Anastasia, símbolo da hipocrisia, foi delatado Quem tem interesse em salvar Temer Mello Franco denuncia o feirão de Temer na compra do senador Gambiarra

Anastasia, símbolo da hipocrisia, foi delatado

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O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) é um dos governadores delatados por Marcelo Odebrecht, em Curitiba; segundo o empreiteiro, o ex-governador de Minas também recebeu recursos de caixa dois durante sua administração; relator do impeachment, e braço direito do senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado na última disputa presidencial, Anastasia produziu um relatório que propõe a cassação da presidente Dilma Rousseff pelas chamadas "pedaladas fiscais"; questionado, Anastasia se limitou a dizer que desconhece o teor da delação de Marcelo Odebrecht de 7  Agosto de 2016 às 05:38 //
Minas 247 – O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) é um dos governadores delatados por Marcelo Odebrecht, em Curitiba.
Segundo o empreiteiro, o ex-governador de Minas também recebeu recursos de caixa dois durante sua administração, em que a Odebrecht participou de obras relevantes, como a construção da Cidade Administrativa, nova sede do governo estadual.
Relator do impeachment, e braço direito do senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato que perdeu última disputa presidencial e não aceitou o resultado, Anastasia produziu um relatório que propõe a cassação da presidente Dilma Rousseff pelas chamadas "pedaladas fiscais."
Questionado, Anastasia se limitou a dizer que desconhece o teor da delação de Marcelo Odebrecht, segundo informa o colunista Lauro Jardim.
Num artigo recente, o jornalista Janio de Freitas afirmou que nunca se viu tanta hipocrisia no Brasil como em 2016 e disse que Anastasia é seu símbolo maior. 
"As 441 folhas do relatório do senador Antonio Anastasia não precisariam de mais de uma, com uma só palavra, para expor a sua conclusão política: culpada. O caráter político é que explica a inutilidade, para o senador aecista e seu calhamaço, das perícias técnicas e pareceres jurídicos (inclusive do Ministério Público) que desmentem as acusações usadas para o impeachment", escreveu Janio (leia aqui). "Do primeiro ato à conclusão de Anastasia, e até o final, o processo político de impeachment é uma grande encenação. Uma hipocrisia política de dimensões gigantescas, que mantém o Brasil em regressão descomunal, com perdas só recompostas, se o forem, em muito tempo – as econômicas, porque as humanas, jamais."

Quem tem interesse em salvar Temer

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"Num país onde acusações são apuradas ou abandonas seletivamente, conforme seu interesse político, a denúncia contra Michel Temer é muito mais grave do que qualquer acusação conhecida contra Lula ou Dilma mas não chega a ser novidade", diz o colunista Paulo Moreira Leite; "Sob comando de uma articulação que assumiu o controle de nosso sistema político, envolvendo a grande mídia, uma parcela do Judiciário e o empresariado que manda nos grandes negócios, a acusação contra Temer será cozinhada em fogo brando, para que sua deposição, caso venha a se tornar inevitável, não implique em novas eleições, que poderiam dar oxigênio a forças populares que tem sido esmagadas após o golpe de abril-maio"

