Propostas País tem 34 siglas em formação País tem 34 siglas em formação Salário público para mulher com filhos é uma das plataformas defendidas pelos novos partidos


Propostas

País tem 34 siglas em formação  

Salário público para mulher com filhos é uma das plataformas defendidas pelos novos partidos

PUBLICADO EM 07/08/16 - 03h00
São Paulo. Prisão perpétua, trabalho forçado para presos, salário público para mulher que tiver filhos. Essas são algumas das propostas dos 34 partidos que estão em formação no país, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A cifra quase iguala ao número de partidos já registrados hoje, que somam 35. Essas legendas têm nomes tão curiosos quanto suas plataformas: Partido do Servidor Público e Privado, Partido Carismático Social, Partido Militar Brasileiro, Partido Piratas.
Se elas forem homologadas, o Brasil chegará à marca de 69 siglas, que, mesmo sem receberem nenhum voto, terão direito ao dinheiro do fundo partidário, a condições de propaganda em TV e rádio e a disputas sem cláusula de barreira. “O problema é que, em nenhum país do mundo, exceto no Brasil, uma legenda, só por obter registro, sem sequer concorrer numa eleição, tem direito ao fundo partidário”, afirma o cientista político da UFRJ Jairo Nicolau. O Partido da Causa Operária (PCO) ilustra o raciocínio do especialista. Tendo elegido apenas um vereador em 21 anos de existência e contando com menos de 3.000 filiados, o PCO obteve R$ 1,3 milhão do fundo em 2015.
Embora alguns presidentes das siglas em formação reconheçam a existência de eventuais interesses financeiros na criação das legendas, eles negam que a motivação seja essa. “A gente sabe que não existe maior negócio no Brasil hoje do que abrir igreja, sindicato ou partido. A igreja tem o dízimo; o sindicato, o imposto sindical; e o partido, o fundo partidário”, diz o advogado da União Abraão Gracco, presidente do Movimento Cidadão Comum (MCC). No estatuto, o MCC afirma que abrirá mão do dinheiro público e proibirá que seus candidatos melhorem de vida graças a cargos eletivos.
Os partidos atuais são acusados pelos organizadores das siglas em gestação de serem pouco democráticos e impenetráveis para pessoas de fora da hierarquia partidária. “Tem muito partido que exige dinheiro da pessoa para que ela saia candidata. Por isso, não quis entrar em algum que já existisse. É muito complicado”, afirma o presidente do novo Prona, o sindicalista Marcelo Vivório Alves.
Reforma eleitoral. O PSDB, integrante da base do governo interino de Michel Temer, lançou, recentemente, seis tópicos de reforma política, e, entre as mudanças propostas estão dois pontos nevrálgicos para a formação de novos partidos e a sobrevivência de legendas nanicas. Um é o fim da coligação para eleições proporcionais. A manobra faz com que partidos menores atinjam o quociente eleitoral e conquistem cadeiras no Congresso, aproveitando-se dos votos das siglas maiores. Outra medida é a cláusula de barreira, um percentual de votos que todos os partidos precisam obter se quiserem ter acesso não apenas a assento no Congresso mas também a recursos do fundo partidário e de tempo de propaganda de TV e rádio.

Redes sociais

Segundo estudo, eleitor ignora propostas de candidatos

São Paulo. Geralmente pautados pela mídia, os eleitores ativos nas redes sociais reagem a uma infinidade de assuntos diferentes e fazem piadas. Em relação ao último pleito, só houve engajamento em massa nos dez últimos dias anteriores. É o que revelou estudo feito sobre o comportamento da internet nas eleições presidenciais de 2014.
A pesquisa foi realizada pela consultoria Medialogue, que utilizou dados coletados no Facebook e no Twitter de 5 de julho a 5 de outubro, data do primeiro turno das eleições presidenciais, mencionando os então candidatos ao segundo turno, a vencedora Dilma Rousseff (PT) e o segundo colocado Aécio Neves (PSDB).
Apenas 4% das postagens giraram em torno das propostas de governo dos candidatos. Já comparação, piadas e memes somaram o quádruplo de postagens.
O estudo revelou que a maior parte das conversas (70%) foram reações ao noticiário, sobretudo de grandes jornais, emissoras de TV e institutos de pesquisa.
A pesquisa mostrou que os debates são o ponto alto das eleições quando se fala em engajamento dos usuários das redes sociais. “Ir bem nos debates é fundamental. É o momento de maior engajamento, quando o maior número de pessoas entra na discussão eleitoral”, diz um dos autores do estudo Alexandre Secco.
Ao todo, 10 milhões de pessoas falaram sobre eleições no período analisado. Porém, um quarto das postagens foi feita nos últimos dez dias, o que indica que o usuário médio só se engajou no tema no fim da campanha, e, no restante do tempo, é provável que houve a chamada “pregação para convertidos” – ou seja, eram de pessoas que já tinham definido voto. “As pessoas relutam em tomar posição, mas elas acompanham o que está acontecendo o tempo todo”, explica Secco.
Outra característica interessante levantada pelo estudo é como os assuntos mudam rapidamente ao longo do processo eleitoral. Em um dos dias da campanha os internautas chegaram a discutir 40 polêmicas diferentes. “Houve um lapso entre o que diziam candidatos e o que era discutido pela rede, como se a campanha ocorresse em mundos paralelos, lentamente do lado de “fora” e na velocidade da luz no mundo digital”. Segundo Secco, quase sempre os assuntos estavam ligados ao que a imprensa noticiava ao longo do dia.
Artifício
São Paulo. Todos os pré-candidatos aumentaram muito os seguidores, nos últimos meses, criando fatos. Para Alexandre Secco, eles podem ter dificuldade de manter audiência durante a disputa.
 copiado  http://www.otempo.com.br/

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