Incidentes armados contra o governo de Maduro Maduro saiu ileso, nesse sábado (4), de um suposto atentado com drones que carregavam explosivos durante uma cerimônia militar em Caracas Crise na Venezuela Maduro prepara resposta dura após denúncia de atentado O que se sabe até agora sobre 'atentado' Colômbia nega elo com suposto ataque EUA não estão envolvidos, diz assessor

O presidente anunciou a prisão de vários dos envolvidos, sem especificar suas identidades / Foto: Juan BARRETO / AFP

Incidentes armados contra o governo de Maduro

Maduro saiu ileso, nesse sábado (4), de um suposto atentado com drones que carregavam explosivos durante uma cerimônia militar em Caracas


O presidente anunciou a prisão de vários dos envolvidos, sem especificar suas identidades
Foto: Juan BARRETO / AFP
AFP

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, enfrentou três incidentes armados desde que assumiu o poder em 2013: o suposto atentado com explosivos denunciado no sábado (4), o ataque a uma unidade militar e a rebelião do ex-policial Oscar Pérez.

 'Atentado'

Maduro saiu ileso, nesse sábado (4), de um suposto atentado com drones que carregavam explosivos durante uma cerimônia militar em Caracas, denunciou o mandatário, culpando a "ultradireita" - como se refere à oposição -, o atual presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e ex-aliados nos Estados Unidos. 
"Trata-se de um atentado para me matar, tentaram me assassinar no dia de hoje (...) Não tenho dúvidas de que o nome de Juan Manuel Santos está por trás deste atentado", afirmou Maduro.
O presidente anunciou a prisão de vários dos envolvidos, sem especificar suas identidades. 
Maduro garantiu que uma das bombas explodiu em frente à sua tribuna e outra atrás da dos convidados. 
O governo afirmou que sete militares ficaram feridos. Parte do ocorrido foi filmado pela emissora estatal VTV.
Maduro estava terminando seu discurso quando um barulho chamou sua atenção. Ele tenta encontrar a fonte, bem como sua esposa, Cilia Flores, e o ministro da Defesa, o general Vladimir Padrino López.
Antes de o canal cortar a transmissão, pode-se ver dezenas de militares correndo de forma desordenada.
Em fotos divulgadas pela imprensa, é possível ver os seguranças de Maduro protegendo-o com um colete à prova de balas.

Ataque a forte militar

Em 6 de agosto de 2017, 20 homens, entre eles três militares, atacaram o forte de Paramacay, na cidade de Valencia (norte). 
Os homens enfrentaram os agentes que cuidavam das instalações durante mais de três horas. Dois deles foram mortos, oito presos e o restante escapou com armas. 
O grupo era liderado pelo ex-capitão da Força Armada, Juan Carlos Caguaripano, preso com outro dos envolvidos em 11 de agosto.
Antes da ação, Caguaripano afirmou em um vídeo que estava em rebelião contra a "tirania ilegítima de Nicolás Maduro". Ele tinha sido expulso das filas militares em 2014 por rebelião e traição.
O ministro da Defesa classificou esse ataque como um "ato terrorista". 
No vídeo, Caguaripano garantiu que sua ação não era um golpe de Estado, mas uma operação para "restabelecer a ordem constitucional".

Piloto rebelde

Em 27 de junho de 2017, em meio a protestos contra Maduro que deixaram 125 mortos, o ex-policial Óscar Pérez liderou, de um helicóptero, um ataque com granadas e armas de fogo contra os prédios do Tribunal Supremo de Justiça e do Ministério do Interior no centro de Caracas.  
Após o atentado, Pérez publicou vários vídeos em suas redes sociais nos quais pedia a renúncia de Maduro e dizia que seu objetivo era "restabelecer a ordem constitucional". Aparecia acompanhado por quatro homens encapuzados e fortemente armados.
O ex-piloto da polícia científica e ator fugiu e passou vários meses na clandestinidade. 
Em dezembro de 2017, um comando dirigido pelo ex-agente prendeu militares da Guarda Nacional e roubou 26 fuzis kalashnikov e munições na Laguneta de La Montaña (estado de Miranda, no norte). Pérez divulgou vídeos do ataque nas redes sociais.
Em 15 de janeiro, ele foi abatido com seis de seus colaboradores durante uma operação para capturá-lo, nos arredores de Caracas. 
Outros membros do grupo foram presos, após um confronto que durou várias horas e que Pérez conseguiu publicar nas redes sociais. A oposição denunciou uma "execução extrajudicial".
copiado https://jconline.ne10.uol.com.br/canal/mundo/internacional

       Crise na Venezuela Maduro prepara resposta dura após denúncia de atentado 

´

Maduro prepara contraofensiva após denunciar tentativa de assassinato




Caracas, 5 Ago 2018 (AFP) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, prepara uma resposta dura à tentativa de assassinato que denunciou no sábado, o que provoca temores de uma onda repressiva contra seus adversários.

Maduro, que afirma ter sido vítima de um ataque com drones carregados de explosivos, do qual escapou ileso, já anunciou várias detenções e prometeu ir "a fundo" nas investigações.

"Voltou a fracassar e na Venezuela tem que existir justiça porque atentaram contra minha vida", afirmou sobre o incidente que deixou sete militares feridos, segundo o governo.

