres em Andorra
– o consideram um magnífico repórter. Ele teve acesso à área...
Jamil Chade, correspondente do Estadão na Europa – a quem todos, menos Ricardo Teixeira, ex-CBF, de quem ele mostrou os podres em Andorra – o consideram um magnífico repórter. Ele teve acesso à área das autoridades na festa de ontem e relata o clima de esvaziamento quase total da presença (melhor dizer: da ausência) de governantes estrangeiros.
E os poucos que foram, prudentemente, escolheram sentar longe de Temer na tribuna de honra (!?) do estádio.
Dos países considerados “grandes”, apenas França e Itália, mas por uma simples razão: Paris e Roma disputam a chance de sediar a Olimpíada de 2024, a mesma razão que explica a presença do presidente da Hungria, Janos Áder, poque Budapeste é candidata a sediar o evento.
Dispensam-se os adjetivos: é o retrato do isolamento político do governo golpista do Brasil.
A palavra de ordem entre os estrangeiros é o “sai fora de Temer”.
Leia o relato de Chade:
Jamil Chade, correspondente do Estadão na Europa – a quem todos, menos Ricardo Teixeira, ex-CBF, de quem ele mostrou os podres em Andorra – o consideram um magnífico repórter. Ele teve acesso à área das autoridades na festa de ontem e relata o clima de esvaziamento quase total da presença (melhor dizer: da ausência) de governantes estrangeiros.
E os poucos que foram, prudentemente, escolheram sentar longe de Temer na tribuna de honra (!?) do estádio.
Dos países considerados “grandes”, apenas França e Itália, mas por uma simples razão: Paris e Roma disputam a chance de sediar a Olimpíada de 2024, a mesma razão que explica a presença do presidente da Hungria, Janos Áder, poque Budapeste é candidata a sediar o evento.
Dispensam-se os adjetivos: é o retrato do isolamento político do governo golpista do Brasil.
A palavra de ordem entre os estrangeiros é o “sai fora de Temer”.
Leia o relato de Chade:
O Itamaraty havia anunciado que 45 chefes-de-estado e de governo estariam na abertura dos Jogos Olímpicos, na noite desta sexta-feira. Mas uma lista obtida pelo Estado revela
que o número total foi de apenas 18, sendo que os demais eram apenas
vice-primeiros ministros, governadores e autoridades de segundo
escalão.
A reportagem do Estado foi
a única a entrar nos camarotes presidenciais e constatou como muitos
dos locais VIPs permaneceram vazios, enquanto ministros e autoridades
circulavam sem qualquer compromisso. Alguns deles ainda tiveram tempo
para abrir freezers para escolher sorvetes ou conversar sobre as apostas
de medalhas.
Depois de Londres em 2012 receber
mais de 90 chefes-de-estado, de Pequim ter mais de 70, Atenas com 48 e
Sidnei com 24, a Rio-2016 acabou sendo prejudicada pelo caráter interino
do governo brasileiro, da crise e, segundo o Itamaraty, pela
“distância” que representa uma viagem até o País.
Estavam no Maracanã apenas os líderes
máximos de Andorra, Argentina, Bélgica, Eslováquia, Fiji, França,
Geórgia, Holanda, Hungria, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Monaco,
Paraguai, Portugal, República Tcheca Servia e Suíça. Na lista do
governo, o Planalto incluiu ainda os dignitários que, no fundo, eram
membros do COI, como os de Luxemburgo e Monaco, e que tinham obrigação
de estar em seu próprio evento.
Ainda estavam presentes
vice-primeiros ministros, vice-presidentes ou príncipes da China,
Jordânia, Guiné Equatorial, San Marino ou Uzbequistão. Alguns chefes de
diplomacia também estavam na lista, como o americano John Kerry. A lista
se contrasta com o que o governo anunciava ainda em maio de que tinha
mais de 50 pessoas confirmadas e que esperava chegar a 70 convidados
VIP.
A ausência era
nitidamente notada nos corredores internos do estádio, vazios e com
comida, funcionários e seguranças sobrando. A falta de líderes
internacionais ainda permitia tempo para que ministros e políticos
brasileiros usassem o tempo para conversar, sem ter de recepcionar os
estrangeiros.
Enquanto as delegações desfilavam, o
ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, conversava numa das mesas com o
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Em outro canto, o chanceler
José Serra falava ao telefone. O ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, circulava ainda tranquilamente, buscando algo para beber nos
balcões vazios dos bares montados no local.
O governo brasileiro tentou convidar
os poucos líderes a ficar no principal camarote, ao lado de Michel
Temer, presidente interino. Sem sucesso, o local foi preenchido por
diversos ministros do governo e autoridades municipais e do governo do
estado. Antes mesmo de terminar o evento e logo depois do desfile da
delegação da França, o presidente François Hollande deixou o Maracanã, à
francesa.
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/j
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