Queda de Parente: o problema não acaba, a crise também não
A escolha do novo presidente da Petrobras é o próximo capítulo da novela do preço dos combustíveis, que teve seu primeiro clímax com a paralisação dos caminhoneiros. E que está longe de acabar.
Hoje, dificilmente sairá o nome do ocupante do cargo “definitivo”, seja por conta das disputas políticas – lembre-se que é Moreira Franco, Ministro das Minas e Energia, quem deverá formalizar a indicação do escolhido – seja pela dificuldade em encontrar algum nome capaz de dar ao “mercado” a ideia de que não se interferirá na política de preços.
Até porque é inevitável que se interfira.
Parente estava cercado e já previa que poderia sair, tanto que deixou “standby” o cargo de presidente da BRF, que estava à sua disposição.
Está claro que não existem mais objetivos de longo prazo e, neste momento, nada preocupa mais o Governo em evitar que se consume a reunião de elementos que exploda o único patrimônio que ainda lhe resiste: a taxa de inflação “civilizada” e, com ela, o nível da taxa de juros públicos.
Porque estes elementos, a começar pela sustentação do dólar acima do patamar de R$ 3,70, estão todos presentes e, agora, agravados pela elevação dos preços do setor que vinha segurando altas inflacionárias: o de alimentação.
Parente estava cercado e já previa que poderia sair, tanto que deixou “standby” o cargo de presidente da BRF, que estava à sua disposição.
Petroleiros comemoram saída de Parente. Assista
Funcionários da Petrobras concentrados na porta da Refinaria Gabriel Passos, em Betim, comemoraram a notícia da demissão de Pedro Parente da presidência da empresa. , uma das reivindicações da categoria na greve abortada ontem, depois do acumpliciamento da Justiça ao governo, estabelecendo multas estratosféricas aos sindicatos, caso a paralisação seguisse.
Como na época da ditadura, estamos chegando a um ponto em que notícias boas só se lê nos obituários “políticos”.
Aliás, para quem gostar de clima fúnebre, sugere-se assistir, neste momento, a programação da Globonews.
A defenestração de Parente é apenas mais um parágrafo em outro destes textos necrológicos: o de Michel Temer.
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/l
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