Quem tem interesse em salvar Temer

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É preciso ter cautela diante da denúncia de que o interino Michel Temer recebeu R$ 10 milhões em dinheiro vivo da Odebrecht, conforme a revista VEJA divulga esta semana. Tanto o arquivamento como a investigação de acusações de natureza política, em nosso país, constituem processos abertamente seletivos.  
Aprendemos isso na AP 470 e no mensalão PSDB-MG. No metroduto de São Paulo e nas várias denúncias já surgidas contra Aécio Neves. Nos mistérios do jatinho onde morreu Eduardo Campos, cujo esclarecimento poderia levar ao financiamento de campanha de Marina Silva, em 2014. Nos dez milhões pagos ao senador Sergio Guerra para bloquear investigações numa CPI que poderia esclarecer negócios suspeitos na Petrobras. A lista é longa, e inclui o caso mais gritante de 2016: Eduardo Cunha, cuja punição será adiada até onde for necessário para evitar qualquer tumulto que possa prejudicar o afastamento definitivo Dilma Rousseff.
Na currículo do interino Michel Temer, consta – conforme simples consulta a Wikipedia esta manhã – um conjunto de acusações graves em busca de esclarecimentos límpidos. Uma das mais antigas sustenta que, como Secretário de Segurança do governo de São Paulo, mostrou-se conivente com o jogo do bicho, um velho e amplo esquema de corrupção da política paulista, até que o caso foi arquivado no STF em 2006.
Em vários países sul-americanos, a denúncia de que um político colaborou com a CIA costuma ser  suficiente para arruinar sua carreira por traição a pátria, como lembra o caso de Carlos Andrez Perez, presidente da Venezuela no período anterior ao governo Hugo Chávez.
A denúncia de que Temer foi informante da embaixada dos EUA foi divulgada pelo Wikileaks, em maio, reproduzida em tom compreensível de espanto em vários do planeta mas não gerou maiores explicações. Temer foi incluído numa relação de políticos beneficiados com uma mesada de R$ 100 000 do esquema do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda.
Como aprendemos após tantos episódios, as denúncias de corrupção não costumam ter valor em si –mas em função de sua utilidade política de cada momento.
A acusação da Odebrecht contra Temer tem uma gravidade que não se encontra em nenhuma denúncia contra Dilma Rousseff, afastada do cargo pelo golpe de abril-maio. Não se compara ao apartamento do Guarujá nem ao sítio de Atibaia de Lula – casos que, apesar das 1000 repetições da formula da publicidade do nazismo elaborada por Joseph Goebbels, continuam sendo mentiras que não se transformaram em verdade. 
O horizonte é mais complexo, porém.
O país atravessa a mais grave crise política e econômica de sua história. Encontra-se num deserto sem perspectivas, sob dominio de uma articulação que envolve a grande mídia, a parcela mais influente do Judiciário e  o empresáriado o que representa 1% da população mas consegue submeter 100% do país a seus interesses.  Eles exercem o poder, diretamente, sem intermediários, como recomendaria a boa prática representativa. Mantem em posição subordinada, como se fossem cachorrinhos amestrados sob a lona de um circo, uma parcela dos políticos do PSDB, PMDB, DEM e vizinhanças, conduzidos a  defender seus interesses e maquinações.
Numa situação em que a democracia encontra-se sequestrada, o objetivo comum é impor uma derrota de longo curso às lideranças responsáveis pelos 13 anos de governo Lula-Dilma, esmagando quem resistir e arrancando a raiz de novas sementes que poderiam germinar. Esta é a prioridade. Gilmar Mendes já fala em extinguir o Partido dos Trabalhadores.
Vale até fechar os olhos para medidas típicas de ditadura, como proibir cartezes e camisetas Fora Temer nas Olimpíadas.
Temer é protegido e será preservado enquanto puder contribuir para isso. Trouxe uma solução sob medida para um golpe que não ousava dizer seu nome. Era o vice, condição que poderia evitar atropelos formais contra a Constituição. Tornava a saída de Dilma menos escandalosa. O vice estava pronto para trair, enquanto resmungava que não era bem tratado pela titular. A todo momento, mostrou disposição para defender a casca do ritual de impeachment.
Temer será abandonado e conduzido à vala comum reservada a Eduardo Cunha, quando e se não tiver mais serventia. Até lá será cozinhado em fogo brando, para que a deposição, caso venha setornar inevitável, não implique na convocação de novas eleições. Este é o ponto central, a linha divisória. Neste momento, qualquer debate, toda discussão, pode representar um oxigênio ao conjunto de lideranças atingidas pelo golpe, que podem ganhar oxigênio e espaço para explicar o que aconteceu.
Não há saída? Há. É difícil mas não custa lembrar que os homens nunca puderam escolher as condições em que irão atuar para defender causas justas e interesses respeitáveis. Numa situação desfavorável, a prioridade número 1 consiste em reagrupar as forças que resistem ao golpe para defender o retorno da legalidade democrática, que se inicia com a volta de Dilma à presidência.  A prioridade do novo governo consiste em convocar um plebiscito, que autorize a realização de novas eleições presidenciais. A democracia pode ser recuperada. Esta é a luta, agora. Mais do que nunca, Fora Temer! 

Mello Franco denuncia o feirão de Temer na compra do senador Gambiarra

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Colunista Bernardo Mello Franco relata como o interino Michel Temer comprou o voto do senador Hélio Gambiarra (PMB-DF), entregando a ele a Secretaria de Patrimônio da União em Brasília; dias depois, numa conversa gravada, Gambiarra disse que poderia até nomear "melancias" no órgão; segundo Mello Franco, Temer promove um feirão para se manter no poder
7 de Agosto de 2016 às 07:20 /
Brasília 247 – No artigo A feira do impeachment, o colunista Bernardo Mello Franco revela como o interino Michel Temer comprou o voto do senador Hélio Gambiarra (PMB-DF) para se manter no poder.
"No início deste ano, o senador mostrou que é um feirante astuto e escolheu a fruta da estação: o PMDB. Em março, montou sua barraca na sigla. Em abril, foi recebido por Michel Temer. Saiu com a sacola cheia de promessas de nomeações. O presidente interino agraciou Hélio com a chefia da Secretaria de Patrimônio da União em Brasília. O órgão administra os próprios federais na capital, onde a grilagem de terras públicas sempre foi um negócio lucrativo", diz Mello Franco.
"Na última terça (2), o senador foi à repartição. Servidores de carreira reclamaram dos aliados que ele indicou. A resposta foi gravada e acabou na internet: 'Isso aqui é nosso. Isso aqui eu ponho quem eu quiser aqui. A melancia que eu quiser aqui eu vou colocar!'".


copiado  http://www.brasil247.com/

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