Especialistas
assumem que não querem convencer aqueles que há muito acreditam nesta
teoria. Querem antes informar qualquer curioso de que esta é uma
proposta sem qualquer fundamento científico e que, por isso, não deve
ser sequer considerada
Pela
primeira vez, um conjunto de cientistas dedicados à química atmosférica e
ao estudo da poluição do ar conduziu um estudo empenhado na
desmistificação da teoria de que os traços esbranquiçados deixados pelos
aviões no céu são rastos químicos ("chemtrails", na versão popular)
responsáveis pelo controlo populacional, agrícola ou climático.
Segundos
76 dos 77 especialistas envolvidos na pesquisa, esses rastos não são
mais que a prova visível da condensação do vapor de água expulso pelos
aviões a altas atitudes.
Ainda que não particularmente dedicados à mudança da opinião dos fiéis desta teoria, os autores do estudo publicado na Environmental Research Letters
querem deixar claro que essas marcas não integram qualquer plano
secreto governamental ou privado para dominar a humanidade. O objetivo
principal dos especialistas é, por isso, refutar esta teoria da
conspiração de modo a evitar que mais curiosos aceitem tais propostas.
A
teoria dos "chemtrails" tornou-se popular em múltiplos fóruns digitais,
onde a partilha de fotografias que mostram esses rastos é frequente.
Nesses espaços de debate, a condensação do vapor de água é interpretada
como a aspersão de químicos nocivos para a atmosfera (como estrôncio,
bário e alumínio). Algumas análises laboratoriais divulgadas nestes
sites mostram mesmo níveis anormais de concentração destes elementos
químicos em amostras de água e solo das regiões onde a suposta
pulverização teve lugar.
A maioria dos
cientistas nega, contudo, estas conclusões e insiste na normalidade dos
níveis químicos das zonas geográficas em causa.
Um
dos especialistas questionados pelos investigadores da Universidade da
Califórnia, Instituição para a Ciência de Carnegie, Universidade de
Irvine e pela Near Zero, organização sem fins lucrativos, revelou,
porém, ter encontrados provas de que, numa determinada região onde os
níveis de bário no solo eram baixos, os valores deste químico na
atmosfera eram anormalmente elevados.
Mick West, responsável pelo Metabunk
(um site dedicado à refutação de teoria da conspiração) e consultor
nesta investigação, considera que a incerteza mostrada pelo cientista em
questão é um mero reflexo do poder destas propostas, isto é, "mostra
que até os cientistas não estão imunes a este tipo de coisas", sublinha
no The New York Times.
Em geral, a teoria há muito defendida tende a esvair-se no ar.
copiado http://www.dn.pt/
Nenhum comentário:
Postar um comentário