"Justiça! Máximo castigo! E não vai haver perdão, os que se atreveram a ir até o atentado pessoal que esqueçam o perdão, os perseguiremos e os capturaremos onde quer que estejam escondidos. Eu prometo", advertiu em um discurso ao país no sábado à noite.

Diante de uma enorme rejeição popular em consequência do colapso econômico Maduro atribuiu o ataque à "ultradireita", como se refere à oposição, e ao presidente colombiano, Juan Manuel Santos.

O presidente citou uma entrevista de Santos esta semana à AFP, na qual disse que via "próxima" sua queda.

"Trata-se de um atentado para me matar, tentaram me assassinar no dia de hoje (...) Não tenho dúvidas de que o nome de Juan Manuel Santos está por trás deste atentado", afirmou Maduro.

Santos entregará o poder na próxima terça-feira ao vencedor das recentes eleições presidenciais, o político de direita Iván Duque, um duro crítico de Maduro.

"São absurdas e carecem de qualquer fundamento as declarações de que o presidente colombiano seria o responsável pelo suposto atentado contra o presidente venezuelano", afirmou o ministério das Relações Exteriores da Colômbia em um comunicado.

Maduro, no entanto, determinou que os militares devem permanecer em "alerta máximo" e redobrar a inteligência na fronteira com a Colômbia.

Os governos de Cuba, Bolívia, Síria, Irã, Turquia e Rússia - aliados do governo socialista - condenaram o incidente. A Espanha criticou "qualquer violência com fins políticos" e a Alemanha afirmou que "acompanha de perto a evolução do caso".

Explosão diante de Maduro 

Um suposto grupo rebelde, Movimento Nacional Soldados de 'Franelas' (camisas), assumiu o ataque, de acordo com um comunicado lido no Youtube pela jornalista de oposição venezuelana Patricia Poleo, radicada nos Estados Unidos.

O grupo afirma ser integrado por militares e civis.

De acordo com o governo, os drones detonaram explosivos diante da tribuna presidencial e em outros pontos da Avenida Bolívar, no centro de Caracas.

Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o momento em que uma explosão é ouvida e os seguranças de Maduro, que fazia um discurso, correm para protegê-lo com um colete à prova de balas.

Ao contrário do presidente, que permaneceu de pé e tentou observar o que acontecia, vários militares a seu lado se abaixaram e, pouco depois, Maduro foi retirado do local. Sua esposa, Cilia Flores, e vários nomes importantes do governo também estavam no palanque.

"Minha primeira reação foi de observação, de serenidade, porque tenho plena confiança no povo e nas Forças Armadas", afirmou no palácio presidencial de Miraflores.

O procurador-geral, Tarek William Saab, ligado ao governo, informou que na segunda-feira revelará as identidades dos detidos.

"Haverá uma sanção implacável", alertou Saab, que testemunhou o incidente.

O procurador-geral afirmou que um dos drones gravava o ato.

"Observei como o drone que filmava os atos explodiu", declarou ao canal CNN.

Após a explosão, dezenas de militares começaram a correr de maneira desordenada.

A transmissão da cerimônia em rede de rádio e televisão foi interrompida. Fotografias mostram um militar ensanguentado.

Um apartamento em um edifício próximo sofreu um incêndio. Um policial que pediu anonimato afirmou à AFP que deste imóvel saíram os drones e que um explodiu. Outras versões, no entanto, relatam uma explosão acidental de um botijão de gás.

O conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump, John Bolton, negou neste domingo qualquer vínculo dos Estados Unidos com o incidente.

"Posso afirmar categoricamente que não houve absolutamente nenhuma participação do governo americano no que aconteceu", afirmou Bolton ao canal Fox.

Repressão? 

A advertência de Maduro gerou temores de uma ofensiva contra os opositores, em um país onde se denuncia que o governo mantém 248 "presos políticos", entre eles o dirigente Leopoldo López.

"Alertamos que o até agora anunciado pelo governo madurista abre a porta para uma perseguição e onda de repressão que pode justificar qualquer coisa", afirmou Nicmer Evans, dissidente do chavismo e líder da opositora Frente Ampla.

"Não queremos atentados nem auto-atentados, não queremos golpes nem auto-golpes! Tampouco queremos mais hiperinflação, mais fome ou mortes por falta de remédios", afirmou Jesús Torrealba, ex-secretário da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), atualmente muito dividida.

Maduro se mostrou desafiador, com a declaração de que agora está "mais decidido do que nunca a seguir o caminho da revolução".

Ex-motorista de ônibus, 55 anos, Maduro chegou ao poder em 2013, após a morte de Hugo Chávez, que governava o país desde 1999.

Apesar da crise econômica, o presidente foi reeleito em 20 de maio em uma votação polêmica, boicotada pela oposição, que considerou o pleito ilegítimo.

Sua reeleição não foi reconhecida por grande parte da comunidade internacional.
copiado https://noticias.uol.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Ao Planalto, deputados criticam proposta de Guedes e veem drible no teto com mudança no Fundeb Governo quer que parte do aumento na participação da União no Fundeb seja destinada à transferência direta de renda para famílias pobres

Para ajudar a educação, Políticos e quem recebe salários altos irão doar 30% do soldo que recebem mensalmente, até o Governo Federal ter f...