O que a Veja quer de Toffoli? Médicos não amam a morte


segundavez 

O que a Veja quer de Toffoli?

Quando a Veja ataca alguém, pode ser simplesmente coisa de uma revista suja. Agora, quando a Veja faz campanha contra alguém, pode ter certeza que há algum interesse em jogo. Em agosto passado, a...Por · 04/02/2017

Quando a Veja ataca alguém, pode ser simplesmente coisa de uma revista suja.
Agora, quando a Veja faz campanha contra alguém, pode ter certeza que há algum interesse em jogo.
Em agosto passado, a revista deu uma capa sobre uma “delação” contra o ministro José Carlos Dias Toffoli que não tinha pé nem cabeça, acusando-o de receber uma obra de impermeabilização de laje em sua casa como “propina”.
Claro que os milhões de Serra e Aécio nunca foram capa, não é?
Bem, agora em outra chamada de capa – onde aconselha Luís Fachin a “acelerar” a Lava Jato – diz que o Ministério Publico  quer afastar Toffoli do julgamento dos casos vindos de Sérgio Moro.
Lá dentro você vê que tratam-se de duas “graves” denúncias.
A primeira é que Toffoli teria aceito o pedido de um amigo para reexaminar uma decisão judicial, não importando à revista, claro, se as razões eram boas e se o pedido de reconsideração foi espontâneo, não induzido. Será que pedir para dar atenção a um processo é crime e de tal gravidade?
Não, o crime grave do qual a revista acusa o ministro é semelhante à  infiltração da laje.
É que Toffoli teria ido a festas em Brasília onde havia pessoas suspeitas. Só há uma maneira em Brasília de não ir a festas com pessoas suspeitas presentes: é não ir á festa alguma.
Espera-se, então, que cm tais critérios de moralidade, a Veja peça o afastamento de Gilmar Mendes, por frequentar almoços, jantares e até a casa, nos finais de semana, de pessoas suspeitas na Lava Jato, como Michel temer, José Serra, Aécio neves, todos citados pelos delatores.
Há duas questões, nas duas capas da revista:
É se a Veja decide por Rodrigo Janot.
E se foi por ordens de Curitiba.
bocadoacre 

Médicos não amam a morte

Não dá nenhuma alegria a decisão dos empregadores de dois dos médicos envolvidos na monstruosa chacota feita nas redes sociais com o AVC de Marisa Letícia Lula. Também não tenho “peninha” do que lhes...
bocadoacre
Não dá nenhuma alegria a decisão dos empregadores de dois dos médicos envolvidos na monstruosa chacota feita nas redes sociais com o AVC de Marisa Letícia Lula.
Também não tenho “peninha” do que lhes aconteceu: são adultos e caso se pretendam médicos  o mínimo que que se pode pedir a quem confiamos para nos abrir a barriga a bisturi é que saiba, ao menos, fechar a própria boca  quando o ódio quer transformá-la em cloaca.
O que me entristece, mesmo, são duas outras coisas.
O primeiro é o grau de degradação no comportamento humano é tanto que chegamos a um ponto em que xingar tornou-se algo que perdeu todos os limites, até os da decência profissional.
E não pense que é só à direita, não: há os que se dizem de esquerda mas não vão além de querer, como um Bolsonaro, a desgraça, a supressão, a morte  de alguém por suas convicções.
Este, o campo do ódio, é o terreno deles e não vou dar ao meu adversário a vantagem de jogar na sua casa de horrores. Nosso campo é o da civilização, da humanidade, da dignidade e da tolerância.
O segundo, e isso é mais constrangedor, é que estas pessoas ganharam habilidades e conhecimentos médicos com o dinheiro da população, com o dinheiro do Estado brasileiro, na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul,  mas não se sentem devedores – por isto ou por sua profissão – sequer de um mínimo de equilíbrio em seu comportamento social, que dirá de humanidade.
Hoje mesmo, cedo, li a mensagem de meu amigo – e médico – Eduardo Costa, comemorando o fato de, há 50 anos, ter entrado no Serviço Especial de Saúde Pública (SESP), criado por Vargas e ampliado por Juscelino – um “Mais Médicos” de 70 anos atrás, e com apoio não dos cubanos, mas de Franklin Roosevelt –  para levar saúde à Amazônia e ao Vale do Rio Doce. Ambos eram quase desertos humanos, aos quais  a borracha e a exploração mineral levaram gente pobre, gente desassistida, igualzinho a milhões de brasileiros que ainda estão assim, nas lonjuras ou nas periferias urbanas.
Conta um pouco da história, dele e de outros médicos gaúchos que foram para a Amazônia, onde ” não tinha água encanada, e luz (só) de um motorzinho que funcionava das 19 às 21 horas”. Era a Boca do Acre, no Amazonas; era Brasil e era lugar onde havia seres humanos vindo de longe, como os 56 cearenses que fundaram o lugar, entre eles Alexandre de Oliveira Lima. que enricou e ganhou o apelido de Barão de Boca do Acre.
Isso, gente que veio de longe para essa terra de oportunidades, como vieram os Casa e os Rocco, pais e avós italianos de Marisa Lula e como vieram também os país e avós árabes do Dr. Richam, o que desejou que seus colegas fizessem logo ela “dilatar as pupilas”.
Ao longo da vida, alguns de meus melhores amigos foram ou são médicos. Sei que sua tristeza, neste momento, é maior que a minha, porque a profissão é, para muito de nós, a única religião e seu deus é a dignidade dos nossos semelhantes.
Nos anos 80, logo que surgiu a Aids e não havia praticamente com o que tratá-la, um deles que tratava pacientes muitas vezes  terminais, dizia que se não pudesse fazer mais nada, dar a eles o direito a morrer numa cama limpa era ser médico.
Os que fizeram esta brutalidade não são. Nem podem ser, até que se curem do ódio.
copiado  http://www.tijolaco.com.br/blog/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Ao Planalto, deputados criticam proposta de Guedes e veem drible no teto com mudança no Fundeb Governo quer que parte do aumento na participação da União no Fundeb seja destinada à transferência direta de renda para famílias pobres

Para ajudar a educação, Políticos e quem recebe salários altos irão doar 30% do soldo que recebem mensalmente, até o Governo Federal ter